AÇÕES AFIRMATIVAS E IMPRENSA NO BRASIL: UM ESTUDO A PARTIR DA REVISTA VEJA

Autores

  • RENATO NÉSIO SUTTANA Universidad de Buenos Aires
  • CLEYTON PEREIRA LUTZ Universidade Federal da Grande Dourados

Palavras-chave:

Cotas, Mídia, Ensino Superior, Editora Abril, Inclusão social

Resumo

As ações afirmativas para o ingresso no ensino superior público brasileiro têm sido adotadas pelas nossas universidades desde 2002. De lá para cá a adesão das instituições estaduais e federais a tais políticas aumentou ano a ano, tendo como importante marco a criação da Lei de Cotas, há quatro anos. Dessa forma, o presente trabalho visa analisar o modo como a revista semanal Veja, publicação do gênero mais antiga em circulação e de maior tiragem no país, trata as ações afirmativas em suas edições publicadas entre 2008 e 2012. Para isso nos valemos da análise de conteúdo da publicação, através da identificação da frequência com que o tema é tratado, em que tipos de gêneros jornalísticos é abordado, qual a posição apresentada pelos textos e os argumentos utilizados; e da observação de aspectos referentes ao tratamento jornalístico por parte da revista, como o uso de fontes e citações, instrumentos de persuasão e associação a imagens, em três reportagens especialmente selecionadas para esse fim. A partir dessa proposta, podemos perceber a orientação dada pela publicação ao tema, em contraponto com as especificidades do jornalismo praticado nas revistas impressas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

RENATO NÉSIO SUTTANA, Universidad de Buenos Aires

Pós-doutor em Literatura pela Universidad de Buenos Aires (UBA), doutor em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Graduado em Letras pela Universidade Federal de São João Del- Rei (UFSJ). Professor adjunto da Faculdade de Comunicação, Letras e Artes da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), atuando na graduação e na pós-graduação.

CLEYTON PEREIRA LUTZ, Universidade Federal da Grande Dourados

Mestre em Educação pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), graduado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo (2007), e em História (2009) pela Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTROPR). Jornalista no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), Campus Nova Andradina. 

Referências

BARDIN, L. Análise de conteúdo. rev. ampl. São Paulo, SP: Edições 70, 2011.

BAUER, M. W. Análise de conteúdo clássica: uma revisão. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. (Org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002, p. 189-217.

BOAS, S. V. O estilo magazine: o texto em revista. São Paulo, SP: Summus, 1996.

CARVALHO, J. O grande erro das cotas. Veja, São Paulo, SP, ano 44, n. 2.284, p. 70-76, 29 ago.2012.

FERES JR., J. Ação afirmativa: política e opinião pública. Sinais Sociais, Rio de Janeiro, v. 3, n. 8,p. 38-77, dez. 2008.

______. Ação afirmativa no Brasil: a política pública entre os movimentos sociais e a opinião douta. In: SILVÉRIO, V. R.; MOEHLECKE, S. (Org.) Ações afirmativas nas políticas educacionais: o contexto pós-Durban. São Carlos, SP: Ed. UFSCar, 2009. p. 35-53.

______. Aprendendo com o debate público sobre ação, ou como argumentos ruins podem tornar-se bons tópicos de pesquisa. In: PAIVA, A. R. (Org.). Entre dados e fatos: ação afirmativa nas universidades públicas brasileiras. Rio de Janeiro/RJ: PUC-Rio/Pallas Ed., 2010. p. 157-181.

FERES JR., J.; DAFLON, V.; CAMPOS, L. A. A ação afirmativa no ensino superior brasileiro (2011). Levantamento das políticas de ação afirmativa (GEMAA), IESP-UERJ, 2011. Disponível em: <http://gemaa.iesp.uerj.br/wpcontent/uploads/2013/11/files_Levantamento_2011C.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2014.

LAGE, N. Ideologia e técnica da notícia. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1981.

MOEHLECKE, S. Ação afirmativa: história e debates no Brasil. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, SP, n. 117, p. 197-217, nov. 2002.

MUNANGA, K. Considerações sobre as políticas de ação afirmativa no ensino superior. In: PACHECO, J. Q.; SILVA, M. N. (Org.). O negro na universidade: o direito a inclusão. Brasília, DF: Fundação Palmares, 2007. p. 7-22.

NASCIMENTO, C. P. Jornalismo em revistas no Brasil: um estudo das construções discursivas em Veja e Manchete. São Paulo, SP: Annablume, 2002.

PEREIRA, C. Uma segunda opinião. Veja, São Paulo, SP, ano 41, n. 2.102, p. 66-73, 4 mar. 2009.

SCALZO, M. Jornalismo de revista. 3. ed. São Paulo, SP: Contexto, 2006.

SCHELP, D. Querem dividir o Brasil como na foto? Veja, São Paulo, SP, ano 41, n. 2.128, p. 89-94,2 set. 2009.

SILVÉRIO, V. R. Ação Afirmativa: percepções da “casa grande” e da “senzala”. Perspectivas, São Paulo, n. 26, p. 59-79, 2003.

SOUSA, J. P. Introdução à análise do discurso jornalístico impresso. Florianópolis, SC: Letras Contemporâneas, 2004.

______. Elementos de Teoria e Pesquisa da Comunicação e dos Media. 2. ed. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa, 2006.

TRAQUINA, N. O estudo do jornalismo no século XX. São Leopoldo, RS: Ed. UNISINOS, 2001.

UMA falsa solução para um problema real. Veja, São Paulo/SP, ano 44, n. 2.284, p. 13, 29 ago. 2012.

ZONINSEIS, J.; FERES JR., J. Ação afirmativa e desenvolvimento. In: ______. Ação afirmativa e universidade – experiências nacionais comparadas. Brasília, DF: Ed. UnB, 2006. p. 9-45.

Downloads

Publicado

2017-04-30

Como Citar

SUTTANA, R. N. ., & PEREIRA LUTZ, C. . (2017). AÇÕES AFIRMATIVAS E IMPRENSA NO BRASIL: UM ESTUDO A PARTIR DA REVISTA VEJA. Linguagens, Educação E Sociedade, (36), 179–199. Recuperado de https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1226

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.