OS INVESTIMENTOS BRASILEIROS EM DEFESA COMO INDUTORES DE DESENVOLVIMENTO E TENTATIVA DE REPOSICIONAMENTO GEOPOLÍTICO
DOI:
https://doi.org/10.26694/2317-3254.rcp.v13i2.6943Palavras-chave:
Modernização militar – Brasil, Geopolítica, Economia política, Tecnologias de defesa, Pós-redemocratizaçãoResumo
Este artigo investiga os investimentos brasileiros no setor de defesa nacional entre 1985 e 2022, analisando se estes foram utilizados com o propósito de promover o desenvolvimento econômico e reposicionar a imagem geopolítica do Brasil. A pesquisa é dividida em três partes: análise do orçamento militar, detalhamento dos principais projetos de modernização das forças armadas e interpretação dos dados. O estudo revela que, embora todos os governos desde a redemocratização tenham tentado utilizar o setor de defesa como ferramenta de desenvolvimento econômico e reposicionamento geopolítico, muitos projetos foram adiados ou abandonados devido a inconstâncias orçamentárias ou instabilidades políticas internas. Os governos de Fernando Collor e Jair Bolsonaro foram os mais prejudiciais, em termos de orçamento, para a modernização militar, enquanto os governos de José Sarney, Itamar Franco, Lula da Silva e Dilma Rousseff mostraram maior previsibilidade e, em determinados momentos, alguma ampliação orçamentária. A continuidade dos programas de desenvolvimento e modernização, apesar de lenta, é notável, com alguns projetos como Calha Norte, FX-2, MANSUP e PROSUB alcançando parcialmente seus objetivos. Conclui-se que, embora os investimentos em defesa sejam fundamentais para as ambições geopolíticas do país, a falta de previsibilidade orçamentária e as turbulências políticas dificultam a conclusão dos projetos.
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