Cadernos do PET Filosofia https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet <p>Esta publicação propõe-se a divulgar os trabalhos de professores, pesquisadores e alunos da graduação e pós-graduação em filosofia, incentivando seus trabalhos de pesquisa em temas estritamente filosóficos e filosófico-educacionais relevantes para nossa comunidade e para as grandes questões contemporâneas de nossa experiência histórica.</p> <p>This philosophy journal aims to publish papers of professors, researchers, graduate and undergraduate students by helping them to push ahead their studies concerning important philosophical themes of relevancy to our community and related to the great contemporary issues of our historical experience.</p> <p>Abrimos também espaço de publicação para os professores e pesquisadores de filosofia e outros interessados em debater a experiência filosófica e seu ensino nos seus níveis fundamental, médio e superior, ajudando a refletir criticamente sobre nossas práticas, valores e objetivos.</p> <p>A <strong>Cadernos do PET Filosofia</strong> não tem restrição de ordem filosófica, ideológica, política, sexual, racial ou de gênero. Publicamos artigos, resenhas, notícias acadêmicas e resumos de teses/dissertações. O acesso aos nossos textos é inteiramente livre para os leitores, ainda que não cadastrados no nosso sítio; bem como não há cobrança de nenhuma taxa aos autores para submissão e/ou edição de trabalhos.</p> <p>The<strong> Cadernos do PET Filosofia</strong> publishes papers, reviews, academic news and summaries of dissertations and doctoral thesis in English, Portuguese, French, Italian and Spanish. People have free access to the contents of journal and authors does not pay any tax or fee to publish.</p> <p>QUALIS CAPES: B1 (2017-2020)</p> pt-BR gustavosilvano@ufpi.edu.br (Gustavo Silvano Batista) gustavosilvano@ufpi.edu.br (Gustavo Silvano) ter, 21 fev 2023 01:04:04 +0000 OJS 3.3.0.5 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 EDITORIAL https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3972 Gustavo Silvano Batista Copyright (c) 2022 Gustavo Silvano Batista https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3972 ter, 21 fev 2023 00:00:00 +0000 PSICANÁLISE E LÓGICA - A LETRA E O LITORAL: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3857 <p>Qual é o objeto da lógica? Seria a arte de bem conduzir o discurso? Mas conduzí-lo para onde, com que finalidade? Haveria uma normatividade independente, que definisse o racional independente do real? É Lacan que pergunta e nos responde no sem. XIX: “eu proponho definir o objeto da lógica como aquilo que produz a necessidade de um discurso. E afirmo que o simbólico, o imaginário e o real se afirmam nos impasses da lógica. ” (LACAN, 2011, p. 40). Muitos comentadores encaram os recursos lógicos de Lacan como uma provocação, mas entendo que não, pois são muito coerentes com seus princípios, tanto lógicos, quanto linguísticos, antropológicos e principalmente matemáticos.</p> Maria Cristina de Távora Sparano Copyright (c) 2022 Maria Cristina de Távora Sparano https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3857 sex, 30 dez 2022 00:00:00 +0000 FREUD E O TRIUNFO DE THANATOS https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/2741 <p>Partindo da segunda tópica freudiana, assinalaremos a ação triunfante de <em>Thanatos </em>através da <em>repetição, </em>da <em>morte </em>e da <em>agressividade </em>pulsionais. Falaremos do novo dualismo pulsional<em>, </em>reconhecendo na <em>morte </em>um impulso silencioso que, contrariando <em>Eros, </em>atua como fundo não-figurável, dispersivo e estruturante do psiquismo. Se outrora Freud pautou-se pela conservação da vida, é atentando ao problema da <em>repetição</em> que dá lugar ao vazio e ao caos pulsionais, teorizando sobre o impulso ao estado de não-vida: a <em>pulsão de morte</em>. Sendo a meta não-prognosticável dos nossos investimentos, esta é a dimensão da teoria freudiana que nos faz querer-morrer e que, no âmbito do mal-estar na cultura, personifica a potência <em>agressiva, </em>pela qual assumimos, diante de <em>Eros, </em>o total triunfo de <em>Thanatos</em>. Como potência de transvaloração, defenderemos que <em>Thanatos </em>presentifica o limite do discurso falado e dos saberes instituídos por <em>Eros, </em>pela civilização e pela lógica determinista dos prazeres</p> Diego Luiz Warmling Copyright (c) 2022 Diego Luiz Warmling https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/2741 sex, 30 dez 2022 00:00:00 +0000 ENTRE FREUD E NIETZCHE: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/2734 <p>Todo ato da vida passa pelo mental, diria Nietzsche (GM); e, tratar do psíquico é, necessariamente, falar em sexualidade (por meio dos impulsos) – defende Freud. Partindo desses dois pressupostos, surge o problema: será a vontade de potência a raiz dos instintos de vida e de morte? As duas construções teóricas parecem se aproximar, e, no entanto, possuem finalidades distintas. Em uma linha freudiana, a mobilização instintual se daria em nome do prazer, enquanto que, para Nietzsche, o objetivo de todo impulso é sempre a obtenção de mais poder (expansão das forças que compõem a vontade de potência). Em sendo assim, através de uma metodologia bibliográfica e de uma análise de dados qualitativa, o presente trabalho pretende expor, a título de objetivos específicos, contornos iniciais, de um lado, sobre os instintos freudianos, e, de outro, considerações aproximadas sobre a vontade de potência. A título de objetivo geral, procura analisar como essas duas construções teóricas se fundem, buscando verificar as possibilidades de criação teórica de um possível “caminho do meio”: uma aproximação das duas finalidades em um só ato – obtenção de prazer e aumento de poder.