AS PERSPECTIVAS DE HENRI GIROUX E PAULO FREIRE PARA A DOCÊNCIA: ALTERNATIVAS À CONCEPÇÕES NEOLIBERAIS
DOI:
https://doi.org/10.26694/les.v0i32.8634Palavras-chave:
Formação de Professores, Currículo, Pedagogia CríticaResumo
O presente artigo tem por objetivo refletir a importância de se repensar o papel do professor, nos cursos de formação. Percebe o individualismo excessivo neoliberal como um obstáculo á formação de professores críticos, emancipadores, e comprometidos com a transformação da sociedade. A partir da pedagogia crítica de McLaren (1997) e autores da teoria crítica curricular, buscamos ressaltar como estas perspectivas contribuem para a reflexão de um novo tipo de professor, comprometidos com a lógica dos oprimidos e com a transformação social. Defendemos, com base em Apple (2006), que perceber a educação como um território de disputas, conflitos e exclusões, é crucial no desenvolvimento de professores críticos, que atuarão questionando o discurso hegemônico, e não legitimando sua conservação. Ao propor alternativas à concepção de educação excessivamente individualista, sugerimos outro perfil de professor, embasando-se, sobretudo nas teorias de Henri Giroux e Paulo Freire.
Downloads
Referências
APPLE, M.; AU, W.; GANDIN, L. A. Repensando a reprodução: o neomarxismo na teoria da educação crítica. In: APPLE, Michael. AU, Wayne, GANDIN, Luís Armando. Educação crítica. Análise Internacional. Porto Alegre: Artmed, 2011. p. 100 -114.
APPLE, M. Ideologia e Currículo. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
APPLE, M. Interromper a direita: realizar trabalho educativo crítico numa época conservadora. Currículo sem Fronteiras, v.2, n.1, p. 80-98, 2002.
ARCE, A. Compre o kit neoliberal para a educação infantil e ganhe grátis os dez passos para se tornar um professor reflexivo. Educação e Sociedade, Porto Alegre, ano XXII, n. 74, p.1-19, 2001.
CARNEIRO, A. L. Teoria crítica do currículo: contribuições para uma breve reflexão sobre o papel do professor. Revista E-Curriculum, São Paulo, v. 1, n. 1, p.1-11, 2006.
GATTI, B. A. Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educação e Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p. 1-25, 2010.
GIROUX, H. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Tradução Carlos Nelson Coutinho. 4. ed. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1982
FISCHMAN, G. E. SALES, S. R. Formação de professores e pedagogias críticas. É possível ir além das narrativas redentoras? Revista Brasileira de Educação, v.15, n. 43, p. 3-18, 2010.
FREIRE, P. SHOR, I. Medo e Ousadia – O Cotidiano do Professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 33. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.
GENTILI, P. (Org.). Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo em educação. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
MCLAREN, P. A vida nas escolas: uma introdução á pedagogia crítica nos fundamentos da educação. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
MOREIRA, A. F. B. (Org.). Currículo: questões atuais. 7. ed. Campinas, SP: Papirus, 2003.
ROTHBARD, M. Por uma nova liberdade: o manifesto libertário. Tradução Filipe Rangel Celeti. São Paulo: Instituto Ludwing von Mises Brasil, 2013.
SAUL, A. M. SILVA, A. F. G. O legado de Paulo Freire para as políticas de currículo e para a formação de educadores no Brasil. Revista brasileira Estudos pedagógicos. Brasília, v. 90, n. 224, p. 223-244, 2009.
VIEIRA, F. Transformar a Pedagogia na Universidade? Currículo sem Fronteiras, v. 5,n. 1, p.10-27, 2005.