A FORMAÇÃO DO ALUNO LEITOR NO PROEJA: INTERFACES COM A FORMAÇÃO, EXPERIÊNCIA E PRÁTICA DOCENTE

Autores

  • SORAYA ROCHA MELO Universidade Estadual do Sul da Bahia
  • DENISE BRITO BARRETO Universidade de Coimbra 
  • DANIELE FARIAS FREIRE Universidad Federal de Bahía

DOI:

https://doi.org/10.26694/les.v0i41.7728

Palavras-chave:

Formação de professores, Formação do leitor, Prática pedagógica

Resumo

Este artigo busca discutir os desafios à formação do aluno leitor no Programa de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), considerando as interfaces entre a formação docente, a experiência do professor nessa modalidade de ensino e as suas práticas pedagógicas. Para tanto, realizamos uma pesquisa ex-post-facto, por ser considerada a mais apropriada na procura da compreensão de ações ocorridas em determinado tempo e espaço e onde somente compete a sua descrição. Utilizamos Freire (2005), Nóvoa (2016), Kleiman (2011) e Therrien (2002), entre outros, como embasamento teórico. Considerando a coexistência de diálogos e a trama social constituída de forma espontânea, utilizamos a entrevista e o questionário, cujas interpretações estiveram pautadas na Análise de Conteúdo (AC) apoiando-se em Bardin (2009). Assim, investigamos as práticas docentes ocorridas no PROEJA de um Curso Técnico em Comércio, no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), de uma cidade do interior deste estado, contando com a participação de seis professores, seguindo os seguintes critérios: ter trabalhado na turma do PROEJA e ter conhecimento das propostas para trabalho com esta modalidade de ensino. Deste trabalho, emergiram como categorias de análise: (1) a experiência e a formação para a docência na EJA; (2) a contribuição do curso de formação para a construção do professor leitor e (3) a Prática Pedagógica para leitura no PROEJA. Esta pesquisa sugere um olhar diferenciado para os anseios, as necessidades, os interesses, as motivações, as condições de vida e outras particularidades dos discentes jovens e adultos que buscam formação em um curso técnico do PROEJA.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

SORAYA ROCHA MELO, Universidade Estadual do Sul da Bahia

Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Norte de Minas Gerais - UNIMONTES - Mestre em Educação - Universidade Estadual do Sul da Bahia - UESB.

DENISE BRITO BARRETO, Universidade de Coimbra 

Mestre em educação - FACED/UFBA Doutora em Educação - FACED/UFBA Pós-doutorado em Educação - FPCE/ Universidade de Coimbra.

DANIELE FARIAS FREIRE, Universidad Federal de Bahía

Licenciada em Pedagogia, com especialização em Metodologia do Ensino Superior; Mestre em educação na linha de políticas e gestão da educação pela FACED/UFBA Doutora em educação na linha de currículo e (in)formação pela FACED/UFBA Coordena o Grupo de Estudos em Formação, Diferença e Subjetividades CNPq/UESB. 

Referências

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil. São Paulo, Scipione, 1989

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009. Disponível em: http://pt.slideshare.net/alasiasantos/analise-de-conteudo-laurence-bardin. Acesso em 11.Jan.2016.

BRASIL. Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997. Regulamenta o parágrafo 2º do art. 36 e os artigos 39 e 42 da Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 18 abril 1997.

________. Resolução CNE/CEB nº1/2000. Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília: MEC, 2000.

________. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO E DIVERSIDADE (SECAD). Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos: alunos e alunas do EJA. Brasília, DF: SECAD, (2006a) e (2006b).

BUENO, Belmira Oliveira. Viver a Profissão Pensar a Formação: Contribuições dos Estudos com Histórias de Vida de Professores. In: PIOTTO, Débora Cristina. (Org). Anais da 3ª semana da educação: A Profissão Docente em Debate. Ribeirão Preto/ SP:Legis Summa. 2006. p. 96.

CARRANO, Paulo. Identidades culturais juvenis e escolas: arenas de conflitos e possibilidades. In: CANDAU, Vera M.; MOREIRA, Antonio F. (orgs). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. p.182-211.

