LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/les.v0i45.11116

Palavras-chave:

Linguagem, Educação, Memória

Resumo

Neste artigo, discute-se como as políticas de escolarização dos anos de 1937 a 1945, período do Estado Novo no Brasil, apropriaram-se da linguagem cívica, patriótica e religiosa como recurso para a construção de uma memória nacionalista na sua continuidade histórica. Partimos da perspectiva dialética e dialógica da linguagem e objetivamos perscrutar como os signos linguísticos organizaram-se em diferentes gêneros textuais e se apropriaram dos símbolos, dos ritos e de suas significações para construir uma memória positiva das bases nacionalistas que foram gestadas para durar. Respectiva e dialogicamente, o escopo teórico dessas categorias analíticas embasa-se nos estudos sobre quadros sociais da memória, memória social e coletiva de Maurice Halbwachs e sobre a linguagem em Mikhail Bakhtin. Sendo assim, este trabalho prioriza a língua em sua dimensão social dadas as circunstâncias de apropriação e produção discursiva tomadas como instrumento político durante períodos de governos ditatoriais no Brasil. Para isso, analisou-se como os mecanismos linguísticos foram utilizados como discursos ideológicos e sistematizados para construir uma memória social, coletiva e positiva do nacionalismo. Nosso marco de referência é a Escola Getúlio Vargas, situada na sede do município de Guanambi e inaugurada em 1938, uma instituição que subsiste do Estado Novo aos dias atuais. Os resultados da pesquisa apontaram que a memória construída na escola e no seu entorno por meio de discursos, símbolos nacionalistas e religiosos de caráter educativo permanecem em sua processualidade dialética na memória social e coletiva da cidade, consolidando-se como marco de referência social e político.

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Biografia do Autor

TATIANE MALHEIROS ALVES, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Doutora em Memória: Linguagem e Sociedade (UESB). Docente da Educação Básica, Técnica e Tecnológica, Área de Linguagens, IF Baiano.

LÍVIA DIANA ROCHA MAGALHÃES, Universidad Estatal de Campinas

Doutora em Educação (Unicamp). Pós-Doutorado em Psicologia Social (UERJ). Professora Plena (UESB). Coordenadora do Museu Pedagógico.

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Publicado

2020-11-17

Como Citar

MALHEIROS ALVES, T. ., & ROCHA MAGALHÃES, L. D. . (2020). LINGUAGEM, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO CÍVICO-NACIONALISTA. Linguagens, Educação E Sociedade, (45), 141–164. https://doi.org/10.26694/les.v0i45.11116

Edição

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