O processo de reconhecimento da mulher enquanto sujeito político nos contextos rurais
contribuições das políticas públicas e possibilidades de práticas psicológicas emancipatórias
DOI:
https://doi.org/10.26694/2317-3254.rcp.v10i2.5355Palavras-chave:
mulheres camponesas, emancipação feminina, Psicologia e contextos rurais, políticas públicasResumo
As comunidades rurais possuem uma longa trajetória de resistência e luta pela conquista de seus direitos políticos e sociais. Ao se analisarem, de modo mais específico, as questões de gênero, percebe-se que esse cenário de exclusão acentua as desigualdades vivenciadas pelas mulheres camponesas. Diante disso, objetivou-se analisar o percurso socio-histórico da emancipação feminina nas realidades rurais, evidenciando as lacunas existentes, as contribuições das políticas públicas e as possibilidades das práticas psicológicas emancipatórias. O presente artigo trata de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, do tipo bibliográfico e de revisão narrativa. Busca discutir sobre o processo de reconhecimento da mulher camponesa enquanto portadora de direitos e pertencente à esfera produtiva, apesar de serem reconhecidos os limites das políticas sociais na sociedade capitalista. Nesse sentido, a construção das políticas públicas de gênero mostrou-se essencial para o alcance da visibilidade do trabalho feminino na agricultura familiar e nas lutas pela terra. Outrossim, ficou evidente a urgência e a importância da aproximação da Psicologia nos meios rurais com o intuito de fortalecer a abertura de espaços de discussão sobre as questões de gênero, bem como contribuir para exercícios de autonomia e emancipação.