O TRABALHO EDUCATIVO COM PROJETOS NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Resumo

A partir da luta dos movimentos sociais do campo, foram idealizadas leis e políticas públicas destinadas às populações camponesas, como a Educação do Campo, assegurando a esses sujeitos suas especificidades e necessidades. Essas iniciativas no Brasil datam de menos de três décadas. Faz-se necessário um processo de (re)afirmação dessas políticas e da valorização permanente do campo, sendo a educação uma condição humana fundamental nesse processo. Não qualquer tipo de educação, mas aquela pensada pelo/para/com os próprios camponeses, com viés crítico. O objetivo deste artigo é discutir o trabalho educativo com projetos para a Educação do Campo, fundamentado nos estudos produzidos sobre a Educação do Campo, suas bases legais, a Pedagogia Histórico-Crítica e a Pedagogia da Alternância. Especificamente, apresenta-se uma proposta pedagógica de trabalho educativo com projetos para a Educação do Campo. O referencial teórico teve como base os estudos de Caldart (2019), Saviani (1983; 2016) e Vasconcellos (2014a e 2014b), entre outros. Esta proposição atingiu sua intencionalidade de relação teórico-prática com a proposta pedagógica de trabalho educativo com projetos para a Educação do Campo, focalizando nos aspectos primordiais dos modos de ser e viver no/do campo. Mostrou-se proveitosa oportunidade de criar uma proposta a ser aplicada nas escolas do campo, envolvendo os/as professores/as, os/as alunos/as, as famílias e a comunidade, para fortalecer o campo enquanto espaço de vida e de trabalho de sujeitos sociais. Espera-se ampliar os espaços de discussão, renovação de ideias e materialização dos princípios, conceitos e práticas da Educação do Campo, sobretudo, uma valorização da identidade campesina.