O messianismo profano da forma-de-vida.
Considerações sobre a ética do resto de Giorgio Agamben
DOI:
https://doi.org/10.26694/pensando.vol14i31.4043Palabras clave:
Forma-de-vida, Messianismo, Ética, Resto, AgambenResumen
Este artigo procura articular as considerações que o filósofo italiano Giorgio Agamben faz sobre o sintagma “forma-de-vida” às formulações messiânicas que ele apresenta em diferentes livros. A noção de forma-de-vida está ligada à outra noção, a vida nua. Aquela é uma profanação desta e resulta, portanto, da nulificação da operação que separa e hierarquiza no viver as diferentes capacidades da vida. Para o pensador italiano, profanar a vida nua significa lembrar que a forma de viver do humano é antes e sobretudo as suas possibilidades, significa exibir a contingência histórica que a produziu e a realização mesma dessa contingência. Esse gesto de exibição da contingência têm um caráter messiânico, já que, para Agamben, o messianismo poderia ser definido como uma vocação que revoga toda vocação. Nesse sentido, a partir desse gesto de nulificação, este artigo pretende mostrar como o que seria a ética agambeniana do resto e como nela está presente uma série de categorias messiânicas.
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