El griot dentro y fuera de la escuela: para una educación decolonial
DOI:
https://doi.org/10.26694/rles.v28i57.4669Palabras clave:
griots, educación decolonial, historia africana y afro-brasileñaResumen
La inclusión de la perspectiva afrobrasileña en la educación formal avanzó las últimas décadas, permitiendo innovaciones pedagógicas para la descolonización educativa. Entre los cambios, observamos la presencia de griots en escuelas, introduciendo conocimientos y procedimientos didácticos de espacios culturales extra-académicos. El objetivo del estudio es seguir a los griots dentro y fuera de la escuela, observando la conexión entre las prácticas educativas en espacio formal y los saberes y prácticas ancestrales construidas en espacios tradicionales. Comenzamos contextualizando la figura del griot en contexto africano y su creciente presencia en Brasil actualmente, reconstruyendo el proceso de su reciente proliferación. Posteriormente, realizamos un seguimiento etnográfico de las actividades educativas de dos griots en la región metropolitana de Porto Alegre. Durante varios meses, observamos las actividades de los griots en la escuela (círculos de conversación, conferencias, representaciones teatrales) y fuera de la escuela (encuentro de capoeira, clases de yoruba en terreiras de Batuque). Los resultados muestran que la experiencia extra-académica de los griots es fundamental para sus prácticas escolares. Destaca el estudio de marcas lingüísticas africanas en el portugués hablado en Brasil y el racismo colonial sin temporalidad lineal. Con esto, la historia y la cultura africana y afrobrasileña no son abordados como un frío componente curricular, sino desde una sensibilidad afectiva y una posición antirracista, confrontando la inercia colonial de algunas prácticas arraigadas en la vida escolar. Concluímos que la colaboración de los griots en la educación formal tiene enorme potencial para descolonizar la educación si se coordinan con los docentes.
Descargas
Citas
ABREU, A. E. L.; FRANCISCHETT, G. P. P. Direito Fundamental à educação de qualidade: a pedagogia dos multiletramentos e o pensamento decolonial diante das diferenças. Revista Linguagem, Educação e Sociedade - LES, v. 24, n. 42, 2019. p. 232-253. https://doi.org/10.26694/les.v0i42.8842
ANJOS, José Carlos dos. (2019). Brasil: uma nação contra as suas minorias. Revista De Psicanálise Da SPPA, v. 26, n. 3, 2019. p. 507–522.
BARBOSA, Frederico e ARAÚJO, Herton Ellery (orgs.) Cultura Viva: avaliação do programa arte educação e cidadania. Brasília: Ipea, 2010.
COOK, William W. “The Afro-American Griot”. In: BROOKS, Charlotte K. (ed.) English and Language Arts for the Black Learner. Illinois: Black Caucus of the National Council of Teachers of English, 1985. pags. 260-272.
GOLDMAN, Márcio. 'Quinhentos anos de contato': por uma teoria etnográfica da (contra)mestiçagem. Maná, v. 21, p. 641-659, 2015. https://doi.org/10.1590/0104-93132015v21n3p641
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.
GONZÁLEZ, Lélia. “Griot e Guerreiro”. In: Primavera para as Rosas Negras. São Paulo: Diáspora Africana Ed., 2018 [1984]. pp. 215-220.
HALE, T. A. From the griot of roots to the roots of griot: a new look at the origins of a controversial African term for bard. Oral Tradition, v. 12, n. 2, p. 249-278, 1997.
HALE, T. A. Griots and Griottes: Masters of Words and Music. Indiana: Indiana University Press, 2007.
HAMPATÉ BÂ, Amadou. “A Tradição Viva”. In: KI-ZERBO, J. (ed.) História Geral da África, I: Metodologia e pré-história da África – 2.ed. rev. – Brasília : UNESCO, 2010. pags. 167-213.
KI-ZERBO, Joseph. “Introdução Geral“. In: KI-ZERBO, J. (ed.) História Geral da África, I: Metodologia e pré-história da África – 2.ed. rev. – Brasília : UNESCO, 2010. pags. XXXI-LVII.
LOPES, Nei. Bantos, malês e identidade negra. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1988.
LOPES, Nei. Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São Paulo: Selo Negro Edições, 2014.
MARTINS, Bruno Rodolfo. Diversidade cultural nas aulas de Educação Física na Escola Pública: o embate com igrejas cristãs quando se trata de estudar culturas africanas e indígenas. Revista Interinstitucional Artes de Educar. Rio de Janeiro, V. 1, N. 2, jun - set 2015, pag 324 – 338.
NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro. Processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo. 2ª ed. Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2002.
NIANE, D. T. Soundjata, ou l'épopée mandingue. Paris, Présence Africaine, 1960.
NIANE, D. T. “O Mali e a segunda expansão manden”. In: NIANE, D. T. (ed.) História Geral da África, IV: África do século XII ao XVI. – 2.ed. rev. – Brasília : UNESCO, 2010. pags. 133-193.
PACHECO, L. Pedagogia Griô. A reinvenção da Roda da Vida. Lençois (BA): Ministerio da Cultura - Brasil, 2006.
ROCHA, Luiz Carlos Paixão. Políticas Afirmativas e Educação: A Lei 10.639/03 no contexto das políticas educacionais no Brasil contemporâneo. Dissertação (Mestrado em Educação). Curitiba: UFPR, 2006.
ROSA, Allan da. Costas Lanhadas (Revides e Segredos antes do 13 de Maio). In: Reza de mãe e outros contos. São Paulo: Editora Nós, 2016. p. 31-33.
SALOM, Julio Souto. Quando chega o griô: conversas sobre a linguagem e o tempo com mestres afro-brasileiros. Tese (Doutorado em Sociologia). Porto Alegre: IFCH/PPGS/UFRGS, 2019. https://lume.ufrgs.br/handle/10183/200581
SANTOS, Carla Liane Nascimento dos; DANTAS, Tânia Regina. Processos de Afrobetização e Letramendo de (Re)Existências na Educação de Jovens e Adultos. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 45, n. 1., 2020.
SANTOS, Romilda Oliveira. A Literatura afro-brasileira e africana, caminho para implementação da Lei 10.639/03. Revista Interinstitucional Artes de Educar. Rio de Janeiro, V. 1, N. 2, jun - set 2015, pag 277-292.
SODRÉ, Muniz. Cultura Negra. In: A verdade Seduzida. Por um conceito de cultura no Brasil. 3ª ed. Rio de Janeiro: DPA, 2005. pp. 89-140.
TONET, J. J.; RODRIGUES, C. R., MENEGHEL, S. M. Educação intercultural como possibilidade de reconhecimento e valorização das diferenças. Revista Linguagem, Educação e Sociedade - LES, v.27, n.55, 2023. https://doi.org/10.26694/rles.v27i55.3993
TURINO, C. Pontos de cultura: o Brasil de baixo para cima. São Paulo: Anita Garibaldi, 2009.
VANSINA, J. “A tradição oral e sua metodologia”. In: KI-ZERBO, J. (ed.) História Geral da África, I: Metodologia e pré-história da África – 2.ed. rev. – Brasília : UNESCO, 2010. p. 139-166.





