O uso de “moedas sociais” como instrumento de política social local
casos de municípios no estado do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.26694/2317-3254.rcp.v11i2.6128Palabras clave:
“moeda social”, transferência monetária, crise sanitária, financeirização, política socialResumen
O texto tem como objetivo problematizar as experiências recentes com “moeda social” a partir dos casos de municípios do Estado do Rio de Janeiro. Embora a origem das moedas sociais no Brasil seja do final dos anos 1990, no contexto recente de crise sanitária, houve um crescimento do interesse das prefeituras em criar moedas sociais para executar políticas de transferência monetária e inclusão produtiva. O texto é fruto de desdobramento de pesquisa em andamento e resulta de revisão bibliográfica e pesquisa documental. Depreende-se que, no contexto de crise do capital, agudizada pela crise sanitária, o uso da “moeda social” como política pública funciona para o aprofundamento da financeirização das políticas sociais, particularmente da Assistência Social, aliado a novas formas de gestão da força de trabalho, porém sob a legitimação do discurso de desenvolvimento local, “finanças solidárias”, empreendedorismo, autogestão e combate à pobreza.