FUNDAMENTOS METAFÍSICOS DA CIÊNCIA MODERNA: UMA ANÁLISE

Auteurs

  • Filício Mulinari UFES

DOI :

https://doi.org/10.26694/pensando.v6i12.4357

Mots-clés :

Metafísica moderna, Ciência Moderna, Quebra de paradigma

Résumé

A visão da ciência enquanto um saber puramente objetivo e, por isso, livre de suposições metafísicas, ainda persiste na contemporaneidade, seja no âmbito ordinário do senso comum, seja nos meios científicos universitários. Sob essa perspectiva, percebe-se que há certo olhar que prevalece como uma máxima: a ciência moderna suplantou a metafísica. Noutros termos, ainda hoje se acredita que, após as descobertas da Revolução Científica, com Copérnico, Galileu, Newton, entre outros, o discurso metafísico foi extinto da ciência. Embora essa visão sobre a ciência não seja unânime e, ao contrário, venha cada vez mais sendo solapada no meio acadêmico, não é incomum observar que ela ainda está presente entre os cientistas e teóricos da ciência brasileiros. Assim sendo, o objetivo desse artigo é, primeiramente, mostrar que a ciência moderna não rejeita – ao menos em princípio – às teses metafísicas, mas sim uma visão metafísica específica, a saber, a oriunda dos escritos de Aristóteles e que sustentou a visão científica anterior à concepção moderna. Além disso, o artigo mostra que, apesar da pretensa objetividade e matematização da ciência, a concepção moderna lança mão de uma visão particular de ontologia/metafísica em seu fundamento. Por fim, pretende-se concluir, por meio de uma análise comparativa da história da ciência, que não só é impensável, como também improvável se imaginar qualquer saber científico sem um alicerce ontológico, e., filosófico.

Références

CAPRA,Fritjof. O ponto de mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente. Álvaro Cabral, trad. São Paulo: Cultrix, 2006.

CONDÉ, M. De Galileu a Armstrong – As várias faces da lua. Artigo disponível em < http://www.observatorio.ufmg.br/pas15.htm>. Acessado em: agosto, 2013.

ÉVORA, Fátima Regina. A Revolução copernicana-Galileana, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, Campinas, 1988.

FLEMING, Henrique. O livro da natureza é escrito em caracteres matemáticos. Galileu Galilei. Disponível em < http://www.hfleming.com/confgal2.html> Acessado em: agosto, 2013.

GALILEU GALILEI. O Ensaiador, editora Nova Cultural, 2004, (coleção Os Pensadores), página 46

GIANNOTI, José Arthur. Comte: vida e obra. In: COMTE, Auguste. Curso de filosofia positiva ; Discurso sobre o espírito positivo ; Discurso preliminar sobre o conjunto do positivismo ; Catecismo positivista / Auguste Comte ; seleção de textos de José Arthur Giannotti ; traduções de José Arthur Giannotti e Miguel Lemos. — São Paulo : Abril Cultural, 1978. (Os pensadores).

KOYRÉ, Alexandre. As origens da ciência moderna – Uma nova interpretação. Diogène, n. 16,1956, Paris, Gallimard, PP. 14-42

______. Études Newtoniennes, Paris: Gallimard, 1968

______. Estudos de história do pensamento científico. Trad.: Márcio Ramalho – Rio de Janeiro: Ed. Forense Universitária, 1991.

Téléchargements

Publiée

2016-04-25

Comment citer

MULINARI, Filício. FUNDAMENTOS METAFÍSICOS DA CIÊNCIA MODERNA: UMA ANÁLISE. PENSANDO - REVUE DE PHILOSOPHIE, [S. l.], v. 6, n. 12, p. 69–80, 2016. DOI: 10.26694/pensando.v6i12.4357. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3306. Acesso em: 3 nov. 2024.

Articles similaires

<< < 6 7 8 9 10 11 12 13 14 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée de similarité pour cet article.