PESQUISA INTERVENTIVA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL: EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIDAS NOS CURSOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFG/REJ/BRASIL

Autores

  • RENATA MACHADO DE ASSIS Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.26694/les.v1i37.7586

Palavras-chave:

formação profissional, pesquisa interventiva, Educação Física

Resumo

Este artigo apresenta uma experiência desenvolvida em duas disciplinas, ministradas nos cursos de licenciatura e bacharelado em Educação Física, e tem o objetivo de debater a relevância de pesquisas interventivas na formação dos acadêmicos, tanto no sentido de conhecer diferentes realidades de atuação profissional quanto na aprendizagem de procedimentos de pesquisa, ou seja, é um momento de aprendizagem teórica e prática, com possibilidades de intervenção a partir de um estudo prévio e de sugestões de melhorias a serem efetivadas em cada local. No entanto, o que se percebe é que nem sempre os objetivos das disciplinas são alcançados na totalidade, pois as pesquisas se mostram incipientes, e os acadêmicos não demonstram o domínio do conhecimento sobre pesquisa interventiva, essencial para o desenvolvimento do trabalho, e nem mesmo da leitura e escrita, primordiais em todas as etapas da investigação. A fundamentação teórica utiliza autores como Brandão (1984; 1985), Demo (1984; 1995; 1996), Le Boterf (1984) e Thiollent (1984). A metodologia de pesquisa consistiu em relato de experiência a partir da vivência das disciplinas ministradas nos dois cursos de graduação, por meio dos trabalhos dos alunos que desenvolveram a pesquisa interventiva. Percebe-se, com os relatórios finais apresentados, que há uma tentativa de conhecer de forma mais profunda o campo investigado, e de contribuir com a realidade encontrada, mas os alunos pesquisadores têm dificuldade em sistematizar o trabalho e em analisar os dados coletados, por mais que tenham estudado o conteúdo teórico e recebido orientações em relação ao planejamento e desenvolvimento da pesquisa interventiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

RENATA MACHADO DE ASSIS, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Educação Física pela Universidade Federal de Góis. Mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Docente dos cursos de Educação Física e do Programa de PósGraduação em Educação da UFG/Regional Jataí.

Referências

AMARAL, R. do. As contribuições da pesquisa científica na formação acadêmica. Identidade Científica, Presidente Prudente-SP, v. 1, n. 1, p. 64-74, jan./jun. 2010. Disponível em: <http://www.unoeste.br/facopp/revista_facopp/IC1/IC16.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2015.

BAECKER, I. M. Vivência de movimento e Educação Física. In: SEMINÁRIO MUNICIPAL DE LAZER, ESPORTE E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, I, 2001, Santa Maria/RS. Anais... Santa Maria: Secretaria Municipal de Educação, 2001.

BASSO, A. L. Ginástica laboral: perspectiva de difusão no polo industrial de Piracicaba. 1989.

Monografia (Conclusão de Curso) - Departamento de Educação Física, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1989.

BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1984.

BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1985.

BRITO, E. C. de O.; MARTINS, C. de O. Percepção dos participantes de programa de Ginástica Laboral sobre flexibilidade e fatores relacionados a um estilo de vida saudável. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Fortaleza, v. 25, n. 4, p. 445-454, out./dez. 2012. Disponível em: <http://ojs.unifor.br/index.php/RBPS/article/view/2547/pdf>. Acesso em: 20 nov. 2015.

CARDOSO, R. D. Leitura e escrita na graduação – o texto científico. FAP Ciência, Apucarana-PR,v. 2, p. 1-9, set. 2008. Disponível em:<http://www.fap.com.br/fapciencia/002/edicao_2008/005.pdf>. Acesso em: 22 set. 2015.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1996.

DEMO, P. Elementos metodológicos da pesquisa participante. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 104-130.

DEMO, P. Metodologia científica em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas, 1995.

FERREIRA, G. F. de. Efeitos da atividade física no tratamento de dependentes químicos: uma revisão da literatura. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, año 15, n. 166, p. 1, mar. 2012. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd166/atividade-fisica-no-tratamento-dedependentes-quimicos.htm>. Acesso em: 18 out. 2015.

FERREIRA, K. da S.; SANTOS, A. P. dos. Os benefícios da ginástica laboral e os possíveis motivos da não implantação. Revista Educação Física, Bebedouro-SP, Ano II, n. 2, p. 56-72, dez. 2013. Disponível em: <http://unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistaeducacaofisica/sumario/29/16122013151810.pdf>. Acesso em: 23 jun. 2014.

FREIRE, P. Criando métodos de pesquisa alternativa: aprendendo a fazê-la melhor através da ação. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 34-41.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2012.

