Avaliação das complicações relacionadas à Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) em Hospital Universitário
DOI:
https://doi.org/10.26694/jcshu-ufpi.v7i3.4950Keywords:
Icterícia obstrutiva, Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica, Via biliar, Neoplasias Pancreáticas, ColedocolitíaseAbstract
INTRODUÇÃO: A colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) é um procedimento invasivo no qual o endoscopista injeta contraste radiopaco pela papila duodenal sob radioscopia, e avalia a presença ou não de alterações na anatomia das vias biliares e dos canais pancreáticos. Complicações pós-CPRE podem ocorrer em órgãos do trato gastrointestinal percorridos pelo endoscópio, em órgãos distantes como os pulmões, coração e rins ou ser subsequentes a sedação. OBJETIVO: Analisar as complicações relacionadas a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) em um hospital universitário em Teresina - Piauí. Como objetivos secundários, visa caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a CPRE, verificar o índice de mortalidade da CPRE, relacionar as principais indicações do procedimento e determinar a frequência das complicações. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa longitudinal descritiva com coleta de dados retrospectiva, no qual foram avaliados os pacientes submetidos a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, admitidos no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU UFPI), no período de julho/2016 a outubro/2021. RESULTADOS: Foram analisados 194 pacientes submetidos à CPRE no HU UFPI. Destes, 67% eram do sexo feminino e 33% do sexo masculino. A idade média dos pacientes foi de 51.6 anos, variando de 18 a 91 anos e a maioria dos pacientes não apresentavam comorbidades associadas (57%). A principal indicação do procedimento foi a coledocolitíase (71,1%), seguida da neoplasia (21,6%), fístula biliar (4,6%) e estenose benigna (2,6%). Quanto à sintomatologia antes da realização do procedimento, 29,9% dos pacientes apresentavam dor abdominal e 70,1% apresentavam além da dor abdominal, icterícia associada. Observou-se que a principal complicação foi a pancreatite aguda, presente em 6,7% dos casos, 3,2% evoluíram com colangite, 1,5% com perfuração duodenal, 0,5% com pneumonia e 0,5% com hemorragia digestiva. Foram observados 3 óbitos. CONCLUSÃO: A pancreatite pós-CPRE foi a complicação mais frequente, sendo resolvida clinicamente sem maiores repercussões. Além disso, este procedimento foi realizado principalmente em mulheres de meia-idade, com a maioria sem comorbidades associadas. A indicação mais comum da CPRE foi a coledocolitíase e 3 óbitos foram observados.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Jornal de Ciências da Saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantém os direitos autorais e concedem ao JCS HU-UFPI o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attibution BY 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.