UM ESTUDO DE GÊNERO SOBRE A TETRALOGIA NAPOLITANA
DOI:
https://doi.org/10.26694/cadpetfilo.v14i27.4480Palavras-chave:
feminismo; gênero; literatura.Resumo
O presente artigo desenvolve um diálogo entre a teoria de gênero e a literatura feminina. Para tanto, utiliza-se a Tetralogia napolitana, obra da autora italiana Elena Ferrante, como objeto de análise. Busca-se fazer uma relação entre a vida privada das personagens e seus dilemas com casamento, família, maternidade, trabalho e de teorias a respeito da divisão sexual do trabalho, da dominação masculina e do cuidado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de tipo exploratório, levando como base de análise o material bibliográfico e documental referentes ao problema em questão. Verifica-se como a divisão sexual do trabalho, a dominação masculina e a ética do cuidado estabeleceram condições desfavoráveis para as personagens ao longo de suas vidas. Concluindo que o campo literário é um cenário importante para estudos relacionados às temáticas de gênero e feminismo, seja por sua demonstração detalhada do cotidiano feminino, seja pela escrita feminina.
Referências
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: A experiência vivida. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 1980.
DAMINGER, Allison. De-gendered Processes, Gendered Outcomes: How Egalitarian Couples Make Sense of Non-egalitarian Household Practices. https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0003122420950208?journalCode=asra. (último acesso em: 19 jun. 2023).
DUARTE, Constância Lima. Feminismo e literatura: discurso e história. https://www.scielo.br/j/ea/a/6fB3CFy89Kx6wLpwCwKnqfS/?lang=pt. (último acesso em: 15 mar. 2023).
FEDERICI, Silvia. O ponto zero da revolução. São Paulo: Elefante, 2019.
FERRANTE, E. Dias de abandono. São Paulo: Biblioteca azul, 2016.
FERRANTE, Elena. ‘Even today, after a century of feminism, we can’t fully be ourselves’. https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2018/mar/17/elena-ferrante-even-after-century-of-feminism-cant-be-ourselves. (último acesso em: 31 mar. 2023).
FERRANTE, Elena. A amiga genial: Infância, adolescência. São Paulo: Biblioteca Azul, 2015.
FERRANTE, Elena. História da menina perdida. São Paulo: Biblioteca Azul, 2017, p.
FERRANTE, Elena. História de quem foge e de quem fica. São Paulo: Biblioteca Azul, 2016, p.
FERRANTE, Elena. História de um novo sobrenome. São Paulo: Biblioteca Azul, 2016, p.
FERREIRA, Camila Daltro. O feminismo (in)evitável na literatura de Elena Ferrante: Diálogos entre lutas reais e fictícias. https://revistas.ufrj.br › article › download › pdf.(último acesso em: 15 mar. 2023).
FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary. Belo Horizonte: Itatiaia, 2009.
FRIEDAN, Betty. A mística feminina. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2020.
HIRATA, Helena; DANIÈLE, Kergoat. “A divisão sexual do trabalho revisitada.” In: MARUANI, Margaret; HIRATA, Helena. As novas fronteiras da desigualdade. São Paulo: Senac, 2003.
SIGMUND Freud. O mal-estar na civilização. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
GILLIGAN, Carol. In a Different Voice: Women‘s Conceptions of Self and of Morality. https://sfonline.barnard.edu/sfxxx/documents/gilligan.pdf. (último acesso em: 15 fev. 2023).
GILLIGAN, Carol. In a differente Voice: Psychological Theory and Women‘s Development. https://sfonline.barnard.edu/sfxxx/documents/gilligan.pdf. (último acesso em: 15 fev. 2023).
PERROT, Michelle. As mulheres ou o silêncio da história. Bauru/SP: Edusc, 2005.
ROUSSEAU, J.J. Emílio ou Da Educação. São Paulo: Diffel. 1979.
SAFFIOTI, Heleieth. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987.
SCOTT, Joan. “Gênero: uma categoria útil para análise histórica.” In: HOLANDA, Heloísa Buarque de. Pensamento Feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar boitempo, 2019.
WITTGENSTEIN, Ludwing. Investigações filosóficas. São Paulo: Abril S.A, 1975.
