AINDA SOU PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.26694/les.v0i39.7675Palavras-chave:
Representações Sociais de professores, Permanecer, DocênciaResumo
Este estudo foi realizado com o financiamento do CNPq. A pesquisa objetivou analisar as representações sociais de professores do Ensino Fundamental de escolas públicas sobre a sua permanência na docência na perspectiva das objetivações e ancoragens que organizam essas representações. A metodologia seguida consistiu numa pesquisa de caráter descritivo, com referência na Teoria das Representações Sociais de Moscovici (1978). A amostra envolveu 25 professores do Ensino Fundamental, distribuídos entre o sexo feminino e masculino com os seguintes critérios de seleção: do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II de instituições públicas e privadas; com 5 a 10 anos de tempo de exercício na profissão; da cidade de Belém/PA. O Instrumento utilizado para a coleta de informações seguiu a técnica Q que consistiu na ordenação de 70 itens pré-elaborados sobre a temática em estudo para serem organizados pela ordem de importância de acordo com cada informante. A análise das informações dos professores, após registro, seguiu os procedimentos da referida Técnica. Os resultados parciais, deste estudo, destacam que as representações sociais de professores sobre a permanência na docência se organizam em torno de objetivações e de ancoragens com sentidos muito mais desprazerosos do que prazerosos sobre a profissão.
Downloads
Referências
ANJOS, Francisco Valdinei Santos; TRINDADE, Marileia. Escola como dispositivo valorativo e emocional. In: ______; NASCIMENTO, Ivany Pinto; RODRIGUES, Sonia Eli (Org.) As representações sociais de professores do ensino fundamental enlaçadas ao que realizam na escola. Curitiba: Appris, 2017. p. 49-81.
ARROYO, Miguel. Fracasso-sucesso: o peso da cultura escolar e do ordenamento da educação básica. In: ABRAMOWICZ, Anete; MOLL, Jaqueline (Org.). Para além do fracasso escolar. Campinas: Papirus, 2000. p.11-26.
BARAÚNA, Rita de Cássia de Alcântara et al. Identidade profissional e representações sociais do trabalho docente: o lugar da experiência na formação da pedagoga. In: PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza; VILLAS BÔAS, Lúcia Pintor Santiso; SOUZA, Clarilza Prado de (Org.). Representações sociais: diálogos com a educação. Curitiba: Champagnat; Fundação Carlos Chagas, 2012. p. 35-40.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1976.
CARVALHO, Marília Pinto de. No coração da sala de aula. São Paulo: Xamã, 1999.
CASASSUS, Jaime. Fundamentos da educação emocional. Brasília: Unesco/Líber, 2009.
CORTEZ, Pedro Afonso et al. A saúde docente no trabalho: apontamentos a partir da literatura recente. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, n. 1, p. 113-122, 2017.
DUBAR, Claude. A crise das identidades: a interpretação de uma mutação. Lisboa: Afrontamento, 2006.
DUSSEL, Inés. Impactos de loscambiosenel contexto social y organizacional del oficio docente. In: ______. El oficio de docente: vocación, trabajo y profesiónenelsigloXXI.Buenos Aires: SigloXXI, 2006. p. 35-40.
FANFANI, Emilio Tenti. Consideraciones sociológicas sobre profesionalización docente. Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 99, p. 335-354, maio/ago. 2007.
FRANCHI, Eglê Pontes (Org.). A causa dos professores. Campinas: Papirus, 1995.
GATTI, Bernadete Angelina et al. Formação de professores para o ensino fundamental: instituições formadoras e seus currículos. Relatório de pesquisa. São Paulo: Fundação Carlos Chagas; Fundação Vitor Civita, 2008. 2 v.
______. A utilização da técnica Q como instrumento de medida nas ciências humanas. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 6, p. 46-51,1972.
______.Valorização da docência e avaliação do trabalho docente: o papel da avaliação participativa em contexto institucional. In: ______. (Org.). O trabalho docente: avaliação, valorização, controvérsias. Campinas: Autores Associados; Fundação Carlos Chagas, 2013. p.58-59.
______.; BARRETTO, Elba Siqueira de Sá. Professores: aspectos de sua profissionalização, formação e valorização social. Relatório de Pesquisa. Brasília: Unesco, 2009.
GILLY, M. As representações sociais no campo da educação. In: JODELET, D. (Org.). As representações sociais. Rio de Janeiro: UERJ, 2001. p. 41-58. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Censo Escolar da Educação Básica 2018. Relatório. Ministério da Educação. Disponível em: . Acesso em: 11 out. 2018.
JODELET, Denise. Representações sociais: um domínio em expansão. In: ______. (Ed.). As representações sociais. Rio de Janeiro: UERJ, 2001. p. 17-44.
LAPO, F. R.; BUENO, B. Os Professores, desencanto com a profissão e abandono do magistério. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 118, p. 65-88, 2003.
LEVENFUS, Rosane Schotgues; NUNES, Maria Lúcia Tiellet. Principais temas abordados por jovens centrados na escolha profissional. In: ______.; SOARES, Dulce Helena Penna (Org.). Orientação vocacional ocupacional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 44-55.
LISBOA, Mário Dionísio. Orientação profissional e mundo do trabalho: reflexões sobre uma nova proposta frente a um novo cenário. In: LEVENFUS, Rosane Schotgue; SOARES, Dulce Helena Penna (Org.). Orientação vocacional ocupacional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 34-36.
MARANHÃO, Magno de Aguiar. Educação brasileira: resgate, universalização e revolução. Brasília: Plano, 2004.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
MOREIRA, Herivelto. A investigação da motivação do professor: a dimensão esquecida. Revista Educação e Tecnologia, Curitiba, v.1, n.1, p. 88-96, out.1996.
MOSCOVICI, Serge. A representação social da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
______. Representações sociais: investigações em psicologia social. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
NASCIMENTO, Ivany Pinto. As representações sociais dos professores do ensino fundamental enlaçadas ao que realizam na escola. Relatório final. Atividades desenvolvidas entre janeiro de 2011 a novembro de 2011 junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PROPED) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UERJ, 2011. p. 5-20.
NÓVOA, António (Org.). Cúmplices ou reféns? Nova Escola, São Paulo, n. 162, p. 14-15, abr./ maio 2003.
OCDE. Relatórios Econômicos OCDE: Brasil, 2018. Disponívelem: <https://www.oecd.org/eco/surveys/Brazil-2018-OECD-economic-survey-overviewPortuguese.pdf>. Acesso em: 20 out. 2018.
PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (Org.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002.
PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza; SOUSA, Vera Lúcia Trevisan de. Movimentos identitários de professores e representações do trabalho docente. In: ______.; VILLAS BÔAS, Lúcia Pintor Santiso; SOUZA, Clarilza Prado de (Org.). Representações sociais: diálogos com a educação. Curitiba: Champagnat: Fundação Carlos Chagas, 2012. p.22-23.
SORATTO, Lucia; OLIVIER-HECKLER, Cristianne. Educação: carinho e trabalho. In: CODO, Wanderley (Org.). Escola: uma organização multiprofissional. Petrópolis: Vozes,1999. p.122-138. v. 1.
SZYMANZKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Plano, 2003.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
TEDESCO, Juan Carlos. A modo de conclusión: una agenda de política para el sector docente. In: ______. El oficio de docente: vocación, trabajo y profesiónenelsiglo XXI.Buenos Aires: Siglo XXI, 2006. p. 13-15.
VALLE, Ione Ribeiro. Carreira do magistério: uma escolha profissional deliberada? Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 87, n. 216, p. 178-187, ago. 2006.