NIETZSCHE, A CONTESTAÇÃO DO REALISMO PLATÔNICO DA LINGUAGEM E A CONSTATAÇÃO DA COMUNICABILIDADE USUAL COMO SINAL DA GREGARIEDADE DISCURSIVA
DOI :
https://doi.org/10.26694/pensando.v8i15.5346Mots-clés :
Linguagem, Verdade, Comunicação, Expressão, SemânticaRésumé
O artigo aborda as críticas de Nietzsche ao realismo platônico da linguagem, cuja concepção pressupõe a existência de um substrato metafísico que concede significado verdadeiro para as palavras. A crítica nietzschiana aos paradigmas da linguagem usual também exige uma denúncia da sua impossibilidade em representar convenientemente a pluralidade de vivências, evidenciando o seu caráter excludente e negador das diferenças. Como saída para tal problema epistemológico e comunicacional, Nietzsche restaura o valor enunciativo do discurso artístico, cujo caráter metafórico supera as limitações semânticas da linguagem prosaica.
Références
AZEREDO, V. D. Nietzsche e a aurora de uma nova ética. São Paulo: Humanitas/FAPESP, 2008.
BELO, F. Leituras de Aristóteles e de Nietzsche. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994.
BLONDEL, E. “As Aspas de Nietzsche: Filologia e Genealogia” In: MARTON, Scarlett (org.) Nietzsche Hoje? Trad. de Milton Nascimento. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 110-139.
FINK, E. “Nova experiência de mundo em Nietzsche”. In: MARTON, Scarlett (org.) Nietzsche Hoje? Trad. de Sonia Salzstein Goldberg. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 168-192.
GIACÓIA JÚNIOR, O. Nietzsche como psicólogo. São Leopoldo: Editora da Unisinos, 2001.
KLOSSOWSKI, P. Nietzsche e o círculo vicioso. Trad. Hortênsia S. Lencastre. Rio de Janeiro: Pazulin, 2000.
KOSSOVITCH, L. Signos e poderes em Nietzsche. São Paulo: Azougue Editorial, 2004.
MARTON, S. “Novas liras para novas canções: reflexões sobre a linguagem em Nietzsche”. Ide, v.30(44), 2007, p. 32-39.
MOSÉ, V. Nietzsche e a grande política da linguagem. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
MÜLLER-LAUTER, W. Nietzsche: sua filosofia dos antagonismos e os antagonismos de sua filosofia. Trad. de Clademir Araldi. São Paulo: Ed. UNIFESP, 2009.
NIETZSCHE, F. Assim falava Zaratustra – um livro para todos e para ninguém. Trad. de Paulo Osório de Castro. Lisboa: Relógio d’Água, 1998.
___________. Cinco Prefácios para cinco livros não escritos. Trad. de Pedro Süssekind. Rio de Janeiro: 7Letras, 1996.
___________. Crepúsculo dos Ídolos ou como se filosofa com o martelo. Trad. de Paulo César de Souza. Companhia das Letras: São Paulo: 2006.
___________. A Gaia Ciência. Trad. de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
___________. Genealogia da Moral - Uma polêmica. Trad. de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
___________. Humano, demasiado humano II – “Opiniões e sentenças diversas” e “O Andarilho e sua sombra”. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
___________. O nascimento da Tragédia ou helenismo e pessimismo. Trad. de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
___________. Da Retórica. Trad. de Tito Cunha. Lisboa: Vega, 1999.
___________. Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral, Trad. de Fernando de Moraes Barros. São Paulo: Hedra, 2007.
PLATÃO. Crátilo. Trad. de Maria José Figueiredo. Lisboa: Instituto Piaget, 2001.
ROCHA, S. P. V. Os abismos da suspeita – Nietzsche e o perspectivismo. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.
SANTIAGO-GUERVÓS, L. E. Arte y Poder: aproximación a la estética de Nietzsche. Madrid: Trotta, 2004.
SUAREZ, R. Nietzsche e a linguagem. Rio de Janeiro: 7Letras, 2011.
WOTLING, P. Nietzsche e o problema da civilização. Trad. de Vinicius de Andrade. São Paulo: Barcarolla, 2013.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Consulter: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/