O AUTOCUIDADO SOB UM ENFOQUE TRÁGICO:

ENTRE O PESSIMISMO SCHOPENHAUERIANO E "OS HOMENS OCOS" DE T.S. ELIOT

Autores

  • Israel Simplicio Torres a:1:{s:5:"pt_BR";s:31:"Universidade Federal do Piauí ";}

DOI:

https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v13i25.2922

Palavras-chave:

Schopenhauer. T.S. Eliot. Estética. Poesia. Tragédia.

Resumo

O objetivo deste trabalho é abordar as questões levantadas por Schopenhauer em sua estética e mostrar uma relação necessária entre o agir humano e a obra de arte, e de que modo a última pode ressignificar e “salvar” o homem de seu estado sofredor, ao menos por um momento. Nesse sentido, partiremos da sua análise acerca do conhecimento da Ideia, inspirada nos moldes platônicos como a representação da essência – ou da Vontade –, e de como o conhecimento por meio da arte é o único capaz de alcançá-la. A partir daqui a poesia, sobretudo nos moldes da tragédia, reflete o maior grau de conhecimento, capaz de elevar o homem ao que ele chama de “Ideia de humanidade” por refletir mais claramente o ímpeto da Vontade, o fundamento do mundo. Nesse sentido, exploraremos o poema trágico de T.S. Eliot, Os homens Ocos, sob uma análise schopenhaueriana, para compreender de que modos a lírica eliotiana aponta para uma Ideia de humanidade, em um entrelaçamento indissociável entre ética e estética, filosofia e poesia; o conhecimento dos homens para o cuidado de si.

Referências

BARBOZA, Jair. Schopenhauer: A decifração do enigma do mundo. 2° ed. São Paulo: Editora Moderna, 1992.

ELIOT, T.S. Poesia. Tradução de Ivan Junqueira; apresentação Affonso Romano de Sant’Anna. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.

__________. Notas para a definição de cultura. Tradução de Eduardo Wolf. São Paulo: É Realizações, 2011.

FRYE, Northrop. T.S. Eliot. Tradução Elide-lela Valarini. Rio de Janeiro: Imago Ed. 1998.

JUNQUEIRA, Ivan. Baudelaire, Eliot, Dylan Thomas: três visões da modernidade. Rio de Janeiro: Record, 2000.

KIRK, Russell. A Era de T.S. Eliot: A Imaginação Moral do Século XX. Tradução de Márcia Xavier de Brito. São Paulo: É realizações, 2011.

LAVELLE, Louis. O erro de Narciso. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: É Realizações, 2012.

SAFRANSKI, Rüdiger. Schopenhauer e os anos mais selvagens da filosofia. São Paulo: Geração Editorial, 2018.

SANTOS, Alcides Cardoso. Desolação e esperança em Os homens ocos, de T.S. Eliot. RevLet – Revista virtual de letras, Goiás, v. 12, nº 02 - ago/dez, 2020.

SCHOPENHAUER, Arthur. O Mundo como Vontade e como Representação, 1º tomo. Tradução, apresentação, notas e índices de Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005.

______________________. O Mundo como Vontade e como Representação, 1º tomo. Tradução, apresentação, notas e índices de Jair Barboza. 2° ed. São Paulo: Editora UNESP, 2013.

_______________. Metafísica do Belo. Tradução, apresentação, notas e índices de Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

_______________. Sobre a quadrúplice raiz e o princípio de razão suficiente: Uma dissertação filosófica. Tradução: Oswaldo Giacoia Junior e Gabriel Valladão Silva. São Paulo: Editora da Unicamp, 2019.

Downloads

Publicado

2022-11-30

Como Citar

Simplicio Torres, I. (2022). O AUTOCUIDADO SOB UM ENFOQUE TRÁGICO:: ENTRE O PESSIMISMO SCHOPENHAUERIANO E "OS HOMENS OCOS" DE T.S. ELIOT. Cadernos Do PET Filosofia, 13(25), 69–95. https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v13i25.2922

Edição

Seção

ARTIGOS/ VARIA

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.