MODOS NARRATIVOS E MODOS DE EXISTÊNCIA DE SABERES EXPERIENCIAIS
DOI:
https://doi.org/10.26694/rles.v28i57.5395Palavras-chave:
educação de adultos, hermenêutica, narrativa, conhecimento experiencial, validaçãoResumo
No contexto dos dispositivos de Validação das Aquisições da Experiência (VAE), a narrativa constitui-se, para o candidato, como um meio que possui uma finalidade: a escrita e a composição do texto que devem possibilitar a manifestação e a caracterização dos saberes adquiridos por meio da prática, em situação. Essa proposição nos leva a postular um princípio de codependência entre os sistemas narrativos usados nas aplicações da VAE e as formas como o conhecimento experiencial existe do ponto de vista daqueles que ocupam o papel de avaliadores. Essa operação muito específica, que envolve a passagem para a linguagem da experiência e a categorização dos saberes no contexto dos procedimentos de validação, merece ser examinada. O objetivo deste artigo é, portanto, examinar as respectivas contribuições e complementaridades geradas pelos modos de narrativa em primeira e terceira pessoa. O desafio desse exame está em definir as maneiras pelas quais a experiência vivida é expressa e caracterizar as estratégias narrativas a fim de analisar seus efeitos sobre os modos de existência dos saberes experienciais no contexto da validação das aquisições da experiência.
Downloads
Referências
Batal, C., & Fernagu Oudet, S. Compétences, un folk concept en difficulté ? Savoirs, 2013, 33, 39-60. https://doi.org/10.3917/savo.033.0039.
Billeter, J.-F. Leçons sur Tchouang-Tseu. Alia, 2019.
Bourdieu, E. Savoir-faire. Contribution à une théorie dispositionnelle de l’action. Seuil, 1998.
Boutet, J. Le pouvoir des mots. La Dispute, 2016.
Breton, H. Investigação narrativa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 2023.
Chalmers, D. Facing Up to the Problem of Consciousness. Journal of Consciousness Studies, 2(3), 200-219, 1995. https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780195311105.003.000
Chauviré, C. Dispositions ou capacités ? La philosophie sociale de Wittgenstein. In C. Chauviré & A. Ogien (Ed.), La régularité : Habitude, disposition et savoir-faire dans l’explication de l’action. Éditions de l’École des hautes études en sciences sociales, p. 25-48, 2002.
Cortessis, S. (2014). La VAE, comme épreuve d’argumentation continue. Recherches & Éducation, 10, 95-116, 2014 https://doi.org/10.4000/rechercheseducations.1897
Depraz, N. (2011). L’éloquence de la première personne. Alter, 19, 57-64, 2011. https://doi.org/10.4000/alter.1365
Depraz, N. (Ed.). Première, deuxième, troisième personne. Zeta Books, 2014.
Descombes, V. La denrée mentale. Éditions de Minuit, 1995.
Dewey, J. Expérience et éducation. Armand Colin, 1938/1968.
Foucault, M. L’ordre du discours. Gallimard, 1972
Foucault, M. Le courage de la vérité. Le gouvernement de soi et des autres II. Cours au Collège de France, 1984. Gallimard, 1983-1984.
Parlier, M., & Ulmann, A.-L. (Eds.). Éditorial. Éducation permanente, 196(3), 5-9, 2013.
Ryle, G. The Concept of Mind. Harmonds worth. Penguin Books, 1949.
Searle, J. Mind, Brain and Programs. The Behavioral and Brain Sciences, 3(3) 417-424, 1980. https://doi.org/10.1017/S0140525X00005756
Simon, E., Arborio, S., Halloy, A., & Hejoaka, F. Les savoirs expérientiels en santé. Fondements épistémologiques et enjeux identitaires. Éditions universitaires de Lorraine, 2020.
Varela, F. (1995). The Re-Enchantment of the Concrete. Some Biological Ingredients for a Nouvelle Cognitive Science. In L. Steel & R. Brooks (Eds.), The Artificial Life Route to Artificial Intelligence. Building Embodied, Situated Agents. Routledge, p. 11-23, 1995.
Varela, F., & Shear, J. The View From Within. First person approach to the study of consciousness. Imprint Academic, 1999.
Varela, F., Thompson, E., & Rosch, E. L’inscription corporelle de l’esprit. Sciences cognitives et expérience humaine. Seuil, 1993.
Vermersch, P. L’entretien d’explicitation. ESF, 1994/2000.
Vermersch, P. Explicitation et phénoménologie. Presses Universitaires de France, 2012.