JEBER, L. J. Plano de ensino em Educação Física escolar: um projeto político-pedagógico em ação. In: SOUSA, E. S. de; VAGO, T. M. (Orgs). Trilhas e partilhas: Educação Física na cultura escolar e nas práticas sociais. Belo Horizonte: Gráfica e Editora Cultura, 1997. p. 113-143.

KUHLMANN JÚNIOR, M. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 2001.

LE BOTERF, G. Pesquisa participante: propostas e reflexões metodológicas. In.: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 51-81.

MACIEL, M. G. Atividade física e funcionalidade do idoso. Motriz, Rio Claro, v.16, n.4, p.1024-1032, out./dez. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/motriz/v16n4/a23v16n4>. Acesso em: 20 nov. 2015.

MIALICK, E. S.; FRACASSO, L; SAHD, S. M. P. V. A importância da prática de atividade física como auxílio no processo de tratamento para a dependência química em pessoas de 18 a 35 anos. Cooperativa do Fitness, 2013. Disponível em: <http://www.cdof.com.br/A%20import%E2ncia%20da%20pr%E1tica%20de%20atividade%20f%EDsica%20como%20aux%EDlio%20no%20processo%20de%20tratamento%20para%20a%20depend%EAncia%20qu%EDmica%20em%20pessoas%20de%2018%20a%2035%20anos.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2015.

MOTA, J. et al. Atividade física e qualidade de vida associada à saúde em idosos participantes e não participantes em programas regulares de atividade física. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 20, n.3, p. 219-25, jul./set. 2006. Disponível em: < http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16629>. Acesso em: 18 nov. 2015.

PIMENTEL, G. G. de A. et al. Significado das práticas corporais no tratamento da dependência química. Interface Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu-SP, v. 12, n. 24, p. 61-71, jan/mar. 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832008000100006>. Acesso em: 21 de jun. 2014

REIS, A. Educação Física seu manual de saúde. São Paulo: Editora Difusão Cultural do Livro Ltda - CLD, 2012.

SAMPAIO, A. A.; OLIVEIRA, J. R. G. de. A ginástica laboral na promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida no trabalho. Caderno de Educação Física, Marechal Cândido Rondon, v. 7, n.13, p. 71-79, 2. sem. 2008. Disponível em: < http://www.cdof.com.br/artigo%20Gin%E1stica%20Laboral%20Adelar%20e%20Jo%E3o.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2014.

SANTOS, F. H. dos; ANDRADE, V. M.; BUENO, O. F. A. Envelhecimento: um processo multifatorial. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 14, n. 1, p. 3-10, jan./mar. 2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722009000100002>. Acesso em: 18 nov. 2015.

SCHIMIDT, K. C. Exercício físico, humor e bem-estar na percepção de dependentes químicos em tratamento. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2007.

THIOLLENT, M. Notas para o debate sobre pesquisa-ação. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 82-103.

TOURINHO, C. Refletindo sobre a dificuldade de leitura em alunos do ensino superior: “deficiência” ou simples falta de hábito? Revista Lugares de Educação, Bananeiras-PB, v. 1, n. 2, p. 325-346, jul/dez. 2011. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rle>. Acesso em: 22 set. 2015.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

UFG. Projeto Pedagógico do Curso de Educação Física – Licenciatura. Jataí-GO: Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí, Curso de Licenciatura em Educação Física, 2011.

UFG. Projeto Político Pedagógico do Curso de Bacharelado em Educação Física. Jataí-GO: Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí, Curso de Licenciatura em Educação Física, 2012.

VIANA, P. B.; BENINI, L. V.; VASCONCELLOS, C. Programa de ginástica laboral versus desconforto laboral. Coleção Pesquisa em Educação Física, Várzea Paulista - SP, v. 10, n. 2, p.125-132, 2011. Disponível em: <http://www.editorafontoura.com.br/periodico/vol-10/Vol10n2-2011/Vol10n2-2011-pag-125a132/Vol10n2-2011-pag-125a132.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2015.

WERNECK, F. Z.; BARA FILHO, M. G.; RIBEIRO, L. C. S. Mecanismos de melhoria do humor após o exercício: revisitando a hipótese das endorfinas. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, v. 13, n. 2, p. 135-144, ago. 2005. Disponível em: <http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/634/645>. Acesso em: 25 jun. 2014.

Downloads

Publicado

2017-10-29

Como Citar

MACHADO DE ASSIS, R. . (2017). PESQUISA INTERVENTIVA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL: EXPERIÊNCIAS DESENVOLVIDAS NOS CURSOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFG/REJ/BRASIL. Linguagens, Educação E Sociedade, (37), 254-274. https://doi.org/10.26694/les.v1i37.7586

Edição

Seção

Artigos