VIOLÊNCIA ESCOLAR: UM ESTUDO A PARTIR DAS REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES E GESTORES
DOI:
https://doi.org/10.26694/les.v0i32.8631Palavras-chave:
Violência, Ensino Fundamental, Professores, GestoresResumo
Este artigo resulta da pesquisa de mestrado que teve como objeto de estudo a violência escolar. O objetivo foi conhecer e analisar as representações que os professores dos anos iniciais do ensino fundamental e gestores que atuam em escolas da Rede Municipal de Ensino (REME), de Campo Grande/MS têm sobre a violência escolar. Trata-se de uma investigação de abordagem do tipo qualitativa (TRIVIÑOS, 1987). Para entender as questões da pesquisa recorremos a duas técnicas: a entrevista semiestruturada (LÜDKE; ANDRÉ, 1986) e a análise de conteúdo (BOGDAN; BIKLEN, 1994). As análises das falas dos sujeitos mostram que acontece violência verbal e física entre alunos e que há dificuldade para os entrevistados em definir o que significa a violência na escola. Esta é percebida tanto pelos professores quanto pelas gestoras como um problema social, como uma violação das normas, como falta de respeito, como agressão física e verbal, inserindo a desestrutura familiar. Esta pesquisa revela que a violência não escolhe classe social, nem localização da escola, mesmo havendo uma tendência em se pensar que somente as escolas da periferia são produtoras de violência escolar, mas independente da localização e do número de alunos as escolas participantes possuem muitos pontos em comum. Verificou-se que as possibilidades de superação da violência escolar não estão somente na escola, mas em parcerias com a família, com a comunidade, com os órgãos do governo, com profissionais de outras áreas. E no desenvolvimento de projetos pensados para a realidade dos alunos, que envolvam desde os pequenos já que estes também praticam a violência, e ações diárias em sala de aula.
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