O COMÉRCIO DA INSTRUÇÃO: Práticas Educativas e publicidade no século XIX

Autores

  • ALINE DE MORAIS LIMEIRA Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

História da educação, Anúncios, Almanak

Resumo

O presente estudo, inscrito no campo da historiografia educacional, consagrou como investimento bus car indícios que permitissem tornar visíveis certos equipamentos das escolas, colégios e distintas práticas educativas da iniciativa privada na Corte Imperial no Brasil do século XIX. Procura contribuir, de modo particular, com análises acerca dos processos de disseminação dessas escolas, seus materiais, profissionais, organização e funcionamento a partir daquela que foi a principal fonte que orientou o processo de elaboração das indagações lançadas neste estudo: o Almanak Laemmert. Trata-se, no caso, de uma obra em que, a partir dos anúncios que faz circular, realiza uma espécie de radiografia de espaços públicos e privados da Corte Imperial e Província do Rio de Janeiro. Assim, buscamos extrair destes discursos propagandísticos alguns traços das escolas privadas e das estratégias estabelecidas para serem percebidas enquanto lugar capaz de promover uma educação de qualidade, priorizando certas preocupações como um “lugar mais salubre”, um mobiliário, uma tabela de estudos, uma oferta de certos saberes, certos profissionais “premiados”, “dignos e hábeis”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

ALINE DE MORAIS LIMEIRA, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestranda em Educação – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Pesquisadora Bolsista da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) em História da Educação; Membro do Núcleo de Ensino e Pesquisa em História da Educação (NEPHE-UERJ – Cord. Prof. Dr. José Gondra) e do Grupo de Estudos Impressos, Professores e Sociabilidades Intelectuais (GE-UERJ – Coordª. Profª. Drª Alessandra Schueler).

Referências

ALMEIDA, José Ricardo Pires de. Instrução Pública no Brasil (1500-1889). Historia e

legislação. 2. ed. Tradução de Antonio Chizzotti; Crítica de Maria do Carmo Guedes. São Paulo: EDUC, 2000.

FARIA FILHO, Luciano Mendes de. A Legislação Escolar como fonte para a História da Educação: Uma tentativa de Interpretação. In. FARIA FILHO, Luciano Mendes de. Educação, Modernidade e Civilização. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

GONDRA, José G. Artes de civilizar: medicina, higiene e educação escolar na Corte Imperial. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2004.

HAIDAR, Maria de Lourdes M. O ensino secundário no Império Brasileiro. São Paulo: EDUSP/Grijalbo, 1972.

LEMOS, Daniel C. A. O discurso da ordem: a constituição do campo docente na Corte Imperial. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: EdUERJ: 2006.

LIMEIRA, Aline de Morais. Práticas discursivas e publicidade: a iniciativa privada no Almanak Laemmert (1844/1859). In: IV Congresso Brasileiro de História da Educação (CSBHE). Goiânia, 2006.

MARTINEZ, Alessandra. Educar e instruir: a instrução popular na Corte imperial. Dissertação de Mestrado em História, Niterói: EdUFF, 1997.

PARK, Margareth Brandini. Histórias de almanaques no Brasil. Campinas, SP: Mercado de letras: Associação de Leitura do Brasil; São Paulo: Fapesp, 1999.

SCHUELER, A. M. Forma e culturas escolares na cidade do Rio de Janeiro: representação, experiência docente nas escolas públicas primárias (1870/1890). Rio de Janeiro, Tese de Doutorado: EdUFF, 2002.

Downloads

Publicado

2008-06-15

Como Citar

DE MORAIS LIMEIRA, A. . (2008). O COMÉRCIO DA INSTRUÇÃO: Práticas Educativas e publicidade no século XIX. Linguagens, Educação E Sociedade, (18), 84–102. Recuperado de https://periodicos.ufpi.br/index.php/lingedusoc/article/view/1532

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 70 71 72 73 74 75 76 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.