“AS PROPOSTAS BANAIS DA ESCOLA”: PERSPECTIVAS UNIVERSALISTAS DE POLÍTICAS CURRICULARES E SEUS ATRAVESSAMENTOS NOS CAMINHOS DA DOCÊNCIA E DA INFÂNCIA
DOI:
https://doi.org/10.26694/les.v0i43.9649Palavras-chave:
Educação Infantil, Políticas Públicas, CurrículoResumo
Sob o argumento de desenvolvimento da educação, a produção das políticas curriculares nas últimas décadas, tem ganhado destaque no cenário das políticas públicas. Nesse contexto, a discussão em torno da produção curricular para a infância não tem escapado, apesar de suas especificidades, às políticas universalistas que se pretendem totalitárias, igualitárias, homogêneas. Objetivamos neste artigo discutir as significações produzidas a partir da proposição do PNAIC e da BNCC como políticas de centralização curricular, inquirido os significados para o currículo, para a Educação infantil, para a alfabetização e para a formação. Apoiamo-nos em aportes teóricos pós-estruturalistas, trazendo Bhabha e Derrida como interlocutores para discutirmos o currículo, argumentando em favor de uma prática discursiva e o ato de enunciar como espaço de elaboração de sentidos na perspectiva da diferença. Tais aportes nos ajudam a compreender o professor como curriculista, desafiando a lógica escolar da previsibilidade, da materialização e reificação do currículo, questionando a produção de políticas curriculares como estratégias de hegemonização. Na análise das políticas curriculares como produção discursiva, avançamos para pensar as crianças e suas infâncias, associando-se a uma perspectiva evidenciada pela desconstrução de conceitos rígidos, marcados por um cientificismo colonizador sobre a criança e a infância, aqui evidenciadas no diálogo com Francesco Tonucci e as “propostas banais da escola”.
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