A EMERGÊNCIA DA DOCÊNCIA NA CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA EM SANTA CATARINA NA PRIMEIRA METADE DO SECULO XX

Autores

  • ROSA BATISTA Universidade do Sul de Santa Catarina
  • LEONETE LUZIA SCHMIDT Universidade do Sul de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.26694/les.v1i2.6090

Palavras-chave:

História da Educação Infantil, Docência, Creche, Jardim de Infância

Resumo

O presente texto traz resultados da investigação sobre a emergência da docência na Educação Infantil no estado de Santa Catarina, percorrendo um conjunto de iniciativas ao longo da primeira metade do século XX - 1908 a 1949. Os principais documentos analisados foram crônicas, jornais e revistas, relatórios, certidões, históricos, decretos e regulamentos obtidos junto a arquivos do estado. Dentre eles, os arquivos do Círculo Operário e da Cia. Hering. A emergência da docência nas instituições de cuidado e de educação das crianças pequenas em Santa Catarina foi sendo forjada a partir de iniciativas de cunho religioso, filantrópico, jurídico, médico-higienista e empresarial, gestadas em diferentes contextos sociais, geográficos, culturais e políticos, com diversidade de formas de composição e organização do trabalho docente. A perspectiva médicohigiênica, advinda da puericultura, compõe a base estruturante da constituição histórica da docência na Creche. Nos Jardins de Infância, esta base estruturante se constitui a partir dos princípios da instrução, da moralização, do desenvolvimento para a civilidade, cuja constituição se dá a partir da religião, pela via da filantropia, para a construção de um “novo homem”, apto para assumir a condição de trabalhador e atender ao projeto de nação que estava em curso.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

ROSA BATISTA, Universidade do Sul de Santa Catarina

Doutora em Educação. Pós-Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Sul de Santa Catarina PPGE-UNISUL com pesquisa sobre A Constituição histórica da educação infantil em Santa Catarina na primeira metade do Século XX. É Pesquisadora associada ao Núcleo de Educação da pequena Infância UFSCNUPEIN. 

LEONETE LUZIA SCHMIDT, Universidade do Sul de Santa Catarina

Doutora em Educação pela PUC/SP. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul. Pesquisadora da história da educação catarinense, com foco nos anos iniciais.

Referências

BATISTA, Rosa. A emergência da docência na Educação Infantil no Estado de Santa Catarina: 1908-1949. Florianópolis: UFSC, 2013. 198 f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Santa Catarina. 2013.

BASTOS, Maria Helena Camara. Jardim de Crianças: o pioneirismo do Dr. Menezes Vieira (1875- 1887). In: MONARCHA, Carlos (Org.). Educação da infância brasileira: (1875-1983). São Paulo: Autores Associados, 2001.

BOPPRÉ, Maria Regina. O colégio Coração de Jesus na educação catarinense (1898-1988). Florianópolis: Lunardelli, 1989.

CERISARA, Ana Beatriz. Professoras de educação infantil: entre o feminino e o profissional. SP: Cortez, 2002.

CIVILETT, Maria. V.P. A Creche e o nascimento da nova maternidade. Rio de Janeiro: ISEPP; FGV,1988.

COSTA, Andrade Iara; GABARDO, Claudia Valéria Lopes; FREITAS, Dunia Anjos de. (Org.). Tempos de Educar: Os caminhos da história do ensino na rede municipal de Joinville, SC - 1851/2000. Joinville, SC: UNIVILLE, 2005.

DONZELOT, Jacques. A polícia das famílias. 3. ed. São Paulo: Graal, 2009 [1986].

FERREIRA, Maria Manuela. Salvar Corpos, forjar a razão: contributo para uma análise crítica da criança e da infância como construção social em Portugal: 1880-1940. Porto, PT: Instituto de Inovação Nacional, 2000.

FIGUEIREDO, Gastão de. Creche. 2. Edição. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde/ Departamento Nacional da Criança - Imprensa Nacional, 1946. Coleção D. N. Cr. N. 95.

GONDRA, J.G. Homo hygienicus: educação, higiene e a reinvenção do homem. Cadernos do CEDES (UNICAMP), Campinas, SP, v. 23, n.59, p. 25-38, 2003.

_________. A sementeira do porvir: higiene e infância no século XIX. Educação e Pesquisa (USP). Educação e Pesquisa: FEUSP, v. 1, p. 99-118, 2000.

