ETNOMATEMÁTICA E INDISCIPLINA: PERSPECTIVAS NA/PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS NOS ESTADOS DO TOCANTINS E DO AMAZONAS

Autores

  • ELISÂNGELA APARECIDA PEREIRA DE MELO Universidade Federal do Tocantins
  • GERSON RIBEIRO BACURY Universidade Federal do Amazonas

Palavras-chave:

Formação de estudantes e de professores indígenas, Práticas socioculturais Xerente e Mura, Etnomatemática, Ensino e aprendizagens das matemáticas

Resumo

O artigo em questão resulta das experiências profissionais dos autores com o uso de jogos e de práticas sociais junto aos povos indígenas dos estados do Tocantins e do Amazonas. O texto parte de nossos olhares em relação às vivências dos colaboradores desta investigação – os povos indígenas Xerente, do estado do Tocantins, e os Mura, do estado do Amazonas, abordando como ocorrem suas práticas sociais e realizando um paralelo com as teorias de indisciplina na visão de Moita Lopes (2006), etnomatemática proposta por D’Ambrosio (2002) e de jogos, na perspectiva de Huizinga (2007), de modo a estruturar possibilidades de diálogos na/para a formação de estudantes e de professores indígenas. Nesse intuito, tentamos elucidar a questão de pesquisa: Em que termos o uso de jogos e de práticas socioculturais repercutem ações mobilizadoras na/para formação de estudantes e de professores indígenas que ensinam Matemática? Para tanto, objetivamos investigar o uso de práticas socioculturais e de jogos na/para formação de professores indígenas que ensinam Matemática. A metodologia possui abordagem qualitativa de cunho etnográfico, embasada na observação participante. Em relação aos resultados obtidos, destacamos a nossa contribuição para o ensino e a aprendizagem das matemáticas na formação de estudantes e de professores indígenas por meio de práticas culturais e de recursos aos jogos, possibilitando as interconexões entre a cultura e as práticas sociais com as matemáticas

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

ELISÂNGELA APARECIDA PEREIRA DE MELO, Universidade Federal do Tocantins

Profa. Dra da Universidade Federal do Tocantins/UFT – Câmpus de Araguaína e Doutoranda do Programa de PósGraduação em Educação em Ciências e Matemática/UFPA. 

GERSON RIBEIRO BACURY, Universidade Federal do Amazonas

Prof. Msc da Universidade Federal do Amazonas/UFAM –Câmpus de Manaus e Doutorando do Programa de PósGraduação em Educação em Ciências e Matemática/UFPA.

Referências

ALMEIDA, M. da C. de. Complexidade, saberes científicos, saberes da tradição. São Paulo: Livraria da Física, 2010.

BACURY, G. R; Melo, E. A. P. de; Gonçalves, T. O. Trajetórias de vida de professores indígenas nos estados do Tocantins e Amazonas. Revista Linhas, Florianópolis, n. 32, p. 172-199, 2015. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5965/1984723816322015172>. Acesso em: 10 fev. 2016.

BACURY, G. R; Melo, E. A. P. de. Reflexões acerca do uso de jogos e práticas socioculturais na/para formação de professores que ensinam matemática. Matemática, Ensino e Cultura, Natal – RN, n. 19, p. 95-114, 2015. Disponível em:. Acesso em: 10 fev. 2016.

BACURY, G. R. O jogo como ferramenta de aprendizagem da matemática para os alunos do 7° ano. Dissertação (Mestrado em Educação) – UFAM. Manaus, 2009. 187f.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010. Disponível em: <http://indigenas.ibge.gov.br/graficos-e-tabelas-2.html>. Acesso em: 25 abr. 2016.

BRASIL. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígena - RCNEI. 2. ed. Brasília: MEC/SECADI, 2005.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. (Coleção Tendências em Educação Matemática).

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática e educação. In: KNIJNIK, G; WANDERER, F.; Oliveira, C. J. (Org.). Etnomatemática, currículo e formação de professores. Santa Cruz do Sul: Ed.EDUNISC, 2004. p. 39-53.

GERDES, P. Etnomatemática: reflexões sobre matemática e diversidade cultural. Ribeirão, 2007.

HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5. ed. Tradução João Paulo Monteiro. São Paulo: Perspectiva, 2007.

LAVE, J. A selvageria da mente domesticada. Crítica de Ciências Sociais, n. 46, p. 109-134, 1996. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/.../a%20selvajaria%20da%20mente%20domesticada.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015.

LÉVI-STRAUSS, C. As estruturas elementares de parentesco. Tradução Mariano Ferreira. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1982.

MELO, E. A. P. de. Investigação etnomatemática em contextos indígenas: caminhos para a reorientação da prática pedagógica. 167f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2007.

MENDES, I. A. Matemática e investigação em sala de aula: tecendo redes cognitivas na aprendizagem. 2. ed. rev. amp. São Paulo: Livraria da Física, 2009. (Coleção Contextos da Ciência).

MENDES, I. A. Práticas sociais históricas no ensino da matemática. In: MENDES, I. A.; FARIAS, C. A. (Org.) Práticas socioculturais e educação matemática. São Paulo: Livraria da Física, 2014. p. 117-139. (Coleção Contextos da Ciência).

MOITA LOPES, L. P. Uma linguística aplicada mestiça e ideológica: interrogando o campo como linguista aplicado. In: MOITA LOPES, L. P. (Org.).Por uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 13-14. (Lingua[gem]; 19).

OLIVEIRA, M. M. de. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

PEQUENO, E. da S. S. Mura, guardiães do caminho fluvial. Estudos e Pesquisa. Brasília, n. 1/2. p.133-155, 2006. Disponível em: <http://www.funai.gov.br/arquivos/conteudo/cogedi/pdf/revista_estudos_pesquisas_v3_n1_2/05_Mura_guardiaes_do_caminho_fluvial_Eliane%20Pequeno.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2016.

PINTO, F. de F. Licenciatura específica para formação de professores indígenas/turma Mura: um balanço dos dois primeiros anos do curso à luz das expectativas dos alunos. 140f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2011.

SEBASTIANI FERREIRA, E. Os índios Waimiri-Atroari e a etnomatemática. In: KNIJNIK, G; WANDERER, F.; Oliveira, C. J. (Org.). Etnomatemática, currículo e formação de professores. Santa Cruz do Sul: Ed. EDUNISC, 2004. p. 70-88.

SILVA, R. H. D. da. Direitos e jeitos de ser criança: um olhar sobre a infância indígena no rio Uaupés/AM. Revista Textos e Pretextos. Brasília, CIMI, Ano II, n. 2, p. 19-29, abr. 2002.

SCANDIUZZI, P. P. Educação indígena x educação escolar indígena: uma relação etnocida em pesquisa etnomatemática. São Paulo: Ed. UNESP, 2009.

Downloads

Publicado

2017-04-30

Como Citar

PEREIRA DE MELO, E. A. ., & RIBEIRO BACURY, G. . (2017). ETNOMATEMÁTICA E INDISCIPLINA: PERSPECTIVAS NA/PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS NOS ESTADOS DO TOCANTINS E DO AMAZONAS. Linguagens, Educação E Sociedade, (36), 264–287. Recuperado de https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1230

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.