A EDUCAÇÃO INFANTIL E A BNCC: O CONTEXTO DAS AVALIAÇÕES EXTERNAS EM LARGA ESCALA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/rles.v27i53.2971

Palavras-chave:

BNCC; Educação Infantil; Avaliação Externa em Larga Escala.

Resumo

Este ensaio tem por objetivo discutir a presença da primeira etapa a educação básica, a educação infantil (EI), na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Parte do princípio de que o documento provoca empobrecimento do contexto educacional brasileiro, através de um currículo prescritivo, pouca autonomia e reflexão docente, que acaba por restringir a discussão sobre educação a melhorar os índices nas avaliações externas em larga escala. Inicia sua argumentação através do contexto de influência que justifica a entrada da EI no documento para, a seguir, tendo como referência as contribuições das áreas de avaliação e currículo, defender que há relação direta entre a Base e as avaliações estandardizadas, mesmo que, na educação infantil, não seja a proposta avaliar desempenho e/ou desenvolvimento infantil.  Argumenta que a relação entre a EI e a Base está diretamente relacionada à questão da alfabetização na pré-escola, já que crianças pré-escolares têm melhor desempenho escolar futuro que as demais. Conclui que a Base pode provocar descaraterização do trabalho pedagógico referendado nas múltiplas linguagens, uma vez que pode contribuir para a antecipação do processo de alfabetização e para processos de escolarização precoce, a partir de uma perspectiva mecanicista, o que contraria os princípios epistemológicos e pedagógicos da educação infantil.  

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Biografia do Autor

Virginia Cecilia da Rocha Louzada, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professora do Programa de Pós-graduação em Educação (ProPEd) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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Publicado

2023-03-24

Como Citar

da Rocha Louzada, V. C. (2023). A EDUCAÇÃO INFANTIL E A BNCC: O CONTEXTO DAS AVALIAÇÕES EXTERNAS EM LARGA ESCALA. Linguagens, Educação E Sociedade, 27(53), 118–141. https://doi.org/10.26694/rles.v27i53.2971

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