A capoeira em Manaus - Amazonas (1969 - 2021)

Autores

  • Luiz Carlos de Matos Bonates Doutor em Botânica Tropical – Universidade Federal do Amazonas (UFAM) https://orcid.org/0000-0002-9421-6624
  • Tharcísio Santiago Cruz Doutor em Antropologia Social – Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

DOI:

https://doi.org/10.26694/rer.v4i2.12769

Palavras-chave:

capoeira, cultura, cidade, Manaus, Amazon

Resumo

Faz-se uma revisão crítica dos 49 anos de “capoeira com berimbau” no Amazonas. Temos, como produto sociocultural desta, 81 mestres radicados, 90 aparelhos difusores de capoeira, relações com mais de 40 categorias sociais, artísticas e científicas e com mais de 100 instituições públicas e privadas. A capoeira difundiu- se em todas as classes sociais e faixas etárias, possui representantes nacionais e internacionais, dá origem a publicações acadêmicas, assim como a diversos tipos de mídia, e dispõe de representações de classe. Hoje, apesar de ser considerada patrimônio cultural imaterial do Amazonas, não possui uma efetiva política pública de salvaguarda. Analisando-se comparativamente a formação de capoeiristas e mestres e as gerações subsequentes, foi possível interpretar os desdobramentos da capoeira na sociedade local e, assim, situá-la num quadro interpretativo de sua contribuição histórica e antropológica para a afirmação da cultura popular no Amazonas.

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Publicado

2022-06-16

Como Citar

MATOS BONATES, Luiz Carlos de; SANTIAGO CRUZ, Tharcísio. A capoeira em Manaus - Amazonas (1969 - 2021). Revista EntreRios do Programa de Pós-Graduação em Antropologia, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 15–34, 2022. DOI: 10.26694/rer.v4i2.12769. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/5168. Acesso em: 27 jul. 2024.

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