A ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DAS ESCOLAS AGRÍCOLAS: PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA HISTÓRICA
DOI:
https://doi.org/10.26694/les.v0i30.8713Palavras-chave:
Escolas agrícolas, Organização pedagógica, Formação do trabalhadorResumo
O artigo pretende apresentar uma análise acerca das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores que atuavam nas escolas agrícolas no Estado do Paraná. Pretende, portanto, articular o processo de constituição das escolas técnicas agrícolas com a organização pedagógica para formação do trabalhador para a agricultura. O recorte temporal é delimitado a partir do ano de 1910, quando se criou o Ministério da Agricultura e o ensino técnico passou a ser subordinado a este órgão, até a criação das primeiras instituições agrícolas no Paraná, na década de 1940. Para a realização dessa pesquisa utilizou-se como fontes: Leis, Pareceres, Resoluções, que regulamentaram o ensino agrícola no Paraná; Regulamento das Escolas de Trabalhadores Rurais e os Decretos que tratam da criação destas escolas; Mensagens dos Governadores e Relatórios dos Presidentes da Província. A partir destas fontes, articulado com o referencial teórico foi possível proceder uma análise, onde implicou na compreensão dos interesses ideológicos que desencadearam a institucionalização das instituições agrícolas bem como os métodos pedagógicos empregados pelos professores que trabalhavam nestas instituições. O estudo permitiu tecer algumas considerações a respeito das transformações que ocorreram nas orientações do modelo de escola agrícola, cujas características foram voltadas, primeiramente, para o atendimento aos desvalidos e, com as mudanças nas relações de produção, para a formação de mão de obra para a agricultura.
Downloads
Referências
BOTTOMORE, Tom. Dicionário do Pensamento Marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1988.
CIAVATTA, M. O conhecimento histórico e o problema teórico-metodológico das mediações. In: CIAVATTA, M.; FRIGOTTO, G. Teoria e Educação no Labirinto do Capital. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
CUNHA, Luiz Antonio. O ensino de ofícios nos primórdios da industrialização. 2. ed. São Paulo: Ed. UNESP; Brasília/DF: FLACSO Brasil, 2005a.
_____. O ensino profissional na irradiação do industrialismo. 2. ed. São Paulo: Ed.UNESP; Brasília/DF: FLACSO Brasil, 2005b.
HOBSBAWM. Eric. Sobre história: ensaios. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
MANFREDI, Sílvia Maria. Educação profissional no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002.
MARX, Karl. Para a Crítica da Economia Política. Tradução Edgar Malagodi et al.. SãoPaulo: Abril Cultural, 1982.
MENDONÇA. Sonia Regina de. Extensão rural e hegemonia norte-americana no Brasil.História. Unisinos, p. 188-196, maio/ago 2010.
MIGUEL, Maria Elizabeth Blanck. A formação do professor e a organização social do trabalho. Curitiba: Ed. UFPR, 1997.
NAGLE, Jorge. Educação e sociedade na Primeira República. São Paulo: EPU, 1974.
PARANÁ. Mensagem dirigida ao Congresso Legislativo pelo Dr. Caetano Munhoz daRocha, Presidente do Estado, ao instalar-se a 1ª. Sessão da 17ª. Legislatura 1/02/1924. Curityba: [s.n.], 1924.
_____. Relatório apresentado ao Interventor Manoel Ribas, pelo Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e Obras Públicas, 1935.
_____. Mensagem do Governador Manoel Ribas à Assembléia Legislativa. Curitiba:Imprensa Gráfica Paranaense, 1937.
______. Decreto n. 7.782, de 6 de janeiro de 1939. Aprova o Regulamento das Escolas de Trabalhadores Rurais no Estado. Diário Oficial do Estado do Paraná. Curitiba, 6 jan.1939.
_____. Mensagem apresentada à Assembleia Legislativa do Estado pelo Sr. Moyses Lupion, governador do Paraná. Paraná: Curitiba, 1950.
PINHEIRO, Antonio Carlos Ferreira. Da era das cadeiras isoladas à era dos grupos escolares na Paraíba. Campinas, SP: Autores Associados, São Paulo: Universidade de São Francisco, 2002.
SAVIANI, Dermeval. História das Ideias Pedagógicas. São Paulo: Autores Associados, 2007.
SHIROMA, Eneida Oto et. al. Política Educacional. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
SIQUEIRA, Ângela Carvalho de. Propostas, Conteúdos e Metodologias do Ensino Agrotécnico: Que Interesses Articulam e Reforçam?. Dissertação de Mestrado – Educação– UFF, Niterói, 1987.
SUTIL, Marcelo Saldanha. Beirais e Platibandas: A arquitetura de Curitiba na primeira metade do século 20. Curitiba, 2003. Tese (Doutorado em História).
XAVIER, M. E. S. P. Capitalismo e escola no Brasil. Campinas: Papirus, 1990.