EDITORIAL

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DOI:

https://doi.org/10.26694/caedu.v7i2.7458

Palavras-chave:

Editorial

Resumo

O volume 7, número 2, da Revista Caminhos da Educação: diálogos, culturas e diversidades apresenta um conjunto de artigos  de fluxo contínuo de temáticas variadas, tais como interculturalidade, educação especial, formação de professores, tecnologias, dentre outros.

O artigo “Educação intercultural e descolonização dos currículos: experiência docente e o ensino das diversidades”, de Juliana Cordeiro Soares Branco e Fernanda Aparecida de Souza, propõe uma reflexão sobre a prática docente como espaço de resistência e construção de currículos decoloniais, nos quais o reconhecimento das diversidades culturais se torna elemento central para a transformação da escola e das relações pedagógicas.

Na sequência, Vanessa Santos Almeida e Ida Carneiro Martins, em “Explorando a subjetividade na educação especial: uma revisão sistemática da literatura e suas implicações pedagógicas” discutem o papel da subjetividade no processo de ensino-aprendizagem de estudantes da educação especial, apontando para a importância de práticas pedagógicas humanizadas e sensíveis às singularidades.

O texto “Experiências do PIBID no processo de formação do professor: o caso do Sertão de Alagoas”, de Wagner Valdir dos Santos, Adelaine Firmino da Silva e Vinicius Valdir dos Santos, traz à tona a potência formativa das ações do PIBID, enfatizando o vínculo entre teoria, prática e identidade docente em contextos marcados por desafios socioeducativos.

Na interface entre tecnologias e práticas pedagógicas, Marcelo da Silva Nunes, Luciana Batista de Freitas, Pedro Fernando Teixeira Dorneles e Crisna Daniela Krause Bierhalz analisam, em “O uso do portfólio reflexivo online – PRO: uma revisão de literatura”, as contribuições do portfólio digital para o desenvolvimento da reflexão crítica e da autonomia docente.

Em “Didáticas da leitura: uma experiência na formação de professores leitores no curso de Pedagogia da UNIFESSPA”, Tiese Rodrigues Teixeira Júnior destaca o papel das práticas de leitura na formação de professores, ressaltando o potencial da leitura literária como instrumento de emancipação e sensibilidade pedagógica.

Luiz Paulo Ribeiro, no artigo “Saúde mental escolar como política pública: avanços e desafios da Política Nacional de Atenção Psicossocial a Comunidades Escolares” analisa o avanço das políticas de atenção psicossocial e seus desdobramentos nas práticas escolares, convidando à reflexão sobre a corresponsabilidade entre educação e saúde.

A reflexão sobre políticas de formação docente reaparece em “O que mudou? Comparando multiculturalmente as DCN’s para formação de professores para a educação básica promulgadas em 2002, 2015 e 2019”, de Késia Cosendey Sindra Mescolin dos Santos e Renan Santiago de Sousa, que apresentam um estudo comparativo sobre as transformações curriculares e seus impactos na formação de professores no Brasil. No campo da educação de surdos, Natália de Almeida Simeão Vilanova, em “E ninguém vai tirar a Libras de mim: uma análise de poema de autoria surda”, revela a potência da arte e da literatura surda como espaços de resistência e afirmação identitária.

As reflexões sobre educação infantil e formação docente ganham relevo no artigo “Reformas curriculares no Brasil e os desafios para a formação de professores da educação infantil”, de Aline Pires Costa, Paulo Fioravante Giareta e Maria Fernanda Paci Hirata Shimada, que examinam as mudanças recentes nas políticas educacionais e suas implicações para a equidade na primeira infância.

Em “Análise da perspectiva de inclusão social dos projetos de extensão universitária e iniciação científica para alunos do ensino médio do Estado do Rio de Janeiro”, Eliana Amil e Leonardo Salvalaio Muline discutem o papel da universidade pública na democratização do acesso ao conhecimento e na promoção da inclusão social.

A articulação entre cultura e formação é retomada por Renan Moretti Bertho, João Batista Rodrigues Cruz Compagnon e Igor de Sousa Soares, no artigo “Etnografia da música e decolonialidade: relatos de um curso de extensão na Universidade Federal do Piauí, Campus Teresina”, que explora experiências pedagógicas baseadas em práticas musicais e saberes decoloniais.

