Filiações partidárias

inclinações do eleitorado e mudanças nos partidos políticos

Autores

  • Esaú Castro de Albuquerque Melo Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Terezinha Cabral de Albuquerque Neta Barros Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Cyntia Carolina Beserra Brasileiro Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UFRN)

DOI:

https://doi.org/10.26694/2317-3254.rcp.v12i1.5628

Palavras-chave:

filiações partidárias, partidos políticos, inclinações do eleitorado, mudanças nos partidos

Resumo

Numa discussão que remonta a partidos políticos e à democracia representativa, recupera-se a relevância daqueles como via importante no regime democrático. Os estudos sobre partidos políticos podem ser uma importante chave para compreensão de aspectos da democracia de um país. Como forma de inferir sobre o cenário político partidário brasileiro, a presente pesquisa se propõe a analisar as mudanças nas filiações dos principais partidos brasileiros ao longo dos últimos onze anos. Para composição dos dados, foi utilizada a base de dados de pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral brasileiro (TSE), considerando os anos referenciados e observando se o Brasil está vivenciando um declínio partidário, nas seguintes perspectivas: a) analisar o quantitativo de eleitores filiados aos 36 partidos políticos no Brasil e considerando seu percentual em relação ao número total de eleitores; b) apontar para as transformações no cenário político dos partidos, destacando as principais inclinações do eleitorado. A análise dos dados foi feita através de estatística descritiva, relacionando a literatura e os dados no contexto nacional. Nos resultados percebe-se que as modificações mais nítidas são visualizadas depois das eleições nacionais e estaduais que ocorreram em 2018, em que foi possível observar uma verdadeira oscilação do número de filiados entre diferentes partidos políticos. Concluiu-se que os números mostram um enfraquecimento das identidades partidárias, bem como uma aproximação entre os partidos políticos e o Estado, em especial pela disputa na distribuição dos cargos públicos, posto que a mudança da situação governamental pode ensejar uma considerável reconfiguração nas filiações.

Biografia do Autor

Esaú Castro de Albuquerque Melo, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UFRN)

Bacharel em Direito pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, Mestre em Administração Pública pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, Assistente em Administração na Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, Advogado (OAB/RN), Bacharelando em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN e Doutorando em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

Terezinha Cabral de Albuquerque Neta Barros, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UFRN)

Professora efetiva da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, lotada no departamento Ciências Sociais e Política e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Humanas (PPGCISH), Doutora pela Universidade Federal de Pernambuco no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política.

Cyntia Carolina Beserra Brasileiro, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UFRN)

Professora efetiva do curso de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN. Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande (2017). Mestre em Ciências Sociais (2012) pela mesma instituição, vinculada à linha de pesquisa Cultura e Identidades. Licenciada (2011) e Bacharel (2009) em Ciências Sociais com área de concentração em Antropologia e ênfase nos estudos de Antropologia da Política e Comportamento Eleitoral. Foi bolsista do Programa de Educação Tutorial em Antropologia (PET – Antropologia) e bolsista CAPES. Atualmente tem desenvolvido pesquisas nas áreas de Comportamento Eleitoral, Eleições, Gênero, Raça, Mídia e Política.

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Publicado

2023-01-23