PRÁTICAS DE ENSINO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL COM FAMÍLIAS, CRIANÇAS E JOVENS NA FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE
DOI:
https://doi.org/10.26694/rles.v28i58.4982Palavras-chave:
Educação Especial, Intervenção Educativa, MetecontigênciaResumo
Este estudo teve como objetivo geral verificar se uma proposta de intervenção educativa com famílias foi suficiente para garantir a aprendizagem de comportamentos específicos com crianças/jovens com TEA e/ou DI. O estudo teve como objetivo específico verificar se uma intervenção educativa breve com duração de sete semanas, aplicada por universitários em formação inicial, foi suficiente para modificar a percepção da família, em relação ao desenvolvimento da criança/jovem. Participaram 9 famílias, 11 crianças/jovens e 10 universitários em formação inicial. Foi utilizada uma entrevista semiestruturada com a família para derivar os objetivos de ensino que foram aplicados durante a intervenção. Foi realizada a caracterização da família, reaplicação da entrevista ao final da intervenção (a fim de comparar a percepção da família em relação ao desenvolvimento da criança e jovem) e questionário de validade social, realizado com a família, criança e jovem. Os dados mostraram satisfação dos participantes, além de comprovar a importância do estudo com práticas baseadas em evidências na formação inicial de professoras. A intervenção educativa breve, estruturada em sete semanas, modificou a percepção da família em relação ao desenvolvimento das crianças e jovens. O estudo gerou reflexão sobre a Educação Especial enquanto componente curricular na formação inicial de professoras e, mais especificamente, operacionalizou práticas de ensino com as famílias nesse contexto.
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