</p> Aglaé Carneiro Copyright (c) 2022 Aglaé Carneiro https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/2734 sex, 30 dez 2022 00:00:00 +0000 REPETIR SEM ELABORAR https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3120 <p>O texto visa apresentar a querela entre Sigmund Freud e Gilles Deleuze acerca da noção de “repetição” – noção fundamental tanto para a metapsicologia do primeiro, quanto para a filosofia do segundo. Através da crítica de Deleuze ao caráter eminentemente negativo e “derivativo” da repetição em Freud (ideia que, no caso de Freud, aparece sobretudo em dois textos fundamentais: “Recordar, repetir e elaborar”, de 1914, e “Além do princípio do prazer”, de 1920), será refeito o itinerário das “sínteses do tempo”, presentes na obra <em>Diferença e repetição</em>, apontando para uma noção positiva de repetição – sem, contudo, incorrer às figuras do Mesmo e ao primado da representação. Uma “repetição complexa”, que se faz acompanhar de uma “diferença pura”, cuja temporalidade mais adequada é aquela própria à lógica da multiplicidade, isto é, um tempo “não-reconciliado”, parafraseando a expressão de Peter Pál Pelbart.</p> Leonardo Rodrigues Copyright (c) 2022 Leonardo Rodrigues https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3120 sex, 30 dez 2022 00:00:00 +0000 DEPENDÊNCIA E RESISTÊNCIA: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3859 <p>O presente trabalho pretende apresentar mais uma das faces destrutivas (pulsão de morte) que vivemos na pandemia. Além do negacionismo, que estabelece uma relação específica com o conhecimento (ou vínculo ou elo do conhecimento, K) pautado na arrogância, leituras grupais ampliam essa visão. Elas nos permitem perceber outros vínculos importantes e o modo como determinadas lideranças chegam ao poder devido à conexão que estabelecem com os indivíduos – ou seus eleitores. Bion (1961/1975) nos instrumentaliza a essa leitura com suas experiências grupais. Logo, a presente apresentação utiliza o conceito de suposições básicas propostas pelo psicanalista, em específico a de dependência, para evidenciar como essas conexões se estabelecem e o modo como lideranças surgem a partir dessa suposição básica. O modo como intencionalmente indivíduos (ou agentes políticos) desestruturam as relações entre os membros de um grupo (ou comunidade) e a carência (material e emocional) que esses membros vivem, devido ao caos causado pela desestruturação grupal, são as bases da ascensão desses líderes. A conclusão a que se chega é que quanto maior o grau de dependência desses membros, maior a loucura ou a insanidade de seu líder, devido à resistência às desilusões, perdas e lutos inerentes a percepção realística desses elementos.</p> Daniel Cardozo Severo Copyright (c) 2022 Daniel Cardozo Severo https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3859 sex, 30 dez 2022 00:00:00 +0000 A FALA E A ESCUTA ENTRE QUATRO PAREDES: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3856 <p>Encontramos linguagens e códigos de todos os tipos e em todas as esferas na natureza. No entanto, quando chegamos no homem vemos esses códigos aplicados não como algo mecânico, como é notado na natureza, mas como articulações para o social. A partir disso, é apresentado à psicanálise, que tem como sua coluna vertebral a escuta que é voltada para a natureza discursiva do homem. Iremos explorar neste artigo qual seria a escuta servida para o discurso na clínica, pois não é colocado uma regra no discurso do analisando, este é livre para dizer o que quer dizer e como ele entender, sendo que tal liberdade é evitada nas relações sociais, pois ele (o analisando) não a exerce por ter consciência das leis sociais que são, desde sua infância, aglutinadas a ele, as quais, seu cumprimento é cobrado.Para se ter esse ouvir a psicanálise trabalha para tornar os ouvidos do analista um órgão apropriadamente de escuta e compreensão, pois a fala do analista vem dessa escuta do discurso que não é seu durante aquele tempo, mas que vem a ser depois de completo para ser matéria de análise. </p> Igor Carvalho Copyright (c) 2022 Igor Carvalho https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3856 sex, 30 dez 2022 00:00:00 +0000 A ANGÚSTIA NA OBRA LITERÁRIA DE HARUKI MURAKAMI A PARTIR DE UMA LEITURA FILOSÓFICA E PSICANALÍTICA https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3858 <p>Essa pesquisa teve como proposta realizar um estudo acerca da angústia na obra do escritor Haruki Murakami (1949-), tendo como ponto de apoio secundário a teoria de Sigmund Freud (1858-1939) da angústia. Visamos, com esse estudo, lançar luz sobre a literatura como modelo de leitura da vida humana, em nosso caso, uma leitura das angústias humanas a partir da literatura. Para isso, iremos abordar o próprio gênero literário em que a obra de Murakami está circunscrita, os principais conceitos que dão suporte a esse caráter angustiante, presentes no texto murakamiano, e a influência de concepções e ideias filosóficos em sua obra. Como por exemplo, a teoria da Vontade de Arthur Schopenhauer (1788-1860) e a ideia do lugar do pensamento, postulado por Hannah Arendt (1906-1975) no quarto capítulo da obra “A vida do espírito". </p> Marcos Antonio da Silva Santos Ferreira Copyright (c) 2022 Marcos Antonio da silva santos ferreira https://periodicos.ufpi.br/index.php/pet/article/view/3858 sex, 30 dez 2022 00:00:00 +0000