Cultura da Autenticidade e ideal de Autenticidade
DOI :
https://doi.org/10.26694/pensando.vol16i38.6743Mots-clés :
Cultura da autenticidade; Ideal de autenticidade; Taylor; Self; Identidade; Reconhecimento.Résumé
No contexto da modernidade, marcada pelo avanço do individualismo, da razão instrumental e do atomismo político, Charles Taylor oferece uma análise crítica do conceito de autenticidade. Ele distingue entre a cultura da autenticidade, voltada a uma expressividade individual frequentemente superficial, e o ideal de autenticidade, que exige fidelidade ética ao self genuíno. Taylor adverte que, quando mal compreendida, essa busca pode resultar em autocentramento, egoísmo e narcisismo, conduzindo à fragmentação moral e ao empobrecimento existencial. Diante disso, ele destaca a centralidade da família, do trabalho e dos laços socioculturais como instâncias essenciais para a formação e construção da identidade e, por conseguinte, para a realização pessoal em uma vida plena e realizada, no contexto de sociedades contemporâneas plurais.
Références
ARAUJO, Paulo Roberto M. de. Charles Taylor: para uma ética do reconhecimento. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
BELL, Daniel. The Coming of Post-Industrial Society. New York: Basic Books, Inc., Publishers, 1976.
BELL, Daniel. The cultural contradictions of capitalismo. New York: Basic Books, Inc., Publishers, 1976.
CAMATI, Odair. Os vínculos entre identidade e bem em Charles Taylor. Contemplação, v. 13 (2016): 113-124.
CAMATI, Odair. Pensando o multiculturalismo: um encontro entre Taylor e Kymlicka. Veritas, v. 67, n. 1 (2022): e-40883 1-14.
COSTA, Caroline Domingues Silva. Política do reconhecimento: do reconhecimento à identidade em Taylor. Primordium, v. 6, n. 11 (2021): 71-92.
DANNER, Fernando; BARBOSA, Gustavo. Identidade, intersubjetividade e dignidade humana: reflexões sobre a política do reconhecimento de Charles Taylor. Primordium, v. 5, n.
(2020): 173-203.
FONTES, Paulo Vitorino; MEDEIROS, Pilar Sousa Lima Damião de. O ideal de autenticidade no pensamento de Charles Taylor. Griot, v. 24, n. 3 (2024): 46-56.
FOSCHIERA, Rogério. Autenticidade e linguagem em Charles Taylor. Peri, v. 8, n. 2 (2016): 146-162.
FOSCHIERA, Rogério. Educar na autenticidade em Charles Taylor. Educação, v. 32, n. 3 (2009): 365-374.
HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do espírito. 4ª edição. São Paulo: São Francisco; Petrópolis: Vozes, 2007.
HELDT, Michele Borges; HELFER, Inácio. A reformulação do sentido da vida a partir do iluminismo segundo Charles Taylor. Dissertatio, v. 44 (2016): 65-79.
JONAS, Hans. O princípio responsabilidade. Ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contraponto; PUC-Rio, 2006.
LASCH, Christopher. A cultura do narcisismo. A vida americana numa era de esperança em declínio. Rio de Janeiro: Imago, 1983.
MARCON, Gilberto Hoffmann; FURLAN, Reinaldo. A questão identitária na pós-modernidade: autenticidade e individualismo em Charles Taylor. Psicologia, v. 31 (2020): e190048 1-10.
NOBRE, Renarde Freire. Max Weber, desencantamento do mundo e politeísmo de valores. In. SENEDA, Marcos César; CUSTÓDIO, Henrique Florentino Farias (Orgs.). Max Weber, religião, valores, teoria do conhecimento. Uberlândia: EDUFU, 2016, pp. 147-166.
OLIVEIRA, Isabel de Assis Ribeiro de. O mal-estar contemporâneo na perspectiva de Charles Taylor. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 21, n. 60 (2006): 135-184.
OLIVEIRA, Juliano Cordeiro da Costa. Charles Taylor: identidade, reconhecimento e religião. Porto Alegre: Editora Fi, 2022.
OLIVEIRA, Juliano Cordeiro da Costa. Reconhecimento, religião e secularismo em Charles Taylor. Veritas, v. 64, n. 1 (2019): E-30758 1-23.
OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Antropologia filosófica contemporânea. Subjetividade e inversão teórica. São Paulo: Paulus, 2012.
OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Ética e sociabilidade. São Paulo: Edições Loyola, 1993.
RIBEIRO, Elton Vitoriano. Reconhecer-se reconhecido: o problema do reconhecimento enquanto questão antropológica, ética e política. Síntese, v. 43, n. 137 (2016): 387-400.
RIBEIRO, Elton Vitoriano. Reconhecimento ético e virtudes. São Paulo: Edições Loyola, 2012.
SCHNEIDER, Carlos Ruiz. Modernidad e identidad em Charles Taylor. Revista de Filosofía, v. 69 (2013): 227-243.
SOUZA, Jessé. Uma teoria crítica do reconhecimento. Lua Nova, n. 50 (2000): 133-158.
TAYLOR, Charles. A ética da autenticidade. São Paulo: É Realizações, 2011.
TAYLOR, Charles. Argumentos filosóficos. São Paulo: Loyola, 2000.
TAYLOR, Charles. As Fontes do Self: a construção da identidade moderna. São Paulo: Loyola, 1997.
TAYLOR, Charles. Uma Era Secular. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2010.
TRILLING, Lionel. Sinceridade & Autenticidade. A vida em sociedade e a afirmação do Eu. São Paulo: É Realizações, 2014.
TOCQUEVILLE, Alexis. A democracia na América: sentimentos e opiniões. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
VAZ, Henrique Cláudio de Lima. Ética e direito. São Paulo: Loyola, 2002.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© PENSANDO - REVUE DE PHILOSOPHIE 2025

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Consulter: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/





















