Lei e liberdade no último passo de Kierkegaard

Autores

  • Daniel Arruda Nascimento

DOI:

https://doi.org/10.26694/pensando.v2i4.689

Palavras-chave:

Obras do amor; lei; liberdade

Resumo

Utilizamos a palavra lei para designar um eficiente veículo constitutivo de direito, o que nos remete a um âmbito de realidade onde algo de novo chega a ser introduzido, com caráter universal e obrigatório, numa ordem já estabelecida ou em vias de inaugurar-se. Enquanto expressão de um poder de determinação, consubstancia-se a lei em um enunciado regulador capaz de constranger as condutas humanas. Como compreender então a relação entre lei e liberdade em As obras do amor de Søren Kierkegaard? É possível distinguir uma compatibilidade entre liberdade de amar e lei do amor? Não parece ser uma contradição insanável que aquele que ama seja livre e tenha, ao mesmo tempo, que obedecer a um dever de amar? Pode a questão nos auxiliar a pensar a liberdade humana frente a uma realidade crivada pela intervenção da lei? As linhas que se seguem serão uma tentativa de enfrentar duas relações tradicionalmente conflituosas: lei e liberdade, por um lado, e, por outro, universalidade e particularidade.

Referências

CLAIR, A. Kierkegaard: existence et éthique, Paris: Presses Universitaires de France, 1997.

DINIZ, M. H. Compêndio de introdução à Ciência do Direito, São Paulo: Saraiva, 2003.

FRIEDMAN, R. Z. Kierkegaard: first existentialist or last kantian? in Religious Studies, volume 18, number 1, Cambridge University Press, march 1982, pp. 159-170.

GONZÁLEZ, D. Kierkegaard y la interrogación de la modernidad in Cuadernos de Teología, volumen XXV, Buenos Aires: Instituto Universitario Isedet, 2006, pp. 189-203.

KANT, I. Crítica da razão prática, tradução e notas de Valerio Rohden, São Paulo: Martins Fontes, 2008.

KIERKEGAARD, S. Works of love, edited and translated by Howard V. Hong and Edna H. Hong, Princeton: Princeton University Press, 1995.

KIERKEGAARD, S. As obras do amor: algumas considerações cristãs em forma de discursos, tradução de Álvaro L. M. Valls, Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco; Petrópolis: Vozes, 2005.

KIERKEGAARD, S. O conceito de ironia constantemente referido a Sócrates, tradução de Álvaro L. M. Valls, Petrópolis: Vozes, 1991.

MONTESQUIEU. Do Espírito das leis, tradução não identificada, São Paulo: Abril Cultural, 1973.

NAGLEY, W. E. Kierkegaard on liberation in Ethics: an international journal of social, political and legal philosophy, vol. LXX, nº 1, University of Chicago Press, october 1959, pp. 47-58.

PATTISON, G. Kierkegaard: religion and the nineteenth-century crisis of culture, Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

REALE, M. Lições preliminares de Direito, São Paulo: Saraiva, 2002.

Downloads

Publicado

08-05-2012

Como Citar

NASCIMENTO, Daniel Arruda. Lei e liberdade no último passo de Kierkegaard. PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA, [S. l.], v. 2, n. 4, p. 128–139, 2012. DOI: 10.26694/pensando.v2i4.689. Disponível em: https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3097. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS/VARIA

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.