Alunes trans e professores cis: etnografia, diferença e diversidade no escopo da educação popular

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/rer.v3i01.9907

Palavras-chave:

Etnografia, Diversidade, Transexualidade, Educação Popular

Resumo

A cisgeneridade, assim como qualquer outra categoria de gênero possibilita certas experiências sociais e também inviabiliza outras. A questão que ela remete esboça uma certa relação com os sistemas sexo-gênero das sociedades “ocidentais”. O presente artigo se apoia em um modo crítico de pensar a vivência da docência de professores e professoras cisgêneros, dentro de um Coletivo Político que desempenha uma ação de Educação Popular centrada em alunes Trans, localizado na cidade de Porto Alegre/RS. Para tanto, visa indagar o lugar da diversidade no escopo da prática pedagógica, situá-la enquanto uma problemática ética que perfaz aspectos sutis, mas extremamente importantes no reconhecimento social da população Trans. O ponto de partida do texto é ancorado em uma abordagem etnográfica e se utiliza da observação-participante no interior do funcionamento do Coletivo e do exame de algumas percepções do corpo discente Trans sobre as condutas e sentimentos gerados no contato com professorado cis.

Biografia do Autor

Alef de Oliveira Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutorando em Antropologia Social (PPGAS/UFRGS), mestre em Antropologia Social e Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará. Trabalha com os temas de Prática etnográfica, Antropologia da Educação e da Aprendizagem, Antropologia das Emoções, Didática e Prática Docente.

Referências

BENTO, Berenice & PELÚCIO, Larissa. “Despatologização do gênero”: a politização das identidades abjetas. Revista de Estudos Feministas, 20(2), 2012: 569-581.

FAVRET-SAADA, Jeanne. “Ser Afetado”. Cadernos de Campo, 13(2), 2005: 155-161.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GUSMÃO, QUADROS & DIETZ (Orgs.). “Apresentação”: Antropologia, Educação, Alteridades e Desigualdades. Revista ANTHROPOLÓGICAS, 27(1), 2016: 1-11.

HARAWAY, Donna. “Saberes localizados”: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 14(5), 2009: 7-41.

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

INGOLD, Tim. Antropologia: para que serve? Petrópolis: Vozes, 2019.

______. “Conociendo desde dentro”: reconfigurando las relaciones entre la antropología e la etnografía. Etnografías Contemporáneas, 2(2), 2015: 218-230.

LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado: pedagogia da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

RUBIN, Gayle, “The traffic in women: notes on the political economy of sex”. In: REITER, Rayna (Org), Toward an anthropology of women. New York, Monthly View Press, 1975.

RAMÍREZ, B. “Colonialidad e cis-normatividade”. Entrevista con Viviane Vergueiro. Iberoamérica Social, 3(2), 2014: 15-21.

RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo: Pólen, 2019.

SOUZA, Heloisa Aparecida de & BERNARDO, Márcia Hespanhol. “Transexualidade”: as consequências do preconceito escolar para a vida profissional. Bagoas: Estudos gays, gênero & sexualidades, 1(11) 2014: 157-175.

Downloads

Publicado

2020-09-26

Como Citar

OLIVEIRA LIMA, Alef de. Alunes trans e professores cis: etnografia, diferença e diversidade no escopo da educação popular. Revista EntreRios do Programa de Pós-Graduação em Antropologia, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 63–71, 2020. DOI: 10.26694/rer.v3i01.9907. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/5212. Acesso em: 21 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

1 2 3 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.