HOFF, Sandino; LONGHI, Armindo José; CARDOSO, Maria Angélica. O manual didático e os quadros murais na relação educativa do Curso Normal Sagrado Coração de Jesus: 1936-1971. Revista HISTEDBR. Campinas, SP, número especial, maio p. 128-144. 2010. Disponível em:<http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/37e/art09_37e.pdf>. Acesso em: 17 maio 2011.

ISOTTON, Andréa Patrícia Probst. A influência do luteranismo e do catolicismo nos primeiros jardins de infância em Rio do Sul. Rio do Sul: Ed. UNIDAVI, 2004.

KLANN, Carlos José. Nas páginas da História: As representações de Emma Deeke sobre o mundo da mulher protestante no Brasil (1921 - 1942). 2011. Trabalho de conclusão de curso (História). Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, 2011.

KUHLMANN JUNIOR, Moysés. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.

______. Educação infantil e currículo. In: FARIA, Ana Lucia Goulart de; PALHARES, Marina S. Educação Infantil Pós-LDB. Campinas, SP: Autores Associados, 1999. p. 51-65.

______. O Jardim-de-Infância e a educação das crianças pobres: final do século XIX, início do século XX. In: MONARCHA, Carlos. (Org.). Educação da infância brasileira: 1875-1983. Campinas, SP: Autores Associados, 2001. p. 3-30.

KILIPPER, Karina. As pequenas missionárias da caridade e suas práticas pedagógicas no Jardim de Infância Nossa Senhora Aparecida junto aos filhos dos operários da CSN (Siderópolis). Criciúma: UDESC, 2008. 72 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Pedagogia) - Universidade do Estado de Santa Catarina. 2008.

KISHIMOTO, TizuKo M. Os Jardins de Infância e as escolas maternais de São Paulo no início da República. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 64,1988.

KRAMER, Sônia (Org.). Profissionais de educação infantil: gestão e formação. São Paulo: Ática, 2005.

________. A política da pré-escola no Brasil: a arte do disfarce. Rio de Janeiro: Achiamé,1982.

MANTOVANI, Susanna; PERANI, Rita M. Uma profissão a ser inventada: o educador da primeira infância. Pro-posições, Campinas, SP, v. 10, n. 1 [28], p. 75-98, 1999.

MARQUES, A. Neves. História de Urussanga. Urussanga: Prefeitura Municipal, 1960.

________. Educação Integral e Formação Cristã. Urussanga – Diocese de Tubarão: 1960 Gráfica Paraíso: Urussanga. SC

MIRANDA, Carmen Silva Meyer. Creche Conde Modesto de Leal: o legado social de padre Kolb. Joinville: Letra d’Água, 2006.

RAMBO, Arthur Blasio. O teuto-brasileiro e sua identidade. In: FIORI (Org.) Etnia e Educação: a escola “alemã” do Brasil e estudos congêneres. Florianópolis: Ed. UFSC; Tubarão: Ed. Unisul, 2003.

ROCHA, Eloisa Acires Candal. A invenção da Professora de Educação infantil. Relatório de pesquisa de estágio pós-doutoral. PPGE-PUC-RJ, 2012. (Não publicado)

SILVA, Marilda Checcucci Goçalves. Imigração, alimentação e Luteranismo em Blumenau (SC). Caderno Espaço Feminino, v.20, n. 2, p. 75-97, ago./dez. 2008.

SOUZA, Gizele de. Instrução, o talher para o banquete da civilização: cultura escolar dos jardins-de-infância e grupos escolares no Paraná, 1900-1929. Tese (Doutorado). Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade, PUC/SP, 2004.

VIEIRA, Lívia Maria Fraga. Creches no Brasil: de mal necessário a lugar de compensar carências rumo à construção de um projeto educativo. Belo Horizonte: UFMG, 1986. Dissertação (Mestrado). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais – Faculdade de Educação. 1986.

___________; (Coord.) Docência na Educação Infantil. Salto para o Futuro. Ano XXIII – Boletim 10 – junho 2013.

Downloads

Publicado

2016-02-20

Como Citar

BATISTA, R. ., & SCHMIDT, L. L. . (2016). A EMERGÊNCIA DA DOCÊNCIA NA CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA EM SANTA CATARINA NA PRIMEIRA METADE DO SECULO XX. Linguagens, Educação E Sociedade, (34), 172–194. https://doi.org/10.26694/les.v1i2.6090

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 70 71 72 73 74 75 76 77 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.