PRÁTICAS DOCENTES E JUVENTUDES: UMA COMPREENSÃO NARRATIVA SOBRE A FORMAÇÃO DO JOVEM TRABALHADOR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/rles.v25i48.2503

Palavras-chave:

Formação docente. Juventudes. Pesquisa narrativa

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa narrativa, que abordou as práticas docentes voltadas ao atendimento das juventudes em um curso de formação profissional. A juventude é uma experiência psicossocial que perpassa os sujeitos jovens, trazendo a emergência de inúmeras vivências. No cenário educacional da atualidade, torna-se importante compreender como a escola e a educação compreendem as juventudes e como consideram seus conhecimentos e vivências na construção dos currículos e no desenvolvimento das estratégias de aprendizagem. Partindo da experiência docente junto aos jovens trabalhadores, esta pesquisa teve como objetivo descrever como os saberes e vivências trazidos pelos jovens, cotidianamente, ao curso de formação profissional alteram a prática docente, possibilitando novos aprendizados para professores e alunos. Este estudo ocorreu em uma unidade escolar, na cidade de São Paulo, que oferece o curso de formação de jovens aprendizes. Os sujeitos da pesquisa foram os professores que atuam no curso de formação, assim como os próprios jovens. Como instrumento de pesquisa, optou-se por cartas, as quais foram escritas por professores e alunos, relatando seu ponto de vista a respeito do processo educacional desenvolvido. Após o tratamento analítico do material coletado, foram criados dois eixos de discussão: uma sala e muitas juventudes; tribos fora do gueto. Quanto aos resultados desta investigação, as reflexões sobre estes eixos levaram à proposição de uma Pedagogia das Juventudes, a qual se constitui em uma proposta teórico-metodológica, embasada na ecologia de saberes, como uma prática educacional que atenda aos diferentes jovens nos mais diferentes contextos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABRAMO, Helena. Considerações sobre a tematização social da juventude no Brasil. Revista Brasileira de Educação, n. 5-6, 1997.

ABRAMOVAY, Miriam Juventudes na escola, sentidos e buscas: Por que frequentam? Brasília-DF: Flacso - Brasil, OEI, MEC, 2015.

ARANTES, Valéria Amorim; DANZA, Hanna Cebel; PINHEIRO, Viviane Potenza

Guimarães; PÁTARO, Cristiane Satiê de Oliveira. Projetos de vida, juventude e educação moral. International Studies on Law and Education, São Paulo, Mandruvá, n. 23, p. 77-94, 2016. Disponível em: http://hottopos.com/isle23/77-94Valeria&.pdf. Acesso em 05 de outubro de 2020.

ARENDT, Hanna. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2009.

BRASIL. Lei Nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000. Altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1 de maio de 1943.

Brasília, DF, 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10097.htm. Acesso em 05 de abril de 2020.

BRASIL. Portaria n° 723, de 23 de abril de 2012. Criar o Cadastro Nacional de Aprendizagem Profissional – CNAP. Ministério do Trabalho e Emprego. Brasília, DF, 2012. Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/portaria-mte-723-2012.htm. Acesso em 05 de abril de 2020.

CLANDININ, Jean; CONNELLY, Michael. Pesquisa narrativa: experiência e história em pesquisa qualitativa. Tradução: Grupo de Pesquisa Narrativa e Educação de Professores ILEEI/UFU. Uberlândia: EDUFU, 2011. 250 p.

CUNHA, Maria Isabel. Conta-me agora! as narrativas como alternativas pedagógicas na pesquisa e no ensino. Revista da Faculdade de Educação, vol. 23 n. 1-2, São Paulo, janeirodezembro. 1997

DAY, Christopher. Desenvolvimento profissional de professores: os desafios da aprendizagem permanente. Porto: Porto Editora, 2001.

DAYRELL, Juarez. A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Educação e Sociedade, Campinas, v.28 n.100, p. 1105-1128, out. 2007.

DAYRELL, Juarez. Por uma pedagogia das juventudes: experiências educativas do Observatório da Juventude. 1 ed. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2016.

GARCIA, Carlos Marcelo. Formação de professores para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora, 1999.

IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2004.

NÓVOA, Antônio (Org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1997.

OLIVEIRA, Edina Castro de. Prefácio.In: FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e terra, 25 ed. 2002.

SHULMAN, Lee S. Conhecimento e ensino: fundamentos para a nova reforma. Cadernos Cenpec, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 196-229, dezembro, 2014.

SOUSA, Maria Goreti da Silva; CABRAL, Carmen Lúcia de Oliveira. A narrativa como opção metodológica de pesquisa e formação de professores. Horizontes, v. 33, n. 2, p. 149158, julho/dezembro, 2015.

SOUZA, Maria Thereza Costa Coelho de. O desenvolvimento afetivo segundo Piaget. In: Afetividade na escola: alternativas teóricas e práticas. ARANTES, Valéria Amorim (organizadora). São Paulo: Summus, 2003. 237 p.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 11 ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2010.

TELLES, João Antônio. A trajetória Narrativa: histórias sobre a formação do professor de línguas e sua prática pedagógica. Revista Trabalho em Linguística Aplicada, v. 34, p. 7992. 1999.

Downloads

Publicado

2021-10-31

Como Citar

da Silva Barros, L., & Costa-Renders, E. C. . (2021). PRÁTICAS DOCENTES E JUVENTUDES: UMA COMPREENSÃO NARRATIVA SOBRE A FORMAÇÃO DO JOVEM TRABALHADOR. Linguagens, Educação E Sociedade, 25(48), 225–251. https://doi.org/10.26694/rles.v25i48.2503

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.