A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/les.v0i41.8741

Palavras-chave:

currículo, diferença, democracia, gênero

Resumo

A legitimação, principalmente a partir de processos eleitorais, de discursos antidemocráticos, explicitamente discriminatórios, excludentes e autoritários tem nos levado a um período pósdemocrático ou ainda de de(s)mocratização, o que afeta também o campo educacional. Neste texto, analisamos políticas públicas educacionais brasileiras dos últimos anos – entendidas aqui também como políticas de subjetivação ou como prática de governamentalização – que reiteraram uma tradição educacional baseada nos Direitos Humanos, estando assim na defesa e construção da democracia. Argumentamos que tais políticas têm se constituído como alvos principais de uma racionalidade neoliberal antidemocrática, expressa numa rede de articulação de demandas do capital de atores religiosos conservadores, assim como de grupos militares. Dessa forma, além de significarmos as recentes ações conservadoras como uma reação à implementação de políticas redistributivas e de reconhecimento da alteridade, buscamos entender o projeto que tentam hegemonizar. Assumimos que o caráter incontrolável do processo de significação ou do processo ensino-aprendizagem, incorporado de certa forma por aquelas políticas públicas para diferença, tornam-se aqui um obstáculo inquebrantável para a nova agenda, atuando politicamente como uma resistência política e ontológica.

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Biografia do Autor

THALLES DO AMARAL DE SOUZA CRUZ, Faculdade de Educação da UFRJ

Mestrado e Doutorado em Educação pela UERJ. Atualmente é professor substituto de Didática na Faculdade de Educação da UFRJ, pesquisador do Grupo de Estudos sobre Gênero, Sexualidade e Interseccionalidades na Educação e na Saúde (GENI) e do Grupo de Estudos e Pesquisas Currículo, Subjetividade e Diferença, ambos no ProPEd/UERJ. 

ELIZABETH MACEDO, University of British Columbia

Mestrado e Doutorado em Educação respectivamente pela UFRJ e UNICAMP. Pós-doutorado pela University of British Columbia. Professora titular da UERJ. Coordena o Grupo de Pesquisa Currículo, Cultura e Diferença do CNPq. Suas pesquisas em andamento têm se concentrado em mapear as redes de demandas (ou de poder) em ação durante a elaboração de currículos nacionais, bem como como durante os processos de implementação nos estados.

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Publicado

2019-04-30

Como Citar

DE SOUZA CRUZ, T. D. A. ., & MACEDO, E. . (2019). A DIFERENÇA RESISTE À DE(S)MOCRATIZAÇÃO. Linguagens, Educação E Sociedade, (41), 13–39. https://doi.org/10.26694/les.v0i41.8741

Edição

Seção

Dossiê Temático

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