CRUZ, R. M. R. Limites e possibilidades das tecnologias digitais na educação de jovens e adultos. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, out. 1994, Caxambu. Trabalhos apresentados... Caxambu: ANPED, 1994. Disponível em: http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT18-5049--Int.pdf. Acesso em: 12 maio 2016.

CUNHA, Luiz Antônio. O Ensino Profissional na Irradiação do Industrialismo. São Paulo: UNESP; Brasília, DF: Flacso, 2000.

DECLARAÇÃO DE JOMTIEN apud PROPOSTA CURRICULAR, 2002.

DUCROT, O. O dizer e o dito. Campinas, SP: Pontes Editores, 1987.

FERRÃO, Luís Barata. Formação Pedagógica de Formadores. 4 Ed. Lisboa: Porto Editora, 2004.

FERRAREZI, J. C. Introdução à Semântica de Contextos e Cenários: de la langue à la vie. Campinas: Mercado de Letras, 2010.

FOUCAMBERT, Jean. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 157p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 31. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

GÜNTHER, Hartmut. Como elaborar um questionário. Série: Planejamento de Pesquisa nas Ciências Sociais. N. 1. Brasília: Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2003.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor – aspectos cognitivos da leitura. Campinas, São Paulo: Pontes, 9ª ed. , 2011.

MARDEGAN, Flávia. Aprendizagem informal: como os indivíduos aprendem em seus locais de trabalho? Postado em 2013. Disponível em: http://www.abd.org.br/abd/f01/docs/artigos/2013/260313/aprendizagem-informal.pdf> Acesso em: 2 maio 2017.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ.: Vozes, 2000.

MOURA. T. de M. A prática pedagógica dos alfabetizadores de jovens e adultos: Contribuições de Freire, Ferreiro e Vygotsky. Maceió: EDUFAL, 1999.

MOURA. T. de M. A Formação de Professores para a Educação de Jovens e Adultos/ Dilemas Atuais. Belo Horizonte: Autêntica. 2007.

NÓVOA, Antonio. Professor se Forma na Escola. Postado em 2001. <http://novaescola.abril.uol.com.br/ed/142-mai01/fala mestre.htm>. Disponível em 13 maio 2016.

RODRIGUES, Neidson. A Escola necessária para os tempos modernos. S.d. Disponível em: http://docs.google.com/viewer. Acesso em: 20 dez. 2016.

SANTOS, Arlete Ramos; VIANA, Dimir. Educação de Jovens e Adultos: Uma Análise das Políticas Públicas (1998 a 2008). In: SOARES, Leôncio. (org). Educação de Jovens e Adultos/ O que revelam as pesquisas. Belo Horizonte: Autêntica. 2011, p.275 ( coleção estudos em EJA).

SILVA, Maurício da. Repensando a Leitura na Escola – Um Outro Mosaico. Niterói, RJ: EDUFF/Diadorim, 1995.

SILVA, L. R. S.; REIS, M. B. F. Educação Inclusiva: O Desafio da Formação de Professores. Revista de Educação, Linguagem e Literatura da UEG-Inhumas, v. 3, n.1, mar. 2011.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

THERRIEN, Jacques. O Saber do Trabalho docente e a Formação do Professor. In: NETO, Alexandre Shigunov (Org). Reflexões sobre a formação de professores. Campinas, SP:Papirus, 2002. p.192.

VEIGA,I. P. A. e SILVA, E. F. da.(org.) A Escola Mudou.Que Mude a Formação de Professores. Campinas, SP: Papirus, 2010.

Downloads

Publicado

2019-04-30

Como Citar

ROCHA MELO, S. ., BRITO BARRETO, D. ., & FARIAS FREIRE, D. . (2019). A FORMAÇÃO DO ALUNO LEITOR NO PROEJA: INTERFACES COM A FORMAÇÃO, EXPERIÊNCIA E PRÁTICA DOCENTE. Linguagens, Educação E Sociedade, (41), 364–385. https://doi.org/10.26694/les.v0i41.7728

Edição

Seção

Artigos