Uma reconstrução da concepção secular do político a partir narrativa histórica da modernidade de Charles Taylor

Auteurs

  • Marcos Aurélio Pensabem Ribeiro Filho IFF

DOI :

https://doi.org/10.26694/pensando.vol16i38.7027

Mots-clés :

Modernidade, Secularidade, Charles Taylor

Résumé

O objetivo do presente artigo consiste em reconstruir a concepção secular do político engendrada na Modernidade em conformidade com a narrativa histórica da Modernidade proposta por Charles Taylor, especialmente em sua obra Uma era Secular. Tal reconstrução se desdobrará em três momentos: (1) desenvolvermos o modo como a cultura ocidental medieval estabeleceu uma concepção de político sustentadas por uma divisão clara e complementar entre o “secular” e o “religioso”; (2) detalharemos como na Modernidade engendrou-se um novo imaginário social em que o político passou a ser concebidos exclusivamente em termos seculares; e (3) explicitaremos como os dois paradigmas teórico-políticos da modernidade – o liberalismo e o republicanismo – deram expressão política ao imaginário secular da Modernidade.

Biographie de l'auteur

Marcos Aurélio Pensabem Ribeiro Filho, IFF

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Espírito Santo (2024), possui graduação em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2008) e mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2012). Atua como professor efetivo no ensino médio e superior no Instituto Federal Fluminense, Campus Centro. Tem experiência na área de Filosofia, Antropologia Filosófica, Filosofia da Educação, Ética, Ontologia, Filosofia da História e Filosofia Política.

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Publiée

2025-12-27

Comment citer

PENSABEM RIBEIRO FILHO, Marcos Aurélio. Uma reconstrução da concepção secular do político a partir narrativa histórica da modernidade de Charles Taylor. PENSANDO - REVUE DE PHILOSOPHIE, [S. l.], v. 16, n. 38, p. 57–75, 2025. DOI: 10.26694/pensando.vol16i38.7027. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/7027. Acesso em: 28 déc. 2025.

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