NARRATIVAS DE EGRESSOS SOBRE O CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ: OLHARES A PARTIR DA ENTRADA NA DOCÊNCIA
Palavras-chave:
Narrativas, Egressos, Educação FísicaResumo
Este artigo socializa o resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso realizado no ano de 2013, com o objetivo de descobrir a percepção dos egressos sobre o curso de licenciatura em Educação Física da Universidade do Estado do Pará, a partir de seu ingresso na profissão docente. A metodologia utilizada, dentro do espectro da pesquisa qualitativa, utilizou como instrumento principal entrevistas roteirizadas para obtenção de narrativas autobiográficas de três professores iniciantes, egressos do curso mencionado, nos últimos três anos. Assim, pela memória, foi possível acessar a visão-interpretação de jovens professores sobre seu percurso formativo, sobretudo acerca do curso de Educação Física. A análise dos dados fundamentou-se na análise do conteúdo, e as categorias depreendidas foram analisadas à luz da revisão teórica centrada na discussão sobre o histórico da Educação Física, e acerca da formação de professores na área. Os resultados indicam que, na percepção dos egressos que atuam na docência, o curso de Educação Física apresenta fragilidades na definição identitária do profissional que forma, sendo fundamental agir para a melhor definição da sua proposta e estrutura teórico-metodológica, para que ele seja legitimado no momento da entrada do egresso na docência.
Downloads
Referências
BÁSSOLI DE OLIVEIRA, A. A.; DaCOSTA, L. P.. Educação física/esporte e formação profissional/campo de trabalho. In: GOELLNER, S. V. (Org.). Educação física/ciências do esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, 1999.
BETTI, M.. Educação física e sociedade: a educação física na escola brasileira de 1º e 2º graus. São Paulo:Movimento, 1991.
BOTO, C.. A Escola do Homem Novo: entre o Iluminismo e a Revolução Francesa. São Paulo: Ed. UNESP, 1996.
BRACHT, V.. A construção do campo acadêmico “educação física” no período de 1960 até nossos dias:onde ficou a educação física? Belo Horizonte: Ed. UFMGEEF, 1996.
BRASIL. Decreto-Lei n. 1.212, de 17 de abril de 1939. Cria, na Universidade do Brasil, a Escola Nacional de Educação Física e Desportos.
BRASIL. Resolução n. 7, de 31 de março de 2004. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Educação Física, em nível superior de graduação plena. Brasília, 2004.
BRITO NETO, Anibal Correia et al. O perfil acadêmico-profissional da formação de professores do CEDF/UEPA frente às diretrizes curriculares nacionais da Educação Física. In: ENCONTRO DE PESQUISA EDUCACIONAL DO NORTE E NORDESTE, 19., 2009, João Pessoa. Educação, direitos humanos e inclusão social. Anais... João Pessoa: PPGE/UEPB, 2009.
CANDAU, Vera Maria. A Didática em Questão. Petrópolis, RJ: Vozes, 1984.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas, SP: Papirus, 1988.
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CFE n. 3, de 16 de junho de 1987. Fixa os mínimos de conteúdos e duração a serem observados nos cursos de graduação em Educação Física. Brasília, 1987.
DAOLIO, J.. Da Cultura do Corpo. Campinas, SP: Papirus, 1995.
_____. Educação Física brasileira: autores e atores da década de 80. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 18, n. 3, p. 182-191, maio 1997.
DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A.. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
DURKHEIM, E.. Educação e Sociologia. Tradução Lourenço Filho. São Paulo: Melhoramentos, 1955.
FARIA JÚNIOR, A. G.. Professor de educação física, licenciado generalista. In: OLIVEIRA, Vitor M. (Org.). Fundamentos Pedagógicos Educação Física: flexões e reflexões. Rio de Janeiro: Livro Técnico,1987.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
_____. Pedagogia do Oprimido. 13. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
GALVÃO, C.. Narrativas em Educação. Ciência e Educação, Bauru, v. 11, n. 2, p. 327-345, 2005.
GHIRALDELLI, Paulo. Educação física progressista: a pedagogia crítico-social dos conteúdos e a educação física brasileira. 10. ed. São Paulo: Loyola, 1991.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 4. ed. São Paulo: Loyola, 1986.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti et al. Escola e aprendizagem da docência: processos de investigação e formação. São Carlos: Ed. UFSCar, 2002.
NOZAKI, H. T. Diretrizes curriculares e regulamentação da profissão: o que modifica no campo de atuação do profissional de educação física. In: PRÉ-CONBRACE SUL E ENCONTRO DE COORDENADORES DOS CURSOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA REGIÃO SUL, 1., 1., 2003. Pato Branco, PR. Anais... Pato Branco, PR: CBCE/Secretarias Estaduais do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e FADEP, 2003.
PAIVA, Fernanda Simone Lopes de. Sobre o pensamento médico-higienista oitocentista e a escolarização: condições de possibilidade para o engendramento do campo da Educação Física no Brasil. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.
PARLEBÁS, Pierre. Perspectivas para una educacion fisica moderna. Andalucia, ES: Unisport Andalucia, 1987.
TAFFAREL, C N. Z.; SANTOS JR, C. L.. Nexos e Determinações entre formação de professores de Educação Física e diretrizes curriculares: competências para quê? In: FIGUEIREDO, Zenólia, C. C. (Org.). Formação profissional em educação física e mundo do trabalho. Vitória: Gráfica da Faculdade Salesiana de Vitória, 2005.
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ. Projeto Político-Pedagógico do Curso de Educação Física. Belém: Comissão de elaboração do projeto político-pedagógico do Curso de Educação Física da UEPA, 2007.