BNCC E CURRÍCULO DO/PARA O ENSINO MÉDIO: O QUE PENSAM OS ALUNOS SOBRE ITINERÁRIOS FORMATIVOS?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/rles.v26i52.3000

Palavras-chave:

BNCC ensino médio, Ensino médio regular, Oferta em tempo integral, Itinerários Formativos, Ciclo de políticas

Resumo

Neste texto abordamos questões em torno dos itinerários formativos (IF) como parte da proposta curricular para o ensino médio, a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCCEM), no discurso de fortalecimento do protagonismo juvenil. Questionamos: Como a BNCC orienta a construção do currículo do Ensino Médio na perspectiva dos itinerários formativos? O que pensam os alunos sobre esses itinerários formativos? Definimos os seguintes objetivos: investigar como os itinerários formativos vêm sendo discutidos enquanto produção de texto; destacar elementos da reforma do Ensino Médio; apresentar dados de pesquisas desenvolvidas sobre o tema e, por fim, compreender o currículo então proposto pela normativa que constitui a BNCCEM. A pesquisa empírica se deu em uma escola de tempo integral situada no interior da estado do Ceará, a partir do olhar de nove estudantes dos terceiros anos do ensino médio, por meio de questionários disponibilizados pel google meet. Os dados da pesquisa apontam aparente ausência de uma compreensão dos estudantes sobre o que são itinerários formativos, ou, ainda, acerca dos objetivos dos itinerários no sentido de agregar à sua formação, gerar autonomia e empoderamento aos alunos, preparo para a vida, entre outros. Quanto aos processos de construção dos itinerários formativos para a turma, as respostas vão desde o funcionamento, a indicação de resultados, passando por aquelas que se distanciam totalmente da compreensão do tema, até a sinalização de atuação na qual a política transita conforme a configuração e reconfiguração de proposições até aquilo que a realidade local pede, demandada pelas circunstâncias e necessidades pontuais dos sujeitos e da escola.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eurandizia Maia da Silva, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Mestrado em Educação/UERN - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Mestre pelo POSEDUC-FE/UERN, Mossoró/RN. E-mail: eurandizia@hotmail.com.

Márcia Betania de Oliveira, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Doutorado em Educação/UERJ. Professora Adjunta da UERN, Mossoró/RN, Brasil. Rua José Cândido
Viana, nº 10, Bairro Alto de São Manoel, Mossoró/RN, Brasil, CEP 59.625-560. 

Referências

ARAÚJO, Ronaldo Marcos de Lima. A reforma do Ensino Médio do governo Temer, a Educação Básica mínima e o cerco ao futuro dos jovens pobres. Revista Holos, Ano 34, Vol. 08, 2018. Disponível em: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/7065. Acesso em 03/01/2020.

BALL, Sthepen J.; MAGUIRE, M.; BRAUN, A. Como as escolas fazem as políticas: atuação em escolas secundárias. Tradução de Janete Bridon. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2016b.

BALL, Sthepen J. Sociologia das políticas educacionais e pesquisa crítico-social: uma revisão pessoal das políticas educacionais e da pesquisa em política educacional. Currículo sem Fronteiras, v. 6, n. 2, pp. 10-32, jul/dez 2006. Londres, Reino Unido.

BALL, Sthepen J. Educação global: novas redes políticas e o imaginário neoliberal. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2014.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF: Ministério da Educação, 1996. Acesso em: 20/03/2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em 18/01/2020.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Lei nº 13005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, 2014. Acesso em: 20/03/2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em 18/01/2020.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Medida provisória nº 746, de 22 de setembro de 2016. Diário Oficial da União, Brasília, 2016. Acesso em: 20/03/2021. Disponível em: https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas-provisorias/-/mpv/126992/pdf.

Acesso em 18/01/2020.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Lei 13.415 de 16 de fevereiro de 2017. Brasília primeira parte, p. 1-3, 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2017/lei/l13415.htm. Acesso em 18/01/2020.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Base nacional comum curricular. Brasília, DF: MEC, 2018a. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf Acesso em: 15/10/2021.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Guia de implementação da Base nacional comum curricular. Brasília, DF: MEC, 2018b.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Novo ensino Médio - Perguntas e respostas. s/d. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=40361 Acesso em 18/01/2020.

FERRETI, Celso João. A Reforma do Ensino Médio: Desafios da Educação Profissional. Revista Holos, Ano 34, Vol. 04 2018. Acessado em 03/01/2020. Disponível em: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/6975

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2002.

GOMES, Fabrício Augusto. Base nacional comum curricular do ensino médio: currículo, poder e resistência. 2019. 305 f. Tese (Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia. 2019. Acesso em: 03/05/2020. Disponível em: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4385

HENRIQUE, A. L. S. O PROEJA e a reforma do ensino médio (Lei n ° 13.415/2017).

Revista Holos, Ano 34, Vol. 03, 2018. Acesso em 20/05/2020.

LEMES, Julieta Borges. O PROEJA Trasiarte na educação de jovens e adultos do Centro de Ensino Médio 03 e na educação profissional do Centro de Educação Profissional de Ceilândia: significações e indicações de estudantes à elaboração de um itinerário formativo. 2012. 258 f. Dissertação (mestrado em educação) Universidade de Brasília, 2012. Acesso em: 03/05/2020. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/10771.

LOPES, Alice Casimiro. Itinerários formativos na BNCC do Ensino Médio: identificações docentes e projetos de vida juvenis. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 13, n. 25, p. 59- 75, jan./mai. 2019. Acesso em 03/01/2020. Disponível em:

MOURA, Dante Henrique. Educação Básica e Educação Profissional e Tecnológica: Dualidade Histórica e Perspectivas de Integração. Ano 23, v. 2 – 2007. Disponível em:https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/viewFile/11/110. Acesso em: 03/01/2020.

SANTOS, Jean M. C. Tavares; OLIVEIRA, Marcia Betania de. Tensões permanentes nas reformas do ensino médio. In: Alice Casimiro Lopes; Marcia Betania de Oliveira. (Org.). Políticas de currículo: pesquisas e articulações discursivas. 1ed.Curitiba: CRV, 2017, v. 1, p. 169-188.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO CEARÁ. Escola de tempo integral. 2018. Disponível em: https://www.seduc.ce.gov.br/escola-em-tempo- integral/ Acesso em: 12/07/2020.

SEDUC. Secretaria da Educação do Estado do Ceará. Projeto Jovem de Futuro. 2011. Disponível em: https://www.seduc.ce.gov.br/2011/08/25/projeto-jovem-de-futuro/

SILVA, Francely Priscila Costa e. A reforma do ensino médio no governo do Michel Temer (2016 - 2018). Dissertação (pós-graduação em educação) Universidade Federal de Minas Gerais, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/32634. Acesso em: 03/05/2020.

Downloads

Publicado

2022-12-27

Como Citar

Maia da Silva, E., & de Oliveira, M. B. (2022). BNCC E CURRÍCULO DO/PARA O ENSINO MÉDIO: O QUE PENSAM OS ALUNOS SOBRE ITINERÁRIOS FORMATIVOS?. Linguagens, Educação E Sociedade, 26(52), 18–49. https://doi.org/10.26694/rles.v26i52.3000

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.