No artigo “A invisibilidade LGBTQIAPN+ no currículo da Geografia escolar: um estudo da arte em revistas científicas”, Leandro dos Santos Oliveira e Marcos Gomes de Sousa analisam o apagamento de identidades de gênero e sexualidade nos currículos escolares, propondo caminhos para uma educação geográfica mais plural e inclusiva.

A temática da equidade educacional em territórios periféricos é discutida em “Educação insular no Brasil: invisibilidade, legislação e desafios para a equidade educacional”, de Jackson Morais Barcelos e Vanessa da Veiga, que analisam as dificuldades enfrentadas pelas escolas em regiões insulares e as lacunas nas políticas públicas voltadas a esses contextos.

Encerrando a edição, Marcelo Barboza Duarte, em “Relatos de experiência de um aluno, atualmente um professor: a quem diga que a educação escolar não sirva para nada, e não transforme ou mude as pessoas. Eu discordo. Biscoitos, aprendizado e empatia escolar me salvaram”, oferece um testemunho sensível sobre a força transformadora da escola e o papel das experiências afetivas na trajetória docente.

Na mesma linha de análise crítica das políticas educacionais, Salatiel da Rocha Gomes e Rosimar Serena Siqueira Esquinsani, em “A rede pública estadual de educação profissional e tecnológica do Brasil: entre potencialidades, invisibilidades e desafios históricos”, discutem as contradições estruturais e as possibilidades de fortalecimento dessa modalidade de ensino, destacando sua relevância estratégica para o desenvolvimento social e econômico do país.

Reunindo pesquisas, experiências e reflexões de diferentes regiões do Brasil, esta edição reafirma a importância da Revista Caminhos da Educação como espaço de circulação de saberes, comprometidos com a justiça social, a diversidade e o diálogo intercultural.

 

Boa leitura!

 

 

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Biografia do Autor

Alexandra Lima da Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Sou "cria" da escola pública (com orgulho). Doutora em Educação (Universidade do Estado do Rio de Janeiro/ProPed, 2012), mestra em História Social (Universidade Federal Fluminense/2008). Possuo bacharelado e licenciatura em História (UFF/ 2006). Realizei estágio de pesquisa de doutorado sanduíche na Universidad de Alcalá (Espanha, 2011),com bolsa CAPES. Fui bolsista doutorado nota 10 da FAPERJ (2011-2012). Atuei como professora adjunta no Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso (2013-2015), professora permanente no PPGHIS/UFMT(2014-2016) e professora permanente no ProfHist/UFMT (2015-2018). Fui professora visitante na University of Illinois Urbana-Champaign (Estados Unidos), com bolsa CAPES (PVE Júnior Edital n. 45/2017), no período de janeiro a dezembro de 2019. Realizei pós-doutorado na Universidade Federal Fluminense com bolsa do CNPQ (2021-22). Realizei missões e estágios de pesquisa no exterior: na Universidad Autónoma de San Luis Potosí/México (CAPES PrInt/2022 e 2024) e na Tuskegee University/ Estados Unidos (agosto a dezembro de 2023). Atualmente sou professora associada na Faculdade de Educação da UERJ, professora permanente no ProPed/UERJ e professora credenciada no ProfHist/UERJ. Fui subchefe (2020-2021) e chefe do departamento de Ciências Sociais e Educação (DCSE/EDU/UERJ/2021-2023). Sou conselheira universitária eleita desde 2021 (Representante docente pelo CEH, no biênio 2021-2023 e representante docente pela Faculdade de Educação, no biênio 2023-2025). Orientei dissertações de mestrado e teses de doutorado em programas de pós-graduação nas áreas de História e Educação. Sou Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ desde 2015 (com renovação em 2018 e 2023); Procientista da UERJ desde 2017 e Bolsista de Produtividade do CNPq desde novembro de 2022 (área de História). Coordenei projetos de pesquisa contemplados em editais da FAPEMAT, FAPERJ, CNPq e CAPES. Tenho produzido livros e artigos nas áreas de História e Educação, com especial atenção aos campos História da Educação e do Ensino de História. Sou escritora de literatura infantojuvenil, tendo inúmeros livros publicados no gênero. Tenho produzido livros com acesso aberto, para a divulgação científica, os quais estão disponíveis no site: https://sementesdebano.com.br/. Compreendo educação como direito humano e um dever do Estado. Desde 2016, sou líder do grupo de pesquisa: Eleko: gênero, classe e raça em ensino de História e Educação. Defendo a democratização do conhecimento histórico e o direito à memória de grupos historicamente silenciados, para que "nunca esqueçamos todos aqueles que sofreram e morreram porque afirmaram o seu direito humano básico de serem livres". 

