A HERMENÊUTICA DO SI: A compreensão do si como sujeito capaz em suas determinações ética e política
DOI:
https://doi.org/10.26694/pensando.v3i6.959Palavras-chave:
Semântica, Hermenêutica do si, Pragmática, Ética, Moral, PolíticaResumo
O si como reflexivo designa todos os pronomes pessoais e impessoais pelo seu caráter de omnipessoal, já evidenciado pela gramática das línguas naturais o que viabiliza uma proposta de Hermenêutica do Si, apresentada por Ricoeur em Soi-meme comme un autre, e articulada com princípios da Filosofia da Linguagem em seu aspecto semântico para a designação de uma coisa pela sua referência; e pragmático no que diz respeito às condições da interlocução que implicam a expressão: “falar é dirigir a”, evidenciado a transitoriedade na relação do sujeito com o seu outro que se revela na intenção ética, na norma moral e na sabedoria prática.
Referências
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução Leonel Vallandro; Gerd Bornheim. In: Os Pensadores. São Paulo: Editora Victor Civita, 1973.
ARISTÓTELES. Poética. Tradução Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural. 1987.
CASTRO, Maria Gabriela Azevedo. Imaginação em Paul Ricoeur. Lisboa: Instituto Piaget, 2002.
CESAR, Constança Marcondes (org.). Hermenêutica francesa: Paul Ricoeur. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.
_______. Paul Ricoeur: ensaios. São Paulo: Paulus, 1998.
DESROCHES, Daniel. Ricoeur, crítico do cogito. In: CESAR, Constança Marcondes (org.). Hermenêutica francesa: Paul Ricoeur. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.
DESCARTES, René. Meditações. In: Os pensadores. São Paulo: Ed. Nova Cultura, 1996.
DILTHEY, Wilhelm. Sistema da ética. Tradução Edson Bini. São Paulo: Ícone, 1994.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Sete aulas sobre linguagem, memória e história. Rio de Janeiro: Imago, 2005.
_______. Uma filosofia do Cogito Ferido: Paul Ricoeur. Estudos avançados II (30), 1997.
HAHN, Lewis Edwin (org.). A filosofia de Paul Ricoeur. Lisboa: Instituto Piaget, 1977.
HENRIQUES, Fernanda (org.). A filosofia de Paul Ricoeur. Coimbra: Ariadne, 2006.
KANT, Immanuel. Crítica da razão prática. Tradução Rodolfo Schaefer. São Paulo: Martin Claret, 2006.
LEAL, Ivanhoé Albuquerque. História e ação na teoria da narrativa de Paul Ricoeur. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
MUSIL, Robert. O homem sem qualidades. Tradução Lya Luft; Carlos Abbenseth. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.
PIVA, Edgard Antonio. A questão do sujeito em Paul Ricoeur. Síntese. Belo Horizonte: v. 26, no 85, 1999.
RICOEUR, Paul. La mémoire, l’histoire, l’oubli. Paris: Seuil, 2000.
_______. Lectures 1. Autour du politique. Paris: Seuil. 1991.
_______. Soi-même comme un Autre. Paris: Seuil, 1990.
_______. O conflito das interpretações: ensaios de hermenêutica. Tradução M. F. Sá Correia. Porto-Portugal: Rés-Editora, 1988.
_______. Du texte à l’action. Paris: Seuil. 1986.
_______. Temps et récit. III. Paris: Seuil, 1985.
_______. Temps et récit. I. Paris: Seuil, 1983.
_______. Temps et récit. II. Paris: Seuil, 1984.
_______. La métaphore vive. Paris: Seuil, 1975.