AS TECNOLOGIAS DE INDIVIDUAÇÃO E O DISCURSO BIOPEDAGÓGICO SOBRE A EDUCAÇÃO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/rles.v28i56.3386

Palavras-chave:

tecnologias de individuação, discurso biopedagógico, produção de subjetividades, discurso, pedagogia

Resumo

As tecnologias de individuação ou os modos de formação da natureza do indivíduo, segundo Gilbert Simondon têm uma condição quase imperceptível ao passo em que o seu resultado é objetivamente concreto. Na educação, é como se elas operassem sutilmente, de modo que sobre a teoria e a prática educativas fosse possível a instalação de uma produção de subjetividade específica pela qual o fluxo social deve necessariamente passar. Acredita-se que essa produção se deu e ainda se dá influenciada pelo domínio do discurso biopedagógico, que esteve no cerne da problemática pedagógica do século XX. Para analisar o problema em questão, este texto recorreu a um estudo bibliográfico e chegou à consideração de que essas tecnologias se encontram disseminadas no campo social e ainda configuram práticas pedagógicas, mesmo que tensionadas pelos paradigmas contemporâneos que colocam em jogo tais formas de produção da individuação e da subjetividade.

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Biografia do Autor

Bruno Gonçalves Borges, Universidade Federal de Catalão

Doutor em Educação (UFU) e Doutor em Filosofia (Unicamp). Professor da Universidade Federal de Catalão, Catalão, Goiás, Brasil.  E-mail: bruno_borges@ufcat.edu.br

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Publicado

2024-01-17

Como Citar

Gonçalves Borges, B. (2024). AS TECNOLOGIAS DE INDIVIDUAÇÃO E O DISCURSO BIOPEDAGÓGICO SOBRE A EDUCAÇÃO . Linguagens, Educação E Sociedade, 28(56), 1–21. https://doi.org/10.26694/rles.v28i56.3386