HISTÓRIA, EDUCAÇÃO E PRÁTICAS CULTURAIS DA INFÂNCIA NA OBRA DE GILBERTO FREYRE
DOI:
https://doi.org/10.26694/les.v0i30.8709Palavras-chave:
Infância, Práticas, Culturas, EducaçãoResumo
Este artigo surgiu da leitura detalhada das obras de Gilberto Freyre Casa-Grande & Senzala e Vida Social no Brasil nos Meados do Século XIX, na qual percebemos que a criança se apresentava como protagonista da narrativa. Falar sobre a infância parecia ser um grande desejo de Gilberto Freyre. Em 1921, ele confidenciou em seu diário que desejaria escrever sobre a infância brasileira. Embora não tenha materializado esse desejo, nos anos 20 do século passado, Gilberto Freyre timidamente escreveu quatro artigos para o Diário de Pernambuco falando das crianças, seus livros e brinquedos. Da leitura das duas obras destacamos cinco categorias de análise: (1) mortalidade e abandono de crianças; (2) práticas culturais e os cuidados com a criança; (3) superstições na proteção da criança; (4) rituais nos funerais e sepultamentos de crianças; (5) castigos corporais e disciplinamento da criança. Para resgatar a infância no Brasil, Freyre buscou dados em vários documentos. Os discursos narrativos sobre a infância foram construídos a partir de relatos de viajantes, narrativas de romances e contos, poemas, narrativas de historiadores, anúncios de Jornais, teses de medicina, pareceres médicos, congressos médicos etc. A narrativa de Gilberto Freyre é repleto de uma polifonia discursiva que retratam a infância do Império a República. Nas duas obras verificamos que a cultura indígena, portuguesa e negra impregnou pensamentos, comportamentos e hábitos que até hoje estão nas práticas culturas e educacionais de nossas crianças.
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Referências
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