Ednardo Monteiro Gonzaga do Monti, Universidade Federal do Piauí - UFPI

Bolsista de Produtividade em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Doutor em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - ProPEd/Uerj, com período de estágio no exterior financiado pela Capes, realizado no programa Memoria y Crítica de la Educación da Universidad Alcalá (Madri - Espanha), mestre em Educação pela Universidade Católica de Petrópolis. Fez os cursos de especialização em Educação Musical, graduação em Educação Artística e Música no Conservatório Brasileiro de Música, licenciatura em Pedagogia na Universidade Nove de Julho e em História pelo Claretiano Centro Universitário. Atuou como regente coral do sistema Petrobras (2008-2014), também trabalhou como Coordenador Geral Acadêmico e professor dos cursos de graduação e pós-graduação do Conservatório Brasileiro de Música. Entre os anos 2018 e 2020, foi subcoordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Piauí e Coordenador do curso de graduação em Música. Desde 2011, é avaliador de cursos de graduação do Ministério da Educação/Inep. Atualmente é Líder do Núcleo de Pesquisa Educação, História e Ensino de Música - NEHEMus e Líder-adjunto do Núcleo de Pesquisa Educação, História e Memória - Nehme. Coordena o projeto de pesquisa FORMAÇÃO DE PROFESSORES BRASILEIROS NO DOUTORADO EM MÚSICA DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO, financiado pelo CNPQ por meio chamada Universal 2023. Desenvolve o projeto de pesquisa História da Educação Musical: sujeitos, instituições, impressos e práticas educativas, assim como, o História da Educação Musical: viagens e circulação de saberes. Desde 2013, pesquisa sobre a impressa educativa musical ibero-americana em parceria com a Universidad de Alcalá (Madrid - Espanha) por meio do grupo Historia Social de la Cultura Escrita. Em 2020, iniciou a parceria com grupo de pesquisa Historia, Memoria y Patrimonio de la Educaciónda, no projeto Plan Andaluz de Investigación, com a Universid de Sevilha. É editor da Revista Caminhos da Educação: diálogos, culturas e diversidades, como também, da Revista Form@re; membro da equipe editorial da Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica e da Revista Epistemologia e Práxis Educativa. No INEP é Membro da Comissão de Assessora de Estudos para Revisão do Instrumento de Avaliação dos cursos de Ensino Superior. É consultor ad-hoc de periódicos especializados, de editoras universitárias e de agências de fomento. Desde 2015, compõe a coordenação do Grupo de trabalho GT - História da Educação Musical da ABEM da Associação Brasileira de Educação Musical. Está associado à SBHE - Sociedade Brasileira de História da Educação, à BIOgraph - Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica e à ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação . Foi representante da FLADEM - Fórum Latinoamericano de Educação Musical no Estado do Piauí. Publicou em esfera internacional artigos em periódicos, capítulos de livro e comunicações em eventos acadêmicos no Brasil, Estados Unidos, Espanha, Portugal, México, Argentina e Colômbia com temáticas relacionadas com História da Educação, Música, Artes Visuais, Artes Cênicas e Cinema.

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Editorial

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Publicado

2025-08-30

Como Citar

SILVA, Alexandra Lima da; MONTI, Ednardo Monteiro Gonzaga do. EDITORIAL. Caminhos da Educação: diálogos culturas e diversidades, [S. l.], v. 7, n. 2, p. e01–03, 2025. DOI: 10.26694/caedu.v7i2.7458. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/cedsd/article/view/7458. Acesso em: 5 dez. 2025.

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EDITORIAL