Políticas para crianças e adolescentes e o pensamento de Amartya Sen: algumas problematizações necessárias
DOI:
https://doi.org/10.26694/2317-3254.rcp.v11i2.6135Palavras-chave:
políticas sociais, desenvolvimento, pobreza, crianças e adolescentesResumo
O artigo resulta de revisão bibliográfica e análise documental e seu objetivo consiste em problematizar a adoção de diretrizes de organismos internacionais, por parte dos governos do Partido dos Trabalhadores, bem como a incidência do pensamento do economista Amartya Sen nas políticas sociais direcionadas a crianças e adolescentes no Brasil. Não se trata de uma análise rebuscada do conjunto de sua obra, mas da crítica às tendências liberais e a maneira como a sua proposição, em “Desenvolvimento como Liberdade”, tem sido incorporada, em especial, nas políticas para crianças e adolescentes. O texto está dividido em três partes, na primeira são tecidas considerações e críticas ao Desenvolvimento como Liberdade. Na segunda são evidenciadas as tendências das políticas sociais e os traços do pensamento de Amartya Sem nas políticas sociais. E na parte conclusiva, há um estranhamento à lógica liberal social e, sem eliminar os pontos considerados positivos do pensamento sobre desenvolvimento humano, compreende-se que, por mais avançadas que sejam as legislações, sem a crítica, a mobilização política e a lutas sociais, não teremos um horizonte de transformações societárias.