O PENSAR POÉTICO EM HEIDEGGER

EXPERIÊNCIA DE PASSIVIDADE

Auteurs

  • Eduardo Marandola Jr. Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

DOI :

https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v15i29.5674

Mots-clés :

Poetar, Pensamento, Linguagem, Topologia do Ser

Résumé

É conhecida a crítica heideggeriana à Metafísica, a qual resultou na decretação do fim da Filosofia. Para o autor, o pensamento se anuncia poeticamente, pela pena de poetas que intuíram e sentiram o que deveria ser pensado. Esta nova época do Ser, no futuro, estaria em preparação, e é para esta tarefa que seu pensamento pós-viragem se direciona, na senda confluente da Poesia e da Filosofia. Neste artigo, retomamos um texto raro na bibliografia heideggeriana, composto em versos e aforismos, de 1947, “Da experiência do Pensar” (“Aus der Erfahrung des Denkens”), buscando refletir como a compreensão de experiência presente neste texto articula-se ao direcionamento para o poetar e os poetas presente em muitos dos textos heideggerianos nos anos seguintes, sugerindo que o pensamento (como poetar e filosofar) evoca uma experiência radical em relação à Metafísica: a passividade, como espera e escuta em uma topologia do ser.

Biographie de l'auteur

Eduardo Marandola Jr., Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Possui graduação (Licenciatura e Bacharelado) em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (2002 e 2003) e Doutorado em Geografia pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (2008), realizando a Livre Docência na Área do Núcleo Básico Geral Comum (Sociedade e Ambiente) (2016). Atualmente é Professor Associado I (MS 5.1) da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp (campus de Limeira), onde coordena o Laboratório de Geografia dos Riscos e Resiliência (LAGERR), do Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CHS) e atua como Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (ICHSA). É professor também do Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp. É editor da revista eletrônica Geograficidade, do Grupo de Pesquisa Geografia Humanista Cultural (GHUM/UFF/CNPq), do qual é um dos coordenadores. Coordena o Nomear - Grupo de Pesquisa Fenomenologia e Geografia (FCA/Unicamp) e é vice-líder do Grupo de Pesquisa Métodos Mistos e Análises Multiníveis (FCA/Unicamp). Tem trabalhado principalmente com perspectivas fenomenológicas, discutindo ontologia, epistemologia e literatura, em busca de abordagens teórico-metodológicas da interdisciplinaridade contemporânea. Interessa-se também pela interface dos estudos urbanos, ambientais e populacionais, em especial mobilidade urbana, riscos e vulnerabilidade e experiência nos processos de mudanças ambientais.

Références

HEIDEGGER, Martin. O caminho do campo. Trad. Ernildo Stein. Rio de Janeiro: Duas Cidades, 1969a.

HEIDEGGER, Martin. Da experiência do pensar. Trad. Maria do C. T. de Miranda. Porto Alegre: Globo, 1969b.

HEIDEGGER, Martin. O fim da filosofia e a tarefa do pensamento. Trad. Ernildo Estein. In: Heidegger. São Paulo: Abril Cultural, 1999.

HEIDEGGER, Martin. “... poeticamente o homem habita...”. Trad. Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel e Márcia Sá Cavalcante Schuback. In: HEIDEGGER, Martin. Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes, 2001.

HEIDEGGER, Martin. Hinos de Hölderlin. Trad. Lumir Nahodil. Lisboa: Instituto Piaget, 2004a.

HEIDEGGER, Martin. Serenidade. Trad. Maria M. Andrade e Olga Santos. Lisboa: Instituto Piaget, 2004b.

HEIDEGGER, Martin. A caminho da linguagem. (Trad. Marcia Sá Cavalcanti) 4ed. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2008.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Trad. Fausto Castilho. Campinas: Editora da Unicamp; Petrópolis: Editora Vozes, 2012a.

HEIDEGGER, Martin. O conceito de experiência em Hegel. In: HEIDEGGER, Martin. Caminhos de Floresta. Trad. Irene Borges-Duarte et. al. Lisboa: Gulbenkian, 2012b.

HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte. In: HEIDEGGER, Martin. Caminhos de Floresta. Trad. Irene Borges-Duarte et. al. Lisboa: Gulbenkian, 2012c.

JAY, Martin. O mundo da vida e a experiência vivida. In: DREYFUS, Hubert L.; WRATHALL (Orgs.) Fenomenologia e existencialismo. Trad. Cecília Camargo Bartalotti; Luciana Pudenzi. São Paulo: Loyola, 2012.

MIRANDA, Maria do C. T. Introduções. In: HEIDEGGER, Martin. Da experiência do pensar. Trad. Maria do C. T. de Miranda. Porto Alegre: Globo, 196a. p. 1-26.

NUNES, Benedito. Passagem para o poético: Filosofia e Poesia em Heidegger. São Paulo: Ática, 1986.

NUNES, Benedito. Heidegger e a poesia. Natureza Humana, v. 2, n.1, 2000.

STEIN, Ernildo. Pensar e errar: um ajuste com Heidegger. 2. ed. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2015.

WERLE, Marco A. Poesia & pensamento em Hölderlin e Heidegger. São Paulo: Ed. UNESP, 2005.

Téléchargements

Publiée

2024-07-20

Comment citer

Marandola Jr., E. (2024). O PENSAR POÉTICO EM HEIDEGGER: EXPERIÊNCIA DE PASSIVIDADE. Cadernos Do PET Filosofia, 15(29), 7–19. https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v15i29.5674

Numéro

Rubrique

DOSSIÊ REVERBERAÇÕES HEIDEGGERIANAS: (DES)CAMINHOS DO SENTIDO DE SER

Articles similaires

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée de similarité pour cet article.