CONCEPÇÕES AVALIATIVAS NO BLOCO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO: NARRATIVAS DOCENTES E DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.26694/rles.v28i56.4872Palavras-chave:
Educação, Avaliação, Bloco Inicial de Alfabetização – BIA, Concepções docentes/Coordenação PedagógicaResumo
O presente estudo analisou as concepções sobre práticas avaliativas na alfabetização de cinco docentes atuantes nos 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental e da coordenadora pedagógica de uma escola da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. No campo da avaliação e suas múltiplas facetas, o estudo dialoga com Luckesi (2013; 2011; 2006; 2003), Perrenoud (1999), Hadji (2001), Villas Boas (2017; 2014; 2008;) e Freitas (2014). Além desses, essa temática está ancorada em documentos de base legal, a exemplo das Diretrizes Pedagógicas do bloco inicial de alfabetização (DISTRITO FEDERAL, 2012); as Diretrizes de Avaliação Educacional: Aprendizagem, Institucional e em Larga Escala (DISTRITO FEDERAL, 2014a), Diretrizes Pedagógicas para Organização do 2º Ciclo (DISTRITO FEDERAL, 2014b) e no do Currículo em Movimento (DISTRITO FEDERAL, 2018). Trata-se de um estudo de natureza qualitativa (ANGROSINO, 2009; RESENDE, 2009). Para a produção de dados, recorreu-se à entrevista com grupo focal realizada em outubro de 2021, de forma online, por meio da plataforma Meet, com cinco professores/as atuantes em turmas de alfabetização, bem como entrevista semiestruturada presencial com a coordenadora pedagógica de uma escola pública da cidade de Ceilândia- DF. Para o tratamento e análise dos dados, recorreu-se à análise de conteúdo temática (BARDIN, 1977; FRANCO, 2008). Os resultados apontaram para a defesa da perspectiva formativa de avaliação, de modo que tanto os/as docentes quanto a coordenadora pedagógica mencionaram alternativas didáticas que adotavam para assegurar essa prática.
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