A PASSAGEM DA PARRESÍA EM SUA DIMENSÃO POLÍTICA PARA A CONSTITUIÇÃO ÉTICA DO CUIDADO-DE-SI EM MICHEL FOUCAULT
DOI:
https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v15i30.6325Palavras-chave:
Cuidado-de-si; Democracia; Parresía; Foucault; Veridicção.Resumo
Este artigo busca compreender os paradigmas que estruturam as relações entre verdade, poder e sujeito, temas centrais na obra de Michel Foucault, com ênfase em seus cursos finais. Retomando o conceito de parresía, entendido etimologicamente como a prática de “dizer tudo,” o artigo examina como essa noção atravessa os campos da aleturgia (produção da verdade), governamentalidade (governo dos outros) e subjetividade (governo de si). Também aborda a crise da democracia, investigando suas pretensões de ser o espaço ideal para o exercício do falar franco. Por fim, destaca a transição da parresía de uma prática política para uma dimensão ética, essencial à construção de um éthos individual fundamentado nas práticas do cuidado de si (epimeleîsthai). Para isso, a metodologia adotada é de caráter bibliográfico e analítico-descritivo, com o objetivo de examinar as fontes primárias das aulas ministradas por Foucault e os conceitos por ele desenvolvidos.
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