Uma reconstrução da concepção secular do político a partir narrativa histórica da modernidade de Charles Taylor
DOI :
https://doi.org/10.26694/pensando.vol16i38.7027Mots-clés :
Modernidade, Secularidade, Charles TaylorRésumé
O objetivo do presente artigo consiste em reconstruir a concepção secular do político engendrada na Modernidade em conformidade com a narrativa histórica da Modernidade proposta por Charles Taylor, especialmente em sua obra Uma era Secular. Tal reconstrução se desdobrará em três momentos: (1) desenvolvermos o modo como a cultura ocidental medieval estabeleceu uma concepção de político sustentadas por uma divisão clara e complementar entre o “secular” e o “religioso”; (2) detalharemos como na Modernidade engendrou-se um novo imaginário social em que o político passou a ser concebidos exclusivamente em termos seculares; e (3) explicitaremos como os dois paradigmas teórico-políticos da modernidade – o liberalismo e o republicanismo – deram expressão política ao imaginário secular da Modernidade.
Références
DIDEROT, Denis. “Autoridade política”. 900 Textos e Documentos de História. v. III. Lisboa: Plátano, 1977.
GROTIUS, Hugo. O Direito da Guerra e da Paz (De Jure Belli ac Pacis). Ijui: UNIJUI, 2005.
HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss de Sinônimos e Antônimos. Rio de Janeiro: Instituto Antonio Houaiss; Objetiva, 2003.
LEFORT, Claude. Essais Sur Le Politique: XIXe – XXe Siècles. Paris: Éditions du Seuil, 1986, p.330-395.
LE GOFF, Jacques, and Jean-Claude SCHMITT. Dicionário Analítico do Ocidente Medieval. São Paulo: Editora Unesp, 2017.
LOCKE, John. Carta acerca da Tolerância. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
______. Segundo tratado sobre o governo civil. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.
OLIVEIRA, Juliano C. da Costa. Charles Taylor: identidade, reconhecimento e religião. Porto Alegre: Editora FI, 2022.
QUILLET, Jeannine. Les Clefs du Pouvoir au Moyen Age, Paris, Flammarion,1972.
ROSA, Hartmut. Identität und kulturelle Praxis: Politische Philosophie nach Charles Taylor. Frankfurt/New York: Campus Verlag, 1998.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. O Contrato Social: princípios do direito político. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
STOREY, David E. “Breaking the Spell of the Immanent Frame: Charles Taylor’s A Secular Age”. Rethinking Secularization: Philosophy and the Prophecy of a Secular Age. New York: Cambridge Scholars Press, 2009, p.177-208.
TAYLOR, Charles. “Introduction”. Philosophical Papers 1 e 2. Cambridge: Cambridge University Press, 1985a.
______. “Atomism”. Philosophy and the Human Sciences: Philosophical Papers 2. Cambridge: Cambridge University Press, 1985b, p.187-210.
______. As fontes do self: A construção da identidade moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1997.
______. “Modes of Secularism”. In: BHARGAVA, Rajeev. Secularism and its Critics. Oxford: Oxford University Press, 1998, p.31-53.
______. “Propósitos Entrelaçados: o debate liberal-comunitário”. Argumentos Filosóficos. São Paulo: Loyola, 2000, p.197-220.
______. “What is Secularity?” In: VANHOOZER, Kevin; WARNER, Martin. Transcending Boundaries in Philosophy and Theology: Reason, Meaning, and Experience. Aldershot: Ashgate, 2007, p.97-130.
______. “Foreword: What is secularism?”. In: LEVEY, Geoffrey. e MODOOD, Tariq (org.). Secularism, Religion and Multicultural Citizenship. Cambridge: Cambridge University Press, 2009a, pp.xxi-xxi
______. “The Polysemy of the Secular”. Social Research, n. 4, The Religious-Secular Divide: The U.S. Case, 2009b, p.1143-1166.
______. Uma era secular. São Leopoldo: Unisinos, 2010.
______. “What does Secularism Mean?”. Dilemmas and Connections. Cambridge: Harvard University Press, 2011a, p.303-25.
______. “Western Secularity”. In: CALHOUN, C.; JUERGENSMEYER, M. e ANTWERPEN, J. Rethinking Secularism, Oxford: Oxford University Press, 2011b, p.31-53.
______. “O que Significa Secularismo?”. In: ARAÚJO, L.; MARTINEZ, M.; PEREIRA, T. (org.). Esfera Pública e Secularismo: ensaios de filosofia política. Rio de Janeiro: UERJ, 2012. p.157-195.
______. “How to Define Secularism”. Boundaries of Toleration, New York: Columbia University Press, 2014, p.59-78.
______. “Can Secularism Travel?” In: BILGRAMI, Akeel. Beyond the Secular West. New York: Columbia University Press, 2016, p.1-27.
ZAGNI, Rodrigo. M. “Tolerância e Emancipação: O Tolerantismo no Debate Teórico e na Experiência Histórica Moderna”. Revista Hades, vol.1, n.1, dezembro de 2017, p.1-25.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© PENSANDO - REVUE DE PHILOSOPHIE 2025

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Consulter: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/





















