Alunes trans e professores cis: etnografia, diferença e diversidade no escopo da educação popular

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26694/rer.v3i01.9907

Palavras-chave:

Etnografia, Diversidade, Transexualidade, Educação Popular

Resumo

A cisgeneridade, assim como qualquer outra categoria de gênero possibilita certas experiências sociais e também inviabiliza outras. A questão que ela remete esboça uma certa relação com os sistemas sexo-gênero das sociedades “ocidentais”. O presente artigo se apoia em um modo crítico de pensar a vivência da docência de professores e professoras cisgêneros, dentro de um Coletivo Político que desempenha uma ação de Educação Popular centrada em alunes Trans, localizado na cidade de Porto Alegre/RS. Para tanto, visa indagar o lugar da diversidade no escopo da prática pedagógica, situá-la enquanto uma problemática ética que perfaz aspectos sutis, mas extremamente importantes no reconhecimento social da população Trans. O ponto de partida do texto é ancorado em uma abordagem etnográfica e se utiliza da observação-participante no interior do funcionamento do Coletivo e do exame de algumas percepções do corpo discente Trans sobre as condutas e sentimentos gerados no contato com professorado cis.

Biografia do Autor

Alef de Oliveira Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutorando em Antropologia Social (PPGAS/UFRGS), mestre em Antropologia Social e Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará. Trabalha com os temas de Prática etnográfica, Antropologia da Educação e da Aprendizagem, Antropologia das Emoções, Didática e Prática Docente.

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Publicado

2020-09-26

Como Citar

OLIVEIRA LIMA, Alef de. Alunes trans e professores cis: etnografia, diferença e diversidade no escopo da educação popular. Revista EntreRios do Programa de Pós-Graduação em Antropologia, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 63–71, 2020. DOI: 10.26694/rer.v3i01.9907. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/entrerios/article/view/5212. Acesso em: 3 jul. 2024.

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