EM TORNO DO CONCEITO DE EXPERIÊNCIA EM WALTER BENJAMIN
DESORIENTAÇÃO E ORIENTAÇÃO NA MODERNIDADE
DOI:
https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v15i29.5935Palavras-chave:
Narrativa, vivˆência, Kant, experiência alargada, rememoraçãoResumo
Neste artigo discutiremos o conceito de experiência [Erfahrung] em Walter Benjamin a partir de seus ensaios entre 1913 e 1936. Partiremos de seus escritos de militância juvenil a respeito da experiência com a intenção de identificarmos uma oposição entre figuras que reivindicam para si a experiência, a saber, o adulto, o que aconselha o jovem a desistir de si mesmo, e o jovem, que se encontra desorientado em razão dessa cisão entre gerações conflitantes, impossibilitando a continuidade da experiência, mesmo que aqui seja compreendida de forma singular. Em seu ensaio sobre a experiência em Kant e nos neokantianos, a definição de experiência deve ser expandida, não deixando de alcançar o ato de contar histórias e de dar conselhos. Nos escritos de 30, consideraremos a abordagem da decadência da experiência (enquanto coletiva e perpassada por gerações), bem como a ascensão da vivência, que se trata de um vínculo isolado com as coisas em geral, restando formas privadas de lidar com a vida, causando desorientação no indivíduo isolado de sua comunidade real.
Referências
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