A MATERIALIZAÇÃO DOS CORPOS PARA JUDITH BUTLER
O PARADIGMA DA GLOBALIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v14i27.4120Palavras-chave:
Judith Butler; Michael Foucault; Corpo; Materialização.Resumo
O seguinte trabalho tem como objetivo retratar a materialização dos corpos na concepção de Judith Butler, a partir da influência de Michael Foucault e como isso se dá contemporaneamente. o texto Corpos que importam – os limites discursivos do sexo retrata todo o movimento em torno da materialização do corpo através do pensamento de Butler, e das relações de poder perpetuadas historicamente por meio de discursos restritivos e normalizadores sobre os corpos. Será abordado também como a tradição filosófica influenciou nesse processo. Veremos como isso tudo reflete na materialização dos corpos atualmente a partir de um cenário globalizado, pois sempre houve, ao longo da história, um movimento de abstração do mundo real, nele foi esquecido de pensar a partir das vivências sociais dos próprios sujeitos, tendo em vista que todo o corpo estrutural da filosofia foi desenvolvido no continente europeu onde os autores tinham claramente uma definição de subjetividade e de individuo, sendo o homem branco, com bom porte físico, alto e de olhos verdes, o padrão que se manteve durante toda a tradição. As mulheres, o povo negro, os LGBT+ e deficientes fugiam desse padrão estabelecido na época, dessa forma, eram invisíveis à reflexão e estavam colocados como abjetos. Torna-se importante pensarmos o processo de materialização a partir de novos prismas, como a globalização por exemplo. Esses são alguns fatores que refletem e refletirão no processo de materialização dos corpos e na construção de subjetividades hodiernamente, assim como no futuro.
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