Cannabis não é maconha? Apontamentos exploratórios de uma controvérsia enraizada

Auteurs

  • Jennyffer Carvalho Puca Rodrigues
  • Victor Luiz Alves Mourão
  • Ana Paula Lopes da Silva Rodrigues
  • Thamara Rosa Pedro

DOI :

https://doi.org/10.26694/rer.v6i2.5753

Mots-clés :

Controvérsia, Cannabis, Maconha, Artigo de opinião

Résumé

São inúmeras as controvérsias que cercam a maconha/cannabis. Em junho de 2021, o artigo “Cannabis não é maconha” de Patrícia Marino, publicado no portal Sechat, intensificou o debate em relação às denominações da planta. O objetivo dessa pesquisa foi analisar a controvérsia que passa por esse debate e sua repercussão. Os procedimentos metodológicos utilizados foram revisão de literatura, análise de conteúdo dos artigos de opinião e pesquisa qualitativa documental. A partir dos artigos de opinião em sites especializados em maconha/cannabis foi possível contextualizar a controvérsia, identificar e analisar os artigos de opinião, caracterizar quem são os autores e seus posicionamentos. Foram encontrados cinco artigos de opinião que fazem parte desta controvérsia. Em relação aos resultados, estes se apresentam em duas etapas. A primeira identificou as diferenças entres os portais sobre maconha/cannabis, e a segunda etapa apontou as distinções entre os autores. 

Références

BARRETO, Aldo de Albuquerque. A estrutura do texto e a transferência da informação. Datagrama zero, Rio de Janeiro, v. 6, n. 3, p. 01–14, 2005.

BRANDÃO, Marcílio. Dantas. O ‘problema público' da maconha no Brasil: Anotações sobre quatro ciclos de atores, interesses e controvérsias. Dilemas - Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 7, n. 4, p. 703–740, 2014. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/dilemas/article/view/7258/5838. Acesso em: 1 abr. 2023.

CAETANO, Hellen Monique dos Santos. Com mais técnica, com mais ciência: controvérsias em torno dos procedimentos regulatórios e científicos com cannabis no Brasil. 2021. 163 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Instituto de Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2021.

CAETANO, Hellen Monique dos Santos. Seguindo controvérsias em procedimentos regulatórios: o caso da cannabis no Brasil (2014-2019). Antropolítica-Revista Contemporânea de Antropologia, v. 55, n. 1, e56112, 2023.

CARNEIRO, Henrique. Drogas: a história do proibicionismo. São Paulo: Autonomia Literária, 2018.

CASTRO, Joana Alcantara; CASTRO, Emerson. A proporção de textos opinativos e informativos no Caderno G da Gazeta do Povo. In: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, Caxias do Sul, p. 1–15, 2010.

DEL SESTO, Steven L. Tecnologia e Mudança Social. Previsão Tecnológica e Mudança Social, v. 24, 183-196, 1983.

FIORE, Maurício. O lugar do Estado na questão das drogas: o paradigma proibicionista e as alternativas. Novos estudos CEBRAP, v. 92, p. 9-21, 2012.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4a ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GRILLO, Carolina Christoph; POLICARPO, Frederico; VERÍSSIMO, Marcos. A “dura” e o “desenrolo”: Efeitos práticos da nova lei de drogas. Revista de Sociologia e Política, v. 19, n. 40, p. 135–148, 2011.

GOMES, Rodrigo Sepini; FERRO, Jeferson. A maconha no discurso midiático: uma análise de discurso em notícias do G1 e do jornal Estado de Minas. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Jornalismo) – Centro Universitário Internacional, Uninter, 2021.

HONÓRIO, Káthia Maria; ARROIO, Agnaldo; SILVA, Albérico Borges Ferreira da. Aspectos terapêuticos de compostos da planta Cannabis sativa. Química nova, v. 29, n. 2, p. 318-325, 2006.

JUNGES, Alexandre Luis. Desacordo racional e controvérsia científica. Scientiæ studia, v. 11, p. 613-635, 2013.

LEITE, Marcelo; TÓFOLI, Luís Fernando. Maioria diz ser contra uso recreativo de maconha, mas a favor do medicinal, segundo Datafolha: somam 72% as opiniões contrárias à legalização geral; emprego medicinal conta com 76% de apoio. Folha de São Paulo: DATAFOLHA. São Paulo e Campinas, p. 1-2. 23 set. 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/09/datafolha-aponta-ampla-maioria-contra-uso-recreativo-de-maconha.shtml. Acesso em: 23 set. 2023.

KRIPTA, Rosana Maria Luvezute; SCHELLER, Morgana; BONOTTO, Danusa de Lara. Pesquisa documental na pesquisa qualitativa: conceitos e caracterização. Revista de Investigaciones UNAD, Bogotá. v. 14, n. 2, 2015.

BELTRÃO, Luiz. Jornalismo opinativo. Porto Alegre: Editora Sulina, 1980.

MAIA, Gustavo. A maconha no Brasil através da imprensa (1808–1932). 2022. Dissertação (Mestrado no Programa de História Social) — Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2022.

MELLO, José Marques de. Jornalismo Opinativo: gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. Campos do Jordão: Mantiqueira, 2003.

MCPARTLAND, John M.; GUY, Geoffrey W. Models of Cannabis taxonomy, cultural bias, and conflicts between scientific and vernacular names. The botanical review, v. 83, p. 327-381, 2017.

MOURÃO, Victor Luiz Alves. Mapeamento Preliminar de Controvérsias Científicas do Uso Medicinal de Cannabis no Brasil. Anais do 20° Congresso Brasileiro de Sociologia,Belém, 2021.

POLICARPO, Frederico. Compaixão canábica: as dimensões simbólicas e políticas no manejo da dor e do sofrimento no Brasil. Revista Ingesta, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 41-52, 2019.: https://doi.org/10.11606/issn.2596-3147.v1i1p41-52

REZENDE, Daniela Leandro; FRAGA, Paulo; SOL, Aruna. Audiências públicas sobre maconha/cannabis na Câmara dos Deputados brasileira, 1997-2020. Opinião Pública, v. 28, p. 425-461, 2022.

RODRIGUES, Ana Paula Lopes da Silva. Sobre conhecimentos e ativismos: associações canábicas nas redes sociais digitais. 2022. 231 f. Tese (Doutorado em Extensão Rural) — Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2022.

RODRIGUES, Ana Paula Lopes da Silva; LOPES, Ivonete. da Silva; MOURÃO, Victor Luiz Alves. “Ninguém fala em legalização das drogas”: ressignificação da maconha nos programas matinais da Globo e da Record. Investigação, Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , v. 10, n. 2, p. e16910212344, 2021. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12344

SAAD, Luísa. “Fumo de negro”: a criminalização da maconha no pós-abolição. Salvador: Edufba, 2019.

SANTANA, Sabrina Araujo de. A questão da maconha no Brasil: do proibicionismo ao uso medicinal. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado e Licenciatura em História) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.

UCHOA, Bruna Damasceno Mota. Proibicionismo e antiproibicionismo: estudo de caso da política de drogas no Brasil (1998-2006). 2021. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) — Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021.

VIEIRA, Josenia Antunes; ROCHA, João Victor. Um estudo de análise de discurso crítica: diferenciação racial de traficantes de drogas na mídia. Discursos Contemporâneos em Estudo, v. 3, n. 1, p. 47-62, 2018.

ZANATTO, Rafael Morato. Os álcoois no cinema (1904-1933): afirmação e sátira do discurso proibicionista. Revista Ingesta, v. 1, n. 2, p. 6-25, 2019.

ZENHA, Luciana. Redes sociais online: o que são as redes sociais e como se organizam?. Caderno de Educação, n. 49, p. 19-42, 2018.

Téléchargements

Publiée

2023-12-01

Comment citer

RODRIGUES, Jennyffer Carvalho Puca; MOURÃO, Victor Luiz Alves; RODRIGUES, Ana Paula Lopes da Silva; PEDRO, Thamara Rosa. Cannabis não é maconha? Apontamentos exploratórios de uma controvérsia enraizada. Revista EntreRios do Programa de Pós-Graduação em Antropologia, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 38–63, 2023. DOI: 10.26694/rer.v6i2.5753. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/5753. Acesso em: 3 juill. 2024.

Articles similaires

1 2 3 4 5 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée de similarité pour cet article.