O DISCURSO DE MAIS PRÁTICA PARA MELHOR FORMAR O PROFESSOR
DOI:
https://doi.org/10.26694/rles.v27i54.3134Palavras-chave:
Prática, Formação de Professores, DCNs-FP, Perspectiva DiscursivaResumo
Este artigo tem a pretensão de discutir como a prática tem sido significada, no cenário brasileiro, em meio a disputas no campo da formação de professores. Adotamos como estratégia teórico-prática a perspectiva discursiva a partir da Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe. O foco está na discursividade dos Pareceres e das Resoluções das três últimas Diretrizes Curriculares Nacionais brasileiras voltadas para a Formação de Professores da Educação Básica em nível superior dos anos de 2002, de 2015 e de 2019. Argumentamos sobre os pontos nodais discursivos que têm sustentado a manutenção do discurso de mais prática para melhor formar o professor em três políticas curriculares elaboradas e promulgadas durante governos de tendências político-partidárias distintas. São eles: cursos de licenciatura com identidade própria; formação em nível superior para todos os professores; aproximar as Instituições de Ensino Superior e os Sistemas de Ensino da Educação Básica; e associação adequada entre teoria e prática. As considerações finais ressaltam que os textos políticos que compuseram o corpus de análise foram pensados como parte de um meio social que é todo ele político e, portanto, foram considerados como resultantes da grande arena de disputas que é o social. A aposta em investigar tais disputas implica criar uma gramática própria com a pretensão de discutir as relações entre discurso e produção de discursos de maneira não dicotômica e não essencialista, considerando o social não como um todo que está fragmentado, mas como uma pluralidade de elementos discursivos que se constituem na ação política.
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