A nova era de mulheres indígenas na política brasileira

uma análise comparativa das candidaturas legislativas para as eleições de 2014, 2018 e 2022

Autores/as

  • Alana Cantuária Coelho Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Leonardo Barros Soares Universidade Federal de Viçosa (UFV)

DOI:

https://doi.org/10.26694/2317-3254.rcp.v12i1.5624

Palabras clave:

mulheres indígenas, eleições, representação de minorias

Resumen

Este trabalho teve como objetivo geral analisar o perfil das mulheres indígenas candidatas à Câmara Federal e às assembleias estaduais do Brasil, para os pleitos de 2014, 2018 e 2022. Para tanto, foram explorados os dados sobre gênero, cor/raça, estado civil, faixa etária, grau de instrução, região e partido. Assim foi adotada uma abordagem quantitativa e descritiva, que colocou em comparação o perfil das candidatas indígenas em relação às candidatas não indígenas, aos candidatos indígenas e aos candidatos no geral. Por meio dessa análise foi possível levantar hipóteses sobre o comportamento político desse grupo em questão, que apresentou uma importante mudança de padrão eleitoral nos últimos 8 anos, acompanhada de uma taxa de sucesso eleitoral, que passou de 2,50% em 2018 para 8,45% em 2022, o que significa que mais mulheres indígenas estão sendo eleitas, em comparação ao número de candidatas. Nesse sentido, é importante lembrar que o Brasil é um dos piores países do mundo no tangente à representação feminina na política. Do mesmo modo, o país vive um dos piores momentos políticos para indígenas, desde a redemocratização. Visa, portanto, analisar a presença de mulheres indígenas no legislativo brasileiro é uma forma de evidenciar os desafios democráticos do país.

Biografía del autor/a

Alana Cantuária Coelho, Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Viçosa. Membra do Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq Política e Povos Indígenas nas Américas (POPIAM).

Leonardo Barros Soares, Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Doutor em ciência política pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Viçosa e colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Pará. Coordenador do Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq Política e Povos Indígenas nas Américas (POPIAM).

Publicado

